quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A vida na Espanha

Para saber de fato como vive um espanhol, muitas vezes temos de conhecer mais sobre a polìtica, cultura e culinària deste paìs. Creio que estou muito ´americanizado`: estou comendo muitos hamburguers suculentos com ovos, bacon, batata frita e coca-cola. E se levarmos em conta o termo 'americanizado' nao como 'estado unidense' e sim como o continente que nasci, eu bebo tequila e como taco, que sao do Mexico, convivo com brasileiros todos os dias e procuramos o Brasil num lugar tao distante, e além de tudo, me sinto latino, me sinto um pouco argentino, chileno, boliviano, mexicano, enfim, nao é só o Brasil que eu represento nas conversas com pessoas de outros continentes: eu faço questao de afirmar o quao maravilhoso é a América, o quao organizado é o Chile e como é bonita a cultura argentina.
Bom, agora de fato estou entrando na vida do paìs, estou lendo mais sobre a Espanha (e menos sobre o Brasil, coisa que costumava fazer, entrando no site da Uol para verificar como estava o andamento das coisas em minah terra) e ainda tomei uma atitude 'um pouco radical': resolvi ficar uma semana sem entrar na internet, sem abrir e-mail, blog ou orkut, tudo isso para tentar rvitar o sentimento de saudade e tentar viver o que està ao meu lado (se è um mètodo inapropriado ou nao, eu sou ser humano para ir testando o que é melhor para mim, e sei que quando voltar vou curtir o que quero tanto ver, mas enquanto estou aqui, quero entrar na vida daqui).
Ja joguei 2 vezes futebol: uma no sàbado passado e outra ontem. Na primeira pelada, tinham pessoas do Brasil, Holanda e Alemanha, foi numa quadra perto do hospital universitàrio de Salamanca. Ontem eu tinha marcado com meu amigo Pedro na Plaza Mayor para juntarmos uma galera de brasileiros e jogarmos, mas ninguem viu e eu fiquei tomando frio sozinho, e quando ja estava indo para casa, vi um grupo de orientais com uma bola na mao e nao tive dúvida: vou pedir para jogar. Fiz amizade com a galera, que gostou do fato de eu conhecer muito de futebol japones, e fomos a uma quadra perto da ponte que è uma das saìdas da cidade. A maioria eram japoneses, e tinham tambem espanhois, um suiço, um canadense, um colombiano, dois argentinos e eu era o ùnico brasileiro. No meu time tinham 3 continentes: eu, os dois argentinos, um japones e um suiço, e vi que o Brasil pode atè ser o paìs com mais tìtulos mundiais, mas a paixao pelo esporte è algo mais abrangente do que eu imaginava: nós somos diferentes, temos costumes diferentes, mas entrando em quadra as diferenças acabam, e todos falam em espanhol e tentam fazer o gol, cada um com seu estilo, no espirito de se divertir, mesmo com tanto frio. Na primeira vez que joguei, no sabado, fui todo agasalhado, e desta vez eu estava de calça e cirola )uma calça abaixo da calça principal, mas apertada e que ajuda a proteger do frio), uma camisa (desprezei a la e o casaco), desprezeiu o gorro e usei as luvas e o caxicò. Mesmo com menos de zero graus, quando se està jogando nao se sente frio, o corpo està aquecido e se colocar muito casaco è ruim, porque se sua e fica abafado. Cada vez que se respira saì fumaça, e perto do campo tinha uma bebedouro.
Estou fazendo novos amigos, mas a maioria estrangeiros, e nao espanhois, embora hà espanhois que si sintam estrangeiros, como os bascos, catalaes e galegos. Estes 3 povos sao ricos e querem se tornar independentes, e hà partidos polìticos de cada uma dessas regioes autonomas que lutam pela independencia no campo da polìtica, embora tambèm hà um grupoi terrorista chamado ETA, dos paìses bascos, que querem concretizar seu ideal atravès da violencia.
Hà 4 grandes jornais, todos eles com ideologias diversas: o El País é de centro-esquerda (apoiam o governo do atual presidente, Zapatero, que è de partido socialista), o El Mundo é de centro-direita, o La Razón é de direita e o ABC é monárquico aristocrático, mas esses 4 perdem em venda para os jornais esportivos, tamanha paixao dos espanhois pelo futebol: O Marca e AS apóiam mais o Real Madrid e o Mundo Deportivo e o El Sport apóiam mais o Barcelona. Por sinal, acho que é a maior rivalidade do mundo! Nunca vi nada igual, o futebol è parte intrísceca da cultura, assim como a paella, as touradas e a dança flamenca: nao hà quem nao tenha time (pelo menos as pessoas que perguntei), e a grande maioria torcem para um desses dois times, embora minha professora Maria José torça para o Osasuna.
