sábado, 24 de novembro de 2007

O verdadeiro 'querer'

Renunciar a algo em troca de um melhor desempenho em uma atividade prioritária é uma atitude a ser pensada. Aprendi isso esse ano, quando sempre falava para mim mesmo ''só vou ter paz pra valer quando concretizar meu objetivo principal que é passar no vestibular da Ufba" e não fazia por merecer para passar nesse processo seletivo, pois não levei a sério, admito; Mas também não acho que'perdi tempo', pois de alguma forma aprendi muito nesse semestre, conheci pessoas diferentes que acrescentaram coisas novas para minha vida, coisas que talvez não tivesse aprendido tão bem se tivesse passado menos tempo com essa galera, uma galera muito especial por sinal.
Acho que cada atitude que tomamos na vida são as melhores a serem tomadas em determinado contexto, e não é 'bancando o Poliano', mas se olharmos bem para cada situação, podemos tirar proveitos dela, mesmo que não tenhamos conseguido o objetivo que tinhamos em mente. Por sinal, quem viu 'Efeito Borboleta' sabe que a idéia deste filme é que apenas uma modificação no passado, mesmo com a melhor das intenções, podem alterar radicalmente o futuro.
Com isso não quero dizer que estou 'satisfeito' de não ter conseguido êxito em meu objetivo, claro que existe uma ponta de frustração, mas também penso que se pode tentar de novo, e que da próxima vez a segurança do 'querer algo' seja mais forte, pois várias pessoas querem algo(como passar num vestibular), mas não fazem nada ou quase nada para concretizá-lo, então me pergunto: existe critério para um 'querer' verdadeiro? Acho que existe sim, existem diferentes graus de 'querês' numa escala, quem quer mais concerteza vai fazer o mundo virar de cabeça pra baixo para conseguir algo(na ética claro, digo 'virar o mundo de cabeça pra baixo' como uma metáfora para um incansável espírito de luta que foca seu objetivo de forma tal que renuncia a coisas que podem ser feitas depois, pois 'agora' o que importa é concretizar seu objetivo).
A vida anda, devemos curti-la intensamente