quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Tentando escrever um livro

Bom, um ditado que diz que, para ser tornar um homem de verdade, é preciso plantar uma árvore, fazer um filho e escrever um livro. Bom, me lembro que há uns 5 anos atrás, na fazenda de meu tio, em Pojuca(interior da Bahia), coloquei uma muda debaixo da terra na esperança de completar a 1ª das 3 metas.
Porém, não acompanhei o crescimento dessa planta, apenas 'a coloquei no mundo', logo, num mesmo paralelo, não se pode 'simplesmente ter um filho'(eu acho que não tenho, hehe), e não que biologicamente se perca o efeito de ser pai, mas o 'pai' de verdade é aquele que educa, que orienta e que de alguma forma faz algo mais que 'colocar alguém no mundo'. Logo, chego à conclusão que não tenho nenhuma meta completada. Fiquei pensando: 'qual das 3 devo realizar primeiro?'. Bom, acho que cuidar de uma planta é mais complexo do que eu imaginava, não estou preparado para tamanha responsabilidade, o que dirá cuidar de uma criança. Logo, descobri escrevendo esse texto, que minha meta mais próxima é escrever um livro (e o que virá depois acontecerá naturalmente).
Bom, meu primeiro passo: sobre o que escrever? Não sei se estou pronto para coletar informações a fim de fazer uma pesquisa sobre determinado tema e assim passar para a folha de papel o resultado de toda essa pesquisa. Acho que preciso amadurecer mais para fazer um trabalho deste tipo. E que tal uma autobiografia? Não, ninguém se interessaria sobre a vida de um garoto comum que vai e volta para casa sem as dificuldades de um transporte coletivo (o que geraria excelentes crônicas) e que de alguma forma, não passou por nenhuma grande dificuldade (para os livros sobre histórias pessoais serem interessantes, é preciso ter um toque de drama, melancolia e dificuldade fora do padrão, pois a normalidade não é interessante- a não ser que você seja uma celebridade, mas neste caso, você está fora do padrão de qualquer jeito).
Bom, eu poderia escrever sobre futebol: sou apaixonado pelo futebol e mesmo torcendo pelo Bahia, vejo o meu time de coração como parte dessa paixão, e não como ‘algo maior’ que represente minha identidade(não é a toa que tenho simpatia pela equipe rival, o Vitória). Então, eu poderia escrever sobre minhas sensações ao assistir e jogar uma partida, poderia falar de fatos históricos que vivenciei(mesmo que assistindo a tv), como a perda na copa de 98, que tanto chorei, e o título da Grécia na Eurocopa 2004, que supreendeu o mundo. Mas pensando bem, se eu fosse um cronista esportivo renomado como Juka Kfouri, Paulo Vinícius Coelho e Trajano, certamente as pratileiras se esvaziariam rapidamente, e acho que o que vale não é o conteúdo e a qualidade técnica do livro, e sim a credibilidade de quem o escreve sobre esse assunto no qual é especialista, logo, como escrever sobre algo se não sou especialista em nada?
Bom, tive uma idéia inovadora (aliás, se tratando de 'Planeta Terra', vai saber se alguém não pensou isso antes): vou escrever um livro pequeno(para não ser desgastante) justamente sobre a ansiedade de um jovem de 20 anos que quer cumprir as 3 metas (pois mesmo sabendo que esse ritual não é obrigatório para virar um homem de verdade, é extremamente divertido e simbólico) e que escolheu como a primeira delas escrever um livro. Que tal? Bom, quem sabe esse post não vira o 1º capítulo? O objetivo está traçado, em paralelo com tantos outros que tenho em minha vida, como ser um grande jornalista, fazer uma viajem a Nova Zelândia e praticar vários esportes radicais e ver meus primos (que considero irmãos, talvez por eu ser filho único) crescerem. A vida com apenas uma meta se empobrece, por outro lado, trabalhar sempre em pró de um objetivo, sentindo progressão, é o que te faz segurança para seguir em frente e perceber que um dia chegará lá (ou não, mas pelo menos se tentou).

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