sábado, 29 de dezembro de 2007

Ninguém quer fazer nada de graça

Hoje, poucos cientistas fazem suas pesquisas por amor: hoje em dia, o mundo gira em torno do dinheiro. Por isso, não se tem feito nenhum grande esforço se não existir retribuição, e na cabeça de muita gente as retribuições como o sorriso de uma criança que se curou da Aids ou de um paralítico que voltou a andar não bastam, pois as retribuições oscilam entre outras 2 opções: dólar ou euro.
Com tantas pesquisas feitas e com tantos gênios sendo bem preparados em excelentes laboratórios de universidades, ja poderíamos ter descoberto a cura da Aids e avançado mais nas pesquisas de células tronco. Então, porque milhões de pessoas ainda são portadoras do vírus Hiv e milhões de pessoas não poderão jamais voltar a andar? A resposta é simples: pela ganância do ser humano.
Com muito dinheiro investido, digamos que uma determinada empresa tenha descoberto a cura da Aids, aí divulgue sua descoberta, salve a vida de milhões de pessoas, mas aí alguns laboratórios pequenos vão 'falsificar' o produto da cura, e assim, o laboratório original, que vende o produto mais caro, vai deixar de lucrar com a venda de produtos 'clandestinos' mais baratos, e todo o investimento caro em pesquisas não terá retorno. Ora, o que falta nesse mundo são pessoas com espírito filantrópico, que ajude sem querer algo em troca, porque é lógico que a ciência tem de ser usada para o bem de todos, e caso apenas os laboratórios com sua patente vendessem esses produtos caros, a única mudança seria a elitização da cura.
As células tronco se esbarram no quesito ética, ja que há uma grande discussão sobre quando começa a vida: há quem defenda a tese que após a fecundação do espermatozóide no óvulo, ja há vida. Há quem defenda que, se o fim da vida é a morte cerebral(quadro irreversível), o começo da vida também começa pelo início da formação do cérebro; As células tronco embrionária são células que ainda não estão num processo de diferenciação(ou seja, antes de se formarem os orgãos, todas as células são iguais e àos poucos irão se diferenciando), portanto, para quem defende teorias de vida como a de que só existe vida após a formação do cérebro, não há impeçilho para fazer essas pesquisas(essas mesmas pessoas geralmente não contestam o aborto nos primeiros dias de vida), porém, instituições religiosas são conervadoras e ainda detem muito poder sobre a mente de várias pessoas, e se assim continuar, nessa inflexibilidade, várias gerações de paralíticos não terão direito a voltar a andar porque não se 'pode matar um ser humano que nem se quer chegou a existir'.
Saindo da área de saúde, o uso da esperteza nos direitos autorais são praticados de forma anti-ética no mundo da informática: Bill Gates, segundo constam alguns relatos, enriqueceu usando idéias que não havia criado, através de roubos virtuais(ou seja, um dos homens mais ricos do mundo ja foi um hacker e hoje pousa de bom moço usando sua imagem 'filantrópica' ào fazer doações para a África). Os softwares da Windows são atualizados constantemente, e a cada edição, uma novidade, pela qual você não pode usar se tiver a edição antiga(e assim o consumidor vai lá e compra a nova edição); As coisas podem mudar para o magnata com a concorrência de novos programadores, mais éticos e criativos que ele, e assim, talvez o 'Windows que não trave' saía do papel, e por isso, Bill Gates ja está investindo em novos ramos, como na internet(em que sua MSN perde para a Google) e video-games(em que seu X-Box luta num confronto disputado com Sony e Nintendo). Talvez Bill não esteja acostumado com disputas fortes e leais, e sim com monopólios criminosos; E mesmo sabendo que tem dinheiro para levar o resto de sua vida confortável sem trabalhar, prefere ào inves de financiar empresas da área de saúde à curar a Aids e progredir nas pesquisas de célula tronco, simplesmente manter a realidade 'ajudar os pobres, pois estes devem continuar existindo, passivos e sem lutar'.
Se não existisse Software da Microsoft Windows pirata, Bill Gates estaria muito mais rico, porém, ele é um dos responsáveis pelo atraso econômico brasileiro: se ja não bastasse para o micro e médio empresário do país ter coragem para conseguir financiamentos arriscados com altas taxas de juros em bancos inflexíveis, os empresários tem que pagar por cada computador um softwear original da Windows, que muitas vezes custam o preço de um computador, se não, a fiscalização cobra uma multa maior que o software original e ainda taxa o trabalhador honesto que tenta sobreviver de 'criminoso'. Bom, o 'filantrópico Bill Gates' não parece se preucupar muito com o desenvolvimento dos emergentes, e sim com o fato de que 'havendo muitos emergentes logicamente haverão poucos poderosos como ele próprio'.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Orgulho inútil.