Hà muitos partidos polìticos, mas só 2 ganharam eleiçoes, o PSOE (Partido socialista obrero español, que è social democrata e do atual presidente Zapatero) e o PP (Partido popular, que è reformista, com uma postura conservadora equivalente ao PSDB no Brasil). Hà também um partido Verde (aqui é chamado de Los Verdes, no Brasil é PV) e IU (Izquierda Unida, que une partidos de esquerda, o mais forte deles é o PCE- Partido comunista de España).
Hà partidos nacionalistas, que no ambito regional sao importantes para defender os interesses de sua regiao, por isso, Paises Bascos, Catalunha, Galicia, Aragon e Ilhas Canàrias procuram colocar politicos nas suas camaras para defender no legislativo seus territòrios.
Tambem tenho visto mais televisao, e a cobertura da Rede Globo é muito melhor, alias, pelo menso se adequa mais ao meu gosto, mas enfim, nao gostei muito das progamacoes, com muita futilidade, entrevistas com astros pops, programas de auditorio para falar da vida pessoal das pessoas, matèrias sobre catàstrofes, coisas muito vistas na Bandeirantes, mas que dominam todos os canais daqui.
Hoje de noite estou indo para Barcelona e ja comprei meu ingresso no estàdio Camp Nou, onde verei no sàbado a noite Barcelona e Deportivo Lacoruña (um clàssico de um catalao contra um galego, e eu ja vi um grande jogo no Sqantiago Bernabeu entre Real Madrid e Valencia, ou seja, eu estou bem na fita, hehe, estou vendo os gigantes da Europa jogar em estàdios maravilhosos, e creio que se nao fossem os jogadores de fora, a festa espanhola nao seria tao bonita).
Bom, saudades do Brasil, espero que tudo esteja bem por aí, e desejo a todos um ótimo fim de semana, lembrando que como torcedor fiel do Bahia, desejo boa sorte ao meu tricolor no Domingo contra o Itabuna!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Eu sou brasileiro!

Incrível como precisei ir tão longe para aprender a dar valor a tantas coisas tão próximas de mim: a saudade do meu país me machuca, mas sou forte para levar adiante essa experiência maravilhosa de aprender um novo idioma e conhecer uma nova cultura.
Ontem fui a uma festa brasileira, onde encontrei várias pessoas de vários cantos do Brasil, e mesmo fora, aprendi sobre a pluralidade do povo brasileiro: os potiguares tem costumes diferentes dos paranaenses, que por sua vez se diferenciam dos pernambucanos, cariocas, paulistas e brasilienses.
Mas todos estamos ligados pelo som da música e pela Caipirinha! Músicas como Arrocha não me despertavam nada, e ouvidas ontem, me despertaram saudade de Salvador!
Daqui a pouco vou ao Tourão, um restaurante brasileiro, com rodízio de Picanha e vou beber Guaraná Antártcia, meu guaraná favorito, que vou beber pela primeira vez no velho mundo!