Segundo o dicionário Michaelis da Uol, orgulho é: 1.Conceito muito elevado que alguém faz de si mesmo; altivez, brio. 2. Amor-próprio exagerado. 3. Empáfia, soberba. 4. Aquilo de que se tem orgulho.
Portanto, não se tem orgulho do que não é seu ou do que não faz parte de sua realidade, por exemplo, se você simplesmente argumentar que tem orgulho da cultura mexicana, sem ter nenhum vínculo parental com este país, na verdade você se confundiu, pois a palavra certa seria admiração, e não orgulho; Mas se argumentar que 'A cultura mexicana o orgulha por ser latino-americano', faz sentido, pois está dentro de sua realidade ser latino-americano.
Porém, devemos tomar cuidado com o que se orgulhar: afinal, muitos dos 'orgulhos' por aí nada tem haver com sua identidade, e uma admiração muito exacerbada vira bajulação, uma decretação informal de superioridade ào homenageado e inferioridade própria, a exemplo dos nordestinos que torcem para o Corinthians e afirmam ''Eu tenho orgulho do Coringão", enquanto em São Paulo estes sofrem descriminação e que diferente dos clubes de sua região, que este pode acompanahar de perto, o Corinthians não depende da ajuda e nem dividirá suas perdas com esses torcedores.
A uma enorme propaganda pelo mundo sendo feita para converter valores, por isso milhões de asiáticos que se quer foram a Inglaterra brigam entre si pelas suas 'paixões' Manchester United e Chelsea(basta observar no orkut que esses 2 times ingleses tem grande torcida na Índia, Paquistão e China, há até troca de ofensas contra o time rival, enquando os dirigentes ingleses devem dar risada pensando ''que ótimo que existem idiotas tão fáceis de manipular, que compram nossos produtos, nos enriquecem e nos fazem rir").
Eu sou torcedor do Bahia, mas reconheço que estou longe de ser apaixonado como a maioria dos milhares de frequentadores da Fonte Nova, e respeito todos eles, pois muitos ali lutam por melhorias no time e se Deus quiser vão conseguir, muitos ali que podem pagar são sócio-torcedores e lutam pelo voto direto- ja que no E.C.Bahia não se elege presidente diretamente, se elege uma comissão, e esta elege o presidente, o que é injusto e mantêm a mesma panelinha no poder durante décadas.
Eu dou muito valor àos torcedores regionais, e inclusive tenho 2 primos sergipanos(um 7 e o outro 9 anos mais novo que eu), e desde que estes nasceram eu lutei para convence-los á torcer pelo Bahia, dei uniformes, ensinei-os a cantar o hino e a lembrar o nome dos jogadores principais, porém, eles foram crescendo e vendo a enorme crise no tricolor baiano, ào mesmo tempo que eu pensei: porque torcer pelo Bahia, se eles são sergipanos, e podem lutar pelo fortalecimento do seu estado no cenário nacional? Então, ja que não torço para nenhum time sergipano(embora tenha uma simpatia especial pelo alvi-rubro Clube Sportivo Sergipe) tentei os fazer descobrir para qual time eles iriam torcer. Um decidiu torcer pela Associação Desportiva Confiança, o outro pelo C.S.Sergipe(os dois clubes da capital, embora o inteiror tenha time às alturas, mas acho importante torcer pelo time da sua cidade), mas como 2º time: agora, o 1º time de um é o Corninthians e do outro é o São Paulo, o Bahia foi rebaixado à 3º time, e os dois dificilmente poderão acompanhar e participar ativamente da história de seus clubes, e estes clubes jamais saberão da sua existência.
Saindo um pouco do lado futebolístico e analisando o tema orgulho, se eu fizesse um dicionário, minha definição para orgulho seria a seguinte: ter orgulho de algo, como de seu país(nacionalismo ou patriotismo) implica em achar que as conquistas nacionais viram conquistas pessoais, e que de alguma forma você contribuiu para isso(como um pai que ve seu filho fazendo sucesso na carreira e comenta com os amigos "este é o meu garoto!"- houve uma participação direta nesse resultado, mas também é aceitável no mínimo uma participação indireta, como o orgulho de a Petrobrás dominar a tecnologia de extração de petróleo em águas profundas recentemente e você ser engenheiro aposentado de lá há alguns anos, mas conhece o pessoal e ensinou muita coisa a muitos deles), mas, se racionalizarmos bem, não existe ''contribuição limitada": quem contribui para o bem também contribui para o mal, portanto, é incoerente me orgulhar da capacidade do Brasil de sediar um Pan(pois eu não trabalhei para isto acontecer, portanto, não sou responsável pelo acontecimento) se eu não me considero culpado de 14 milhões de brasileiros passarem fome(talvez nossa lamentação seja porque nós achamos que todo ser humano- independente de nacionalidade- merece ter oportunidade de levar uma vida digna, e não seja um sentimento de vergonha, ja que dependendo da maioria dos brasileiros isto não estaria acontecendo, mas uma minoria tem poder para comandar a máquina administrativa desse país que sempre teve raízes fortes com a corrupção).
Dar uma colaboração à algo não significa que você faz parte do organismo em questão, por exemplo: pagar impostos não significa dizer que você tem orgulho de ver seu país usando bem a sua verba pública(esse exemplo foi para canadenses, finlandeses ou neo-zelandeses, mas certamente não foi para nós brasileiros), doar uma certa quantia de dinheiro para a construção de um centro de treinamento de uma equipe(como meu avô, ex-conselheiro do Bahia, doou) e ganhar em troca um chaveirinho escrito ''eu ajudei a construir o Fazendão"(que o guardo até hoje) não necessariamente implica que você de fato fez parte dessa conquista(no caso do meu avô, ele realmente deve ter se orgulhado, mas não necessariamete a injeção de dinheiro significa que você fez algo de produtivo em que se deve orgulhar, pois com seu dinheiro ou não, a obra vai ser feita, ainda mais num país como o Brasil, sabe-se disso- se é que você me entende- mas o orgulho por algo consiste em uma atividade maior: em se esforçar, trabalhar arduamente por um objetivo e quando finalizado, você ser reconhecido(pois lutamos por amor sem algo em troca, mas não somos idiotas para dar créditos falsos), e saber que um time não tem uma torcida, a torcida tem um time, portanto, posso dizer que meu avô não torcia pelo Bahia, ele ERA o Bahia, junto com milhões de pessoas que formam esse clube apaixonante e de energia inexplicável, e que parte da torcida politizada com os problemas administrativos e luta pela melhora, através de um sentimento de orgulho coletivo, que se mistura ào orgulho de ser baiano, e saber que temos nosso espaço no Brasil, que somos guerreiros e lutaremos de igual para igual contra times mais ricos de regiões mais ricas, que tiveram a oportunidade na história de contar mais vitórias, e no caso de sermos derrotados, queremos ser lembrados como uma pedra no sapato- como o Bahia e Vitória ja foram em outras épocas,- e não como times que mereçam menosprezo).

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Repressão.

O principal argumento dos meios de comunicação ào transmitirem um evento de interesse popular é ganhar dinheiro. Ninguém é bonzinho ou solidário ào povo ào transmitir os jogos do Corinthians na 2ª divisão da temporada 2008: todos sabem que o Corinthians tem a 2ª maior torcida do Brasil, espalhada pelos 26 estados do Brasil e Distrito Federal, portanto, os anunciantes querem ganhar visibilidade, e com uma procura muito grande, a oferta se torna cara e interessante para quem comprou os direitos televisivos. Porém, não há interesse das elites em converterem valores, pois o que está dando dinheiro para poucos continuará dando dinheiro para esses mesmos se nada for modificado, por isso não se transmite jogo do Poções na 3ª divisão do futebol brasileiro: porque ninguém ào menos sabe onde fica Poções, quanto menos sabe que lá existe um time, e por isso, o número de interessados em conhecer tal equipe trará prejuízo a emissora que s aventurar à investir em pró dos fracos e oprimidos.
Os clubes mais populares(não só em suas regiões, mas espalhados pelo país) do Brasil estão localizados na região sudeste, em parte por estar localizada em cidades ricas, que por terem um movimento de capital muito grande, acabam enriquecendo seus times locais em consequência de uam economia dinâmica, e assim estes podem comprar os melhores jogadores das regiões onde não se paga tão bem(ou seja, os melhores jogadores do Brasil se concentram nos clubes mais populares, por terem os clubes que tem mais dinheiro); Mas os meios de comunicação tem grande parte na sustentação desse sistema injusto que seleciona o que é interessante de acordo com seus interesses capitalistas. O mundo precisa de aventureiros que, como mencionado no parágrafo anterior, passe a transmitir jogos do Poções da 3ª divisão do futebol brasileiro(essa é uma metáfora, o Poções é um símbolo nesse texto de todos os times desfavorecidos pelo sistema, e que só irão melhorar quando as entidades políticas máximas passarem a defender os pequenos e médios clubes, ào inves dos grandes, que é os que menos precisam, assim como na sociedade devemos beneficiar as pequenas e médias empresar- como orgãos como o Sebrae e Bndes teriam de fazer na teoria*- e não as multinacionais).
*Afirmei na teoria porque o Bndes foi usado no governo FHC para privatizar pequenas empresas do governo ou vende-las para um grupo maior.
A luta do povo contra a elite e do oprimido contra o dono do sistema sempre irá existir, pois enquanto houver repressão existirá represália e assim o mundo constantemente vivenciará guerras. Quando a elite enxerga que o povo é numeroso e sua união faz a força, ela joga o povo contra o povo: na metáfora do futebol, se afirma que 'Corinthians e Flamengo são os times do povo, portanto, as está beneficiando', sendo que o Brasil não se resume a Rio-São Paulo e que quem manda nesses clubes acaba usando da paixão do torcedor a sua fonte de renda. Mas saindo da questão futebolística, as elites reprimem o povo, fazendo o brigar entre si quando se separam países e afirmam que eles são inimigos(toda a América latina, que deveria estar unificada, todos os países árabes e africanos, em que muitos deles foram separados por zonas de dominação...) e outra questão primordial: quando colocam o povo para tomar conta do patrimônio, sendo que o detentor deste na prática acaba sendo a elite(é o caso da polícia. que mesmo com sua função de proteger o que é público, na revolução francesa foi criada pelos burgueses, que selecionaram alguns homens do povo, deram uniformes de policial e disseram ''vocês são 'menos povo que eles', por isso, nos protegam e em troca terão trabalho- na prática, acontece a mesma coisa hoje em dia, a polícia segura ào extremo uma estrutura que ja está em ponto de saturação, e que se nada for feito na área social, dando oportunidades àos oprimidos e tirando o álibi de qualquer revolta, o povo vai mostrar sua força, e aí, chegará à um ponto a conscientização popular que o povo irá tomar o poder e dividir os meios de produção, só que diferente da União Soviética, em que os meios de produção pertenciam ào estado burocrático em que poucos se beneficiavam, o povo vai chegar ào poder para dividir terras, dividir indústrias, e por mais que se exista uma liderança, nada será maior que a coletividade, da força do 'nós', e só assim o Brasil será um país justo, só assim poderemos vibrar plenamente a inauguração da tv digital, da copa do mundo ser sediada em aqui, da Petrobras dominar a tecnologia de extrair petróleos em águas profundas e de termos mandado um astronauta ào espaço: enquanto uma minoria no poder, as elites, e minorias reprimidas, os nordestinos em São Paulo, todas as conquistas dessa nação não passarão de esterco, de eternos estercos para cobrir o grande buraco que sempre existiu na história desse país.

sábado, 24 de novembro de 2007

O verdadeiro 'querer'

Renunciar a algo em troca de um melhor desempenho em uma atividade prioritária é uma atitude a ser pensada. Aprendi isso esse ano, quando sempre falava para mim mesmo ''só vou ter paz pra valer quando concretizar meu objetivo principal que é passar no vestibular da Ufba" e não fazia por merecer para passar nesse processo seletivo, pois não levei a sério, admito; Mas também não acho que'perdi tempo', pois de alguma forma aprendi muito nesse semestre, conheci pessoas diferentes que acrescentaram coisas novas para minha vida, coisas que talvez não tivesse aprendido tão bem se tivesse passado menos tempo com essa galera, uma galera muito especial por sinal.
Acho que cada atitude que tomamos na vida são as melhores a serem tomadas em determinado contexto, e não é 'bancando o Poliano', mas se olharmos bem para cada situação, podemos tirar proveitos dela, mesmo que não tenhamos conseguido o objetivo que tinhamos em mente. Por sinal, quem viu 'Efeito Borboleta' sabe que a idéia deste filme é que apenas uma modificação no passado, mesmo com a melhor das intenções, podem alterar radicalmente o futuro.
Com isso não quero dizer que estou 'satisfeito' de não ter conseguido êxito em meu objetivo, claro que existe uma ponta de frustração, mas também penso que se pode tentar de novo, e que da próxima vez a segurança do 'querer algo' seja mais forte, pois várias pessoas querem algo(como passar num vestibular), mas não fazem nada ou quase nada para concretizá-lo, então me pergunto: existe critério para um 'querer' verdadeiro? Acho que existe sim, existem diferentes graus de 'querês' numa escala, quem quer mais concerteza vai fazer o mundo virar de cabeça pra baixo para conseguir algo(na ética claro, digo 'virar o mundo de cabeça pra baixo' como uma metáfora para um incansável espírito de luta que foca seu objetivo de forma tal que renuncia a coisas que podem ser feitas depois, pois 'agora' o que importa é concretizar seu objetivo).
A vida anda, devemos curti-la intensamente e não deixar de fazer outras coisas(na hora certa, pois nem todo mundo vive apenas de estudo, por exemplo), mas claro: no momento de seu 'treinamento de concretização', é preciso garra, força de vontade e todas aquelas palavras mágicas que nos evocam espírito vencedor, pois o tempo de treinamento bem aproveitado é o que faz toda a diferença. Esse aprendizado não tem preço, e talvez não tivesse aprendido isso se não tivesse levado o baque de uma derrota.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Inquilino das prisões, de Edson Gomes

Bom, vou fazer a interpretação dessa música forte, mas que em minha concepção tem um objetivo nobre como várias músicas de reggae: mostrar o quão importante é o amor.
No início de Inquilino das prisões, o eu-lírico narra sua vida de prisioneiro na 'casa do Satanás' com atitudes degradantes, como consumir drogas, sequestrar, estuprar, roubar, matar e liderar rebeliões, fazendo tudo por dinheiro. Todos esses atos o faziam viver às margens da sociedade, visto como perigoso.
Depois desta parte infeliz de sua vida, ele voltou a casa de seu pai, onde não existia mais dor e sofrimento, e sim amor, sem preconceitos, revolucionando sua vida para melhor.
A falta de amor pode levar qualquer ser humano a cometer atos que firam a si mesmo. Não importa a classe social: cuidado, carinho e atenção fazem nós, humanos, sentirmos o porque a vida vale a pena, falo do amor entre pais, filhos, amigos, casais, a uma causa, a uma profissão... A pureza de uma vida verdadeira nos faz pessoas fortes.
O eu-lírico conseguiu se salvar ào final da canção, teve sorte, e nem todos tem. É óbvio que a 'casa do Satanás' é uma metáfora à uma vida sem amor, sem 'algo mais', e há quem seja vítima dessa situação, pois nasceu sem carinho, abondonado, e acabou se revoltando com o mundo, mas há quem tenha tudo de bom e não dê valor à isso, e apenas dê valor às coisas materiais. À 'casa do pai' é uma referência não necessariamente à um lugar confortável(pois a lei tem de ser comprida, e atos ilegais levados ào tribunal), e sim a paz na consciência, a tranquilidade pessoal.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Série "músicas de propaganda"-3

Comercial da ceveja Brahma, também no meio do ano de 2005(época de euforia pré-copa do mundo que durou até o meio do ano de 2006):

"Vou ganhando o mundo, eu vou
Pelos 4 cantos, eu vou
é a Brahma crescendo com o Brasil
O sabor que o mundo descobriu

É a Brahma levando pra lá
a magia e a ginga, de cá
é o Brasil refrescando o mundo inteiro
é o sucesso de mais um brasileiro

Eu vou, pelos 4 cantos, eu vou
sou do mundo inteiro, eu sou."