Bate saudade do carinho de minha mãe, uma mulher maravilhosa que sempre está disposta a me ouvir, a me dar carinho, que me liga sempre e eu fico agraciado por saber que tem alguém tão preocupado comigo do outro lado do oceano. Meu pai, que me impulsiona a enfrentar o mundo com mais coragem, me incentivando a abranger meus horizontes, que financiou minha viajem e mais importante que isso: que me deu coragem para viajar. Minah avó Magá, com seu jeito caseiro, me traz muita paz, e minha avó Magui, que com seu espírito aventureiro me impulsiona a se arriscar. a minah prima Palloma, que me compreende, que é jovem como eu e troca idéias contemporâneas, sem relação de herarquia entre 'primo mais velho e aprendiz': ambos aprendemos muito um com o outro. Meu amigo Theo, que junta jeito tímido e carima inigualável, as sacadas mais engraçadas do mundo, a lealdade que vai do âmbito da amizade da visa pessoal à busca por um mundo melhor, com mais justiça social, e o grande Danilo, tão engraçado quanto, coloca qualquer pessoa em alto astral, sabe imitar todos os professores que tive, do primário ao 3º ano, que assim como theo conhece futebol, e gosta de de forma sadia pertubar os torcedores da equipe rival. Paulinha, uma garota especial, um presente de Deus no ano de 2008, que traspira criatividade e música, por sinal, traz ao meu mundo músicas que nunca tinah ouvido antes, um estilo alternativo que desperta minah curiosidade de desvendar ainda mais seu mundo que junta as 7 artes, que inspira e que é inspirada, que cria e se re-cria todos os dias, que me dá muitas saudades. E meu primo tico, meu bebezinho de 4 anos, primo que é afilhado de minh mãe e cuja sua mãe é minha madrinha, que em todas horas que vejo um brinquedo penso em comprar um para ele, que quero acompanhr seu crescimento, sem criar projeções, pois ele será feliz da forma que quiser, e não como eu planejava para ele ser artilheiro da copa de 2030. Enfim, de pessoas queridas eu não coloquei algumas, mas sinto saudades de quem realmente gosto e quero estar por perto, e qao mesmo tempo busco me apegar a vida aqui: aos novos amigos, como Mouhammed, o árabe que conversa sobre futebol comigo, e com seu conhecimento, fala da hhistória do futebol do seu país, que trilhou um caminho diferente do ocidente. Francesca, uma italiana muito generosa, que me convidou para sua ceia de ntal, a mais globaliada de todas, com gente da Itália, China, Brasil, Holanda e Bélgica, e a todos os brasileiros que conheco auqi, que me fazer recordar da minah casa, da minah querida terra Brasil, a terra onde cantam os mais belos sabiás!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Feliz 2009!

2008 foi o ano mais curto da minha vida: vivi 4 horas a menos que vocês, ja que quando 2009 começou, no Brasil ainda eram 8 da noite, e por isso também, 2009 será 4 horas mais longo para mim, caso passe a próxima virada de ano no Brasil.
Não sabíamos ao certo o que a capital italiana da moda reservava para a virada de ano, por isso procuramos aglomeração, e num dia de muita neve, esperávamos calor humano nos festejos.
Pegamos um ônibus para o centro de Milão e um bondinho até a catedral Duomo. Chegando lá, nos assustamos com a zoada dos fogos, que vinham de todos os lados e provocavam medo pelo estardalhaço.
Após comermos pizza, que por sinal, era gostosa, mas não excepcional para estar num patamar diferenciado de ''a pizza da própria terra'', passeamos em busca de algo interessante, e achamos apenas bombas explodindo de todos os lados. Por um bom tempo nos estabilizamos num lugar onde tinha toldo para nos cobrir da neve, e um grupo de chineses não parava de soltar fogos e sorrir, talvez orgulhosos de serem os inventores da pólvora.
Pelo menos eles pareciam brincar de forma sadia (embora eu ache uma brincadeira chata), mas o que me deixou preocupado eram os italianos que bebiam muito e, sem coordenação motora, jogavam bomba perto das outras pessoas, sem falar no vandalismo dos que estouravam fogos perto das vitrines e disparavam o alarme das lojas.
Vi 3 brigas, bêbados caídos no chão, carros de som alto com grupos de adolescentes bebendo e fumando o triplo do que costumo ver no Brasil, e até fui abordado por um grupo de jovens que provavelmente buscavam nos intimidar, mas passamos direto.
A verdade é que eu não deveria ter saído com o caxicó da Internazionale: talvez algumas bombas que chegaram perto de mim possam ter sido lançadas por torcedores do Milan, mas também, eu não imaginava o quão tumultuada era Milão numa festa que nós brasileiros procuramos música para dançar, e não fogos para estourar, até nos outros.
Não teve contagem regressiva nem queima de fogos extraordinária: o champagne por acidente estourou antes da meia noite, e eu e meu amigo Felipe nos cumprimentamos e cantamos 'Adeus ano velhu, feliz ano novo...' solitariamente e logo após a meia noite todos procuravam suas casas, e a festa acabava. Demoramos para achar um táxi de volta, e mesmo com essas coisas, digo que valeu a pena, e digo FELIZ ANO NOVO, um ano que poderá vir muitos desafios, e que seremos fortes para driblar más situações com jogo de cintura, enxergando pontos positivos nas adversidades e procurando sempre a felicidade, lutando todos os dias pelos nossos objetibos e sorrindo, independente de as coisas não estarem da forma como gostaríamos, pois sorrir é o melhor começo para qualquer começo que nos leve a um lugar melhor.