Série "músicas de propaganda"-2

Comercial do Guaraná Antarctica no meio do ano de 2005:

"Sou conhecido e querido no mundo inteiro
sou brasileiro daqui, sou natural
sou verde e amarelo, sou da nossa cor
eu tenho esse sabor gostoso e original

Eu tenho a alma e a cara desse país
alto-astral sempre feliz, orgulho nacional
sou filho do Brasil essa nação fantástica
sou Guaraná, Guaraná Antarctica"

Série "músicas de propaganda"-1

Comercial da Caixa esse ano para o Para-Pan Rio 2007:

"Essa coragem não tem medida
Persegue a marca e persegue a vida
gente com garra, gente encantada
feliz por saber...
que todo mundo nasceu pra vencer"

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

O último Samurai.

Até quando ser competitivo implica em deixar de ser você mesmo?

Para quem viu o Último Samurai e acredita na filosofia do filme, a resposta é NUNCA! Na vitória ou derrota, ser fiel à um estilo sempre será a melhor forma de agir.

No filme, os Samurais são guerreiros camponeses, que de tão apegados ào campo(à tradição feudal, pré-revolução meijii) lutam até quando podem contra o progresso(que no filme é o antagonista). Os progressistas são liderados por um grande empresário japonês, Omuta, que é beneficiado(ele e sua família) pelo imperialismo europeu e americano e pretende acabar com o que eles chamam de 'Japão atrasado', e querem impor, mesmo que na força, um Japão industrializado, porém, a nova ordem sócio-econômica assusta à muitos japoneses(que são liderados pelos Samurais) que não sabem o que farão da vida, ja que o governo não planejou nada de seguro para a população(processo semelhante à abolição da escravidão no Brasil: os negros foram libertados por interesses econômicosja que ter assalariados era mais barato que comprar escravos e o mercado consumidor precisava crescer- e foram abondonados, sem auxílio e sem perspectiva de levar uma nova vida, então, sem formação profissional nenhuma para subir na vida e sem dinheiro para sobreviver, até os dias de hoje, os reflexos dessa injustiça se tornam muito claros pela cor da pele da maioria das pessoas que passam fome no Brasil.)

Tom Cruise interpreta um militar chamado Algren, contratado pelo império Japonês, devido ào seu sucesso na guerra civil americana, para acabar de vez com todos os samurais. Um detalhe interessante: o próprio imperador do Japão admira os Samurais, e inclusive tem como seu conselheiro o líder dos samurais, Katsumeto, então, ele fica inseguro e se torna uma marionete de todos os interesses progressistas que só visam enriquecer as castas mais altas, esquecendo do povo.

Algren(Tom Cruise), em uma das batalhas contra os Samurais, é capturado e levado para a vila dos Samurais, um lugar maravilhoso, ZEN, bem verde e tranquilo, onde os Samurais treinam suas habilidades, e como diz num trecho do filme, ''a disciplina dessas pessoas de acordar e dedicar-se desde cedo a fazer tudo da meneira mais perfeita possível é impressionate"(inclusive cozinhas, lutar...).

SE VOCÊ NÃO VIU O FILME NÃO LEIA A PARTE ABAIXO!

Algren, que era alcoolotra, e havia desacreitado em Deus devido à sua experiência de vida em guerras e diversos sofrimentos(em que ele mentalizava negativamente diversas vezes) aprendeu a amar o estilo de vida dos Samurais, e então, decidiu lutar do lado deles(Algren inclusive havia aceitado a proposta de exterminar os Samurais apenas por dineheiro-havia se tornado um mercenário-, ja que havia desacreditado nos valores morais, e agora, com os samurais, os recuperou).

Os Samurais, com espadas lutaram contra a guarda imperial, com armas de fogo importadas. Porém, o último Samurai a sobreviver(está aí o nome do filme) foi Algren, e, perto do momento em que o imperador iria assinar um tratado importantíssimo para o 'progresso antagônico' do Japão, Algren chegou para falar com o imperador. Deu a ele de presente a espada de Katsumeto, que, com esse gesto simbólico, refletiu brevemente e tomou uma decisão: não assinar o tratado imposto pelos interesses imperialistas. Omuta, chocado, chegou a tentar fazer a cabeça do imperador, que desta vez mostrou firmeza e deu um maravilhoso discurso sobre valores morais, que haviam se perdido diante de toda a busca por dinheiro, e mesmo sobrevivendo apenas Tom Cruise do grupo dos Samurais, de alguam forma eles conquistaram o que queriam: a não-modernização do Japão(que era até mais importante que a sobrevivência deles, pois de alguma forma o espírito Samurai não foi extinto e suas tradições menos radicais-como o suicídio ào ser desonrado*- foram mantidas) . E sendo eles mesmos, com espadas enfrentando armas de fogo.

O filme pode até ser utópico, mas minha ideologia busca ver um mundo diferente realmente, pois sei que não somos mais poderosos que o destino, mas podemos lutar com garra de igual para igual sendo nós mesmos, e teremos mais possibilidade de vencer por completo que cultivarmos uma falsa vitória, que será passageira como as supérfulas materializações da vida material, e não se diferenciará das medíocres vitórias dos falsos vencedores.



*O Japão tem um dos maiores índicies de suicídio do mundo, devido a busca pela perfeição exagerada e o auto-castigo por errar(em provas escolares, por exemplo). Se é uma herança da tradição Samurai, é uma das pouquíssimas negativas deixadas por eles. Pois mesmo com a era Meijii, o Japão até hoje respeita muito a sua história, sua cultura e tradições, e hoje faz parte dos 8 países mais poderosos do mundo(G-8).

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Lições do Para-Pan.

O Para Pan foi maravilhoso, e nos mostrou que independente das dificuldades podemos superar os nossos desafios, e tudo que achamos um grande problema é pouquíssimo, ou quase nada, se compararmos a reabilitação dos atletas para-olímpicos que venceram tudo com muita garra, e, ao inves de se lamentarem e pedirem mais da vida, fizeram por merecer tudo que conquistaram e mostraram que nós somos responsáveis pela nossa felicidade, e que a vida pode até nos reservar momentos de dificuldades, mas se a tristeza for inevitável, o sofrimento é opcional, e Deus nos colocou nesse mundo para sermos felizes, acreditando nos nossos grandes sonhos, e lembrando que coisas pequenas e supérfulas que fogem do pensamento coletivo(que é o bem estar de todos) não valem a pena, pois somos grandes e devemos aproveitar cada segundo com intensidade e gratidão de tudo que temos, e não esperar que nos tirem algo para pudermos lamentar e repetir a farse clichê ''eu era feliz e não sabia". No meu mundo existe espaço para a superação, felicidade, garra e revolução, se a tristeza, como a perda de meu avô, bater como bateu, eu venço o desafio, sei que a saudade sempre vai existir, mas olhando para frente podemos fazer com que a lembrança boa dele fique sempre no meu coração e sirva de estímulo para no futuro ser um avô tão bom quanto ele foi, e como acredito na vida após a morte, sei que ele está vivendo uma outra vida, e nesta vida ele torce para mim, e eu aqui torco para ele onde ele estiver, pois ele me ensinou a seguir em frente independente do que acontecer, ja que não somos mais poderosos que o destino, mas podemos nos manter de pé, e se equilibrar depende apenas de você mesmo.

Seja feliz, a vida é maravilhosa, e pense em tudo que você tem, mentalizando gratidão, e o que tem a pedir, faça por merecer através da garra, e não apenas da oração.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Ásia.

Não foram só os jogos Pan-americanos que tiveram seu fim ontem. Domingo também ocorreu a final da copa da Ásia de nações, o principal torneio de futebol do continente(realizado de 4 em 4 anos), e o Iraque se sagrou campeão pela 1ª vez na história, derrotando os favoritos sauditas por 3 a 1.
Num continente 'plural' como a Ásia, tende-se a se separar conceitos ao invés de agrupar(a Ásia parece estar longe de criar uma moeda única e um orgão semelhante à União européia). Porém, a Austrália, país que nada tem haver com as culturas dos vizinhos orientais, agora é membro da AFC(confederação de futebol asiática), pois acreditou que o nível técnico do seu país pode melhorar enfrentando adversários tecnicamente mais fortes(é o que o México deveria fazer, pois deveria entrar para a Conmebol), mesmo sabendo que a classificação para a copa do mundo pode se tornar mais difícil. E os asiáticos mostraram seu cartão de visita, expulsando a 'seleção canguru' logo nas 4ªs de final, pelo Japão(mas ja havia perdido antes para o campeão Iraque). Mas claro, se pensou muito no dinheiro com a 'transferência de continente' da Austrália(somente no futebol, no Atlas continuará sendo Oceania), pensou-se que o público australiano vai se sentir mais motivado ao ver seus times enfrentando times japoneses e árabes à times amadores da Nova Zelândia e Ilhas Salomão.
A Ásia é tão grande em todos os sentidos, que a distância do país mais ào ocidente(Líbano) para a ilha mais ào oriente(que divide Indonésia e Pápua Nova Guiné-país oceânico) equivale a uma distância da cidade de Salvador(Brasil) até Beirute(capital do Líbano), ou seja: para os líbaneses, jogar a copa da Ásia(que teve como uma das sedes a Indonésia) seria tão distante quando viajar para o Brasil!(os libaneses não se classificaram, a elimiatória para esse torneio é muito competitiva, com times de nível técnico semelhante-bem abaixo do nível europeu e de Brasil, Argentina e México).
A Ásia faz fronteira com a África(com parte do território egípcio pertencente à Ásia) e Europa(pelo canal de Bósforo, dividindo Istanbul-única cidade pertencente a 2 continentes- na Turquia e a outra divisa é numa ex-zona soviética, no mar Cáspio com entrada para o Irã). A Rússia(que também pertence á Europa) é seu país mais ao norte(e o mais frio, próximo ao Pólo Norte) e a Indonésia é seu país mais ào sul(com clima tropical semelhante ào do Brasil) e o mais ào oriente também, inclusive dividindo ilhas com dois países oceânicos(Pápua Nova Guiné e Timor Leste).
Na crescente fértil(nome dado porque todas essas civilizações continham no mínimo um rio importante, e água é sinônimo de fertilidae), surgiram as primeiras civilizações do mundo, como a Fenícia(Líbano), Babilônia, mais tarde chamada de Mesopotâmia(Iraque e Kwait), Pérsia(Irã), Hebraica(Israel, que não pertence a confederação asiática de futebol por questões político-religiosas) e Palestina(espalhados por Israel e Jodânia, mas sonham em firmam um território definido). Ào leste civilizações antigas vinham se organziando também, como os mongóis, chineses, japoneses, indianos e mais para o lado da Oceania os polinesos(há teorias que apontam que os índios brasileiros tem descendentes da Polinésia). Os árabes, divididos em 6 países(Iêmen, Omã, Emirádos Arabes Unidos, Árabia Saudita, Catar e Bahrein) que antes do surgimento do Islamismo eram povos nômades, que viviam pelos desertos como beduínos, desde cedo tinham a forte identidade com o comércio e tinham a crença na pedra negra(que foi re-aproveitada na fé islâmica), e hoje, com o islamismo, expandiram seu idioma do ocidente africano até a Indonésia, criando uma identidade forte.
Enfim, a Ásia é um continente misterioso, exótico, cheio de histórias e pluralidade cultural. Ainda com um futebol tecnicamente inferior, mas com a organização de seu torneio(copa da Ásia de nações) em alto nível.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Respeito com os rivais.

Nos esportes, aprendemos a respeitar os adversários, mesmo sabendo que estes almejam o mesmo objetivo que o seu, e não poderá ser partido entre ambos: a vitória. Levar com naturalidade o fato de que se pode jogar numa boa, com ética e buscando a vitória sempre respeitando o adversário é um grande ensinamento que esportes dão à vida de muitos brasileiros, afinal, fora das quadras(ou campos...) a amizade continua, é preciso separar as coisas.

Porém, na política, não existe separação de 'extra-campo', principalmente porque as disputas na maioria das vezes envolvem diretamente a vida das pessoas, diferente do esporte, que é um jogo, apaixonante, mas que não deve ser visto como guerra, pelo contrário: é através dos esportes que buscamos sempre a integração entre as pessoas.

O prefeito do município do Rio de Janeiro disponibilizou pela internet a venda de camisas com a frase ''Eu vaiei o Lula no Pan'' abaixo do simpático mascote Kauê(o sol com olhos e boca). É evidente que Lula e César Maia pensam de forma muito diferente, a começar pelo partido em que são filiados, mas o respeito tem de existir, ainda mias num momento em que se promove o esporte para toda uma nação(não importando se são direitistas ou esquerdistas), que leva toda uma filosofia de vida por trás disso. O público tem o direito de vaiar Lula, mas o prefeito do Rio de Janeiro está sendo anti-ético ao incentivar isso(direito ele tem, pois não existe uma lei que o proíba, mas nem sempre a lei cobre todas as boas condutas morais, por isso a ética é tão importante em todo mundo, porque nos diversos países, existem diversas leis, mas a ética é uma só, e o respeito é um valor universal).

O público no Pan vaiou as delegações dos Estados Unidos(pela postura imperialista, que não é de hoje), Cuba(pela rivalidade esportiva e pela briga na arena de Judô), Argentina(pela rivalidade em todos os âmbitos-esportivo, político...- e pela briga no handball masculino), Venezuela e Bolívia(pela polêmica que envolveu a Petrobras) e até Bernardinho e seu filho Bruninho(após o técnico da seleção brasileira ter cortado sem tantos motivos revelados o melhor jogador da liga mundial, Ricardinho, e ter colocado no lugar seu filho).

As vaias fazem parte do esporte, mas soaram raivosas demais nesse Pan em minha opinião. Os atletas nada tem haver com a política de seus países(ou podem até ter-em raros casos-, mas estão lá para disputar os jogos), e um protesto na abertura ja estaria de bom tamanho, mas vaias frequentes, em muitas apresentações, soam ruim em minha opinião, e o pior de tudo: alguém manipulou toda aquela massa, como as torcidas organziadas no futebol, e ja se descobriu que um dos manipuladores foi o prefeito do município carioca.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

É preciso saber perdoar.

Como todos sabem, o craque do Botafogo, Dodô, ficará afastado dos gramados por 1 mês(ja se passaram 2 semanas dessa pena) preventivamente e poderria ficar até um ano, porque no seu exame anti doping foi constatada a presença de Fenproporex, uma substânica proibida que é usada para moderar apetite.
Mas o rumo da situação parece estar favorável ào Botafogo: funcionários do clube mandaram 3 lotes de compostos consumidas pelos atletas antes dos treinos e partidas para serem examinadas no laboratório da USP, e nas cápsulas de cafeína deu positivo para a presença de Fenproporex, então, a culpa não é nem de Dodô e nem do Clube de Futebol e Regatas Botafogo, e sim da farmácia de manipulação 'Fharmacy', que há anos vendia cápsulas para o clube.
A farmácia foi fechada muito mais por pressão do Botafogo que por iniciativa de orgãos fiscalizadores.
Me admira o trabalho do Botafogo de pesquisar, lutar a favor da verdade para desvendar aonde estava a presença da substância proibida e provar a inoscência de Dodô e da instituição, mas sinceramente, acho muito radical e cruel lutar para fechar a farmácia. Claro, o Botafogo tem direito a ser idenizado, ja que não pode contar com seu principal jogador em alguns jogos e de alguma forma ter passado por 'mal bocados' na CBF(foram danos morais e materiais-ja que o jogo perdido pelo Santos sábado não poderá voltar); Acho de uma inresponsabilidade enorme consumir algo que você não tem conhecimento(por isso a farmácia deve ser julgada, pois contradisse a bula), mas corrigidos os erros, fechar a farmácia é desestruturar a vida de brasileiros trabalhadores, e duvido que essa farmácia seja a única a falhar(e não me venham com 'lições de moral para dar o bom exemplo', pois falhas técnicas sempre existirão na ciência, acontecem nos melhores laboratórios do mundo). Deixar essas pessoas desempregadas por uma falha que pode ser corrigida é regredir em alguns conceitos éticos até do esporte, em que errar é humano(assim como o goleiro botafoguense Júlio César errou na semi final da copa do Brasil), e que essa farmácia deve ir sim a julgamento, mas o Botafogo não deve pressionar por isso, e sim deixar nas mãos da justiça e procurar pensar para frente, pensar que Dodô pode voltar em breve, e que este ano poderá acabar seu jejum no campeonato brasileiro(que não conquista desde 95).

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Otimismo no pan.

Bom, lutei até quando pude contra os jogos pan-americanos serem realizados no Brasil, mas, agora que não tem mais jeito, vou torcer para que tudo dê certo, vou ser otimista, afinal, o que eu quero mesmo é o melhor para meu país, e não que ele se queime internacionalmente.
Vou acompanhar pelos jornais, revistas, canais de tv aberta e por assinatura, internet, rádio e claro, você, caro 'blog-espectador', está convidado para acompanhar o maior evento esportivo das Américas aqui na rede 'GrandeSports', a rede de blogs da família brasileira! São 4 blogs e 4 flogs que te deixaram por dentro de tudo que acontece na cidade maravilhosa, não temos(adoro falar no plural, como corporação =P ) repórteres no Rio, câmera exclusiva, furos de reportagem nem entrevistas inéditas, mas temos um jornalista promissor , com experiência em cobrir uma copa do mundo pelo fotolog 'paznomundo.fotoflog.com.br'(lógico, eu,o único membro da 'Grandsports') e que, com muito estudo, opinião clara e sem interesses comerciais, fará dessa simples rede de blogs seu local de trabalho íntegro(pois estou de férias), e espero antes de mais nada satisfazer a mim mesmo, pois eu conseguirei notar se meu trabalho estará sendo bem feito ou não(é um teste comigo mesmo), e claro, se puderem pontoar nos comentários no decorrer dos trabalhos, eu agradeço!
É isso aí, ja estou em clima de Pan, até ja comprei a camisa oficial dos jogos Rio 2007! 6ª feira é a abertura e sábado ja teremos algumas medalhas sendo destribuídas. E para termianr este post, o slogan da rede Grandsports(até tem rima):

"GrandSports, a rede foto-blogueira da família brasileira"

sexta-feira, 6 de julho de 2007

A triste tarde do Sarriá

Para começar o texto, uma explicação do que foi a 'tarde de Sarriá': Sarriá foi um estádio de futebol em Barcelona- Espanha(demolido em 98). No dia 5 de julho de 1982, nesse estádio, jogaram Brasil e Itália, e esse jogo era decisivo para garantir uma vaga para a semifinal da copa do mundo.
O Brasil tinha um timaço, que sem exagero, marcou tanto quanto seleção de 70: Na copa de 82, tínhamos um dos melhores técnicos de todos os Tempos, Telê Santana. No meio, um 'quadrado mágico, com Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico. A
Itália era a antítese de toda essa magia: conseguiu a classificação com 3 empates(Polônia, Peru e Camarões) e graças aos seus 2 gols marcados, contra apenas 1 de Camarões, de classificou(sendo que um gol de Camarões contra a própria Itália no final do jogo foi legal e o juiz anulou, e o gol italiano sobre a seleção camaronesa contou com a colaboração do goleiro N’kono, que escorregou no lance).
Na chave de Brasil, Argentina(que havia ganhado a última copa) e Itália, em que apenas 1 poderia se classificar para as semifinais, nem precisa falar quem era a ‘azarona’. Pois a freguesa foi a Argentina, que perdeu para as 2 equipes. Na última partida, do grupo, o Brasil jogava pelo empate e tinha a melhor seleção. Há registros de italianos apaixonados por futebol que afirmaram: ‘O Brasil tem que vencer esse jogo, pelo bem do futebol!’
Pois daí surgiu a estrela desta copa, o nome que até hoje causa arrepio em muitos brasileiros acima dos 35 anos: Paolo Rossi, que inclusive até essa partida(a anti penúltima da copa) não havia marcado gol na copa, e terminou como artilheiro com 6 gols. Mesmo com 19 anos, sou um jovem que estudo muito o futebol, e sei como essa partida em Barcelona mudou o rumo do futebol brasileiro e internacional.
Paolo Rossi, que havia disputado a copa de 78 como titular, ficou longe dos gramados por 2 anos devido a denúncias de manipulações de resultados denominado ‘Totonero', quando atuava pelo Peruggia. Chegou a copa de 82 fora de forma e desacreditado, como toda a nação italiana. Inclusive o técnico Enzo Bearzot proibiu os jogadores da seleção italiana de lerem jornais, para não se desequilibrarem emocionalmente com as notícias furiosas da apaixonada imprensa italiana.
Com 3 gols, num jogo disputadíssimo, a incrível seleção brasileira de 82 foi eliminada da copa, mas deixou um legado, assim como a Hungria de 54 e a Holanda de 74, que ‘vencer não é tudo’. Infelizmente, com o tempo, esse legado foi sendo esquecido e tivemos uma seleção com futebol extremamente ‘doloroso aos nossos olhos’ campeã do mundo, que por sinal era brasileira, em 94. Parreira, um técnico ultra-conservador e adepto do manjado 4-4-2, se tornou campeão com 2 zagueiros, 2 laterais recuados, 2 volantes, dois meias que estão longe de ser criativos e um ataque que salvou a equipe do fiasco.
Hoje o Brasil regride mais com Dunga, que está optando por 3 volantes, mas na verdade a nossa cultura impôs toda essa retranca: talvez ficamos tão tristes por perder aquela copa que pedíamos por times vencedores e esquecemos que futebol bom de se ver é jogado pra frente, em busca do gol, com ousadia e meias criativos que possam também fazer gols.
Torcemos por dias melhores para o futebol mundial, mas sem mexer na regras, os técnicos vão continuar abusando da retranca,e o futebol vai aos poucos ficando mais feio. Mas o problema é: como mexer a regra para o futebol ficar mais dinâmico e com as equipes correndo mais riscos, se todos querem ganhar, não importa como?

terça-feira, 3 de julho de 2007

Ética nos esportes.

É normal querermos vencer, não só nos jogos que disputamos, mas vencer também na vida cotidiana, queremos chegar ao topo da carreira profissional, ser reconhecidos pelo bom trabalho que fizemos e nos destacarmos no meio da multidão por fazermos algo de bom. Mas um verdadeiro vencedor consegue enxergar a derrota como algo não tão distante, e por isso mesmo ele consegue os melhores resultados: enquanto os prepotentes se enxergam como infalíveis e "não conseguem encontrar nada para melhorar, pois é o melhor e ninguém irá vence-lo", o verdadeiro vencedor confia no seu potencial, mas jamais subestima o dos adversários, e será perfecconista ào extremo para chegar próximo a perfeição, e assim fazer sua parte para assegurar o resultado positivo, mas claro, sabendo que num jogo tudo pode acontecer, e assim tomará cuidados no jogo que o prepotente não tomará.
Um exemplo de campeão é o técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, Bernardinho, que mesmo com a melhor seleção de vôlei do mundo de todos os tempos, atual bi-campeã consecutiva da copa do mundo, atual campeã olímpica e atual tetra campeã consecutiva da liga mundial, ele não para de orientar seus jogadores, buscar os erros e, ao contrário de técnicos que acabam desestimulando os seus subordinados, Bernardinho é uma referência que passa segurança, que não reclama apontando defeitos no pessoal de cada atleta, mas simplesmente na tática, pois na técnica da equipe ele confia.
Quando a disputa é consigo mesmo, como passar de ano no colégio ou buscar uma alimentação mais sadia, é preciso se esofrçar, claro, mas tudo depende de você. Mas quando no jogo existem adversários, como num vestibular ou num esporte individual, será um duelo entre sua técnica e a do adversário, e se for esporte coletivo, o controle da própria equipe não depende de você, então, imagine o jogo como um todo, em que o adversário pode estar inspirado.
O importante é mostrar garra e determinação, porque se o adversário não a tiver, você sairá na frente da disputa, e se ele também o tiver, será um duelo muito disputado, e o nível da competição será muito interessante para quem está assistindo(no caso de ser esporte), o que eleva o grau de entusiasmo, e quem não gosta de um jogo disputado?
Mais importante que tudo: em tudo na vida, é preciso jogar limpo. Jogar na regra não basta, pois esta não cobre todos os padrões de boa conduta, e sem ética o mundo vira um inferno, e estamos nesse mundo para viver em harmonia, todos fazendo sua parte e dando o bom exemplo, pois existe espaço para todos aqui, e apesar da vontade de vencer, as disputas tem de ser justas, e a técnica e a garra devem determinar o vencedor de uma disputa, e não fatores externos. A mentira tem pernas curtas, e um exemplo é o futebol: hoje os atletas estão praticamente confinados num 'big brother' em que não se pode molestar o adversário sem a câmera flagrar, e ainda bem que a tecnologia tem esse ponto positivo nos esportes, ja que é a tecnologia que tem proporcionado a criação de drogas de laboratórios que aumentam o rendimento do atleta, o maior desafio dos esportes nesse século.
Independente de que exista tecnologia ou não, a ética é necessária para o bom andamento do planeta, seja nos esportes ou na vida cotidiana. E aí entra o esporte como instrumento de educação, levando para crianças pobres que não desfrutaram da boa educação pública uma metáfora da vida, ja que na vida ganhamos e perdemos, assim como no esporte, e neste também aprendemos a lidar com a frustração, e também, a ter garra para lutar por nossos sonhos, e sermos cidadões éticos, pois o que distingue um ser é o seu caráter em 1º lugar, e no caso dos esportes, sua técnica e garra em 2º, e num duelo entre jovens da periferia e jovens de classe média alta numa partida de futebol, o jogo começa 0 a 0, todos com chances iguais até o apito soar e em campo vencer quem descreveu melhor a sua história.

sábado, 30 de junho de 2007

Anti-esporte

Teoricamente, esporte é saúde, é educação corporal, e por isso os profissionais de educação física estudam até quanto nosso corpo suporta fazendo exercícios físicos, e que tipos de exercícios físicos tem de ser feitos para diversos fins: emagrecer, ganhar massa, melhorar postura, fôlego... Mas o esporte profissional está se tornando cada vez mais agressivo, e há atletas que se submetem a aplicação de drogas para obter melhor rendimento e esquecem que estes estão sendo usados como marionetes de grandes empresários que pouco dão valor a sua vida, e quando este estiver precisando de ajuda, os empresários em questão te esquecerão e conseguirão outro "andróide", ja que pessoas afim de ascender socialmente, que topam tudo pela ascensão, não faltam nesse mundo, e mais uma vez, o dinheiro se torna um vilão dos esportes, não é a toa que o esporte amador é muito mais sadio.
O doping genético será o pior de todos, pois será o mais difícil de se detectar(se é que conseguirão essa proeza). Ele fará parte do corpo do atleta, portanto, qualquer tipo de exame constará como normal, como parte integrante de um corpo físico que não foi modificado. Se o futebol sofrerá com isso, imagine o atletismo, que é um esporte em que a técnica em muitas das modalidades, como tiro raso de 100 metros, é exclusivamente a explosão muscular.
Eu espero que a ética prevaleça no futuro, que as pessoas pensem mais na beleza dos esportes e na sua saúde, e jamais no dinheiro. E que os mesmos avanços científicos que possibiltam os dopings sirvam também para descobrir qual o atleta está infrigindo a regra.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Futebol a capital.

Muito se fala na nostalgia dos antigos craques e antigas equipes, embora muitos não gostem dessa nostalgia, como Luis Felipe Scolari, que caracterizou esse momento como ''a época em que se amarravam cachorros com linguiça''.
Na minha opinião, os 6 melhores jogadores de todos os tempos são Pelé, Maradona, Cruyff, Garrincha, Di Stefano e Puskas. Nenhum deles foi de minha época, mas através de pesquisas e de um critério escolhido por mim mesmo, defino estes como os melhores, então, muitos devem perguntar: ''Porque os jogadores antigos são tão valorizados?''. Infelizmente, não consigo formular uma resposta definida, talvez este será meu tema de mestrado, mas o fato é que nas décadas anteriores também haviam muitos 'perna de pau', e esses jogadores craques do passado, se tivessem que jogar hoje, teriam que se disciplinar muito mais(com excessão de Pelé), ou seja: se eles jogassem hoje, nas mesmas condições do passado nos dias de hoje, teriam que passar por um treinamento específico, aumentar massa muscular, fôlego e explosão muscular, tudo isso para fazer com que seu talento seja produtivo para a equipe, ja que nos dias de hoje a técnica é apenas um acessório. O que mais teria que mudar é Garrincha, que bebia e fumava muito, além de ser farrista em excesso(hoje existem os farristas também, mas para chegar longe é preciso abrir mão da diversão por alguns momentos, para dormir bem e ter um bom rendimento no jogo).
Talvez por isso o futebol de hoje em dia seja 'feio': não dá para jogar na Europa sem ter um corpo forte, e o Robinho moleque do Santos se tornou mais um protótipo do jogador padrão europeu, sendo que seu peso impossibilta de fazer alguns tipos de arte. No futebol antigo, não havia(porque também ninguém havia inventado) 'fórmulas' para se ter um time 'vencedor', com esquemas táticos defensivos, por isso, para ser vencedor no futebol moderno, as vezes é preciso deixar de ser você mesmo, como foi o caso da seleção brasileira da copa de 94, que seguiu um estilo defensivo europeu para vencer uma copa "àos trancos e barrancos". Ja a seleção de Telê, em 82, jogou um futebol bonito, mas que por injustiça(algo comum no futebol) foi eliminada. Então eu te pergunto: você prefere vencer jogando feio ou perder jogando bonito? Para essa pergunta, não existe resposta certa: depende de seus princípios, de sua forma de pensar e do que você quer para sua vida e para o futebol(sim, vida, pois eu acho o futebol uma metáfora da vida humana).
No lado romântico pré-teto salarial dos jogadores de futebol, clubes pequenos, do interior, poderiam atrair grandes craques em pé de igualdade com clubes potentes, pois o salário era o mesmo(graças ào piso salarial, os jogadores não poderiam ganhar mais que um certo limite) e muitos atletas preferiam morar em uma cidade pequena de interior devido a vida tranquila. Hoje, sem teto salarial, quem contrata os melhores são quem tem dinheiro, e como estes podem pagar quanto quiserem, montam super equipes. Eu entendo o lado da classe trabalhadora dos jogadores de futebol, pois é um absudo ver os dirigentes lucrando tanto e se sentir um um mero trabalhador, sendo que é o jogador quem faz o espetáculo. Mas é inegável que o piso salarial declinou os times pequenos.
Interesses econômicos também 'colaboram' para deixar o jogo mais feio: nas copas de 86 e 94, por exemplo, não houveram jogos pela noite, e os jogadores tinham que encarar temperaturas altíssimas, as vezes até 40º, apenas porque esses jogos aconteciam no continente americano, e para que os europeus pudesses assistir sem um choque muito forte de fuso-horário, os jogos aconteciam até mesmo no horário de meio-dia! Outra coisa: jogadores jogam 3 vezes por semana: Domingo, 4ª feira e domingo(7 dias). Em média um jogador corre 10 kilômetros a cada partida, sendo 2 tempos de 45 minutos com momentos de leve andadas e corridas exigindo-se o máximo de explosão muscular. Fora se a partida tiver prorrogação, e isso tudo durante mais de 10 meses! Por isso há tantas contusões: estão testando os jogadores ào limite, como se fossem animais, e aí, quando se pode tirar férias por 1 mês para descansar pelo fato de não ter férias há 2 anos, como Kaká e Ronaldinho Gaúcho, alguns pseudo-jornalistas(que mais parecem palpiteiros) ousam crucifica-los por pedirem liscença para não participar da copa América. Esses pseudo-jornalistas devem ser pagos, devem ser atentidos por diversos interesses, para falarem asneiras desse tipo.
Nem todo jogador de futebol ganha bem, e trabalha como um peão, pois não bastasse jogar 3 vezes por semana, os treinos são super puxados(eu ja treinei em várias escolinhas e ja vi um treino do Esporte Clube Vitória, e posso dizer: tem que ser raçudo!). Então, ao inves de só culpar os jogadores, é preciso culpar todo esse sistema que envolve o futebol capitalista, e para encerrar esse post, uma frase do escritor Paulo Mendes Campos:

"E, se não quiserem mexer nas regras para salvar o futebol, há outra solução, embora utópica: acabarem para sempre com os treinadores. Sem os técnicos, talvez, a rapaziada consiguiria devolver ao futebol a pureza do brinquedo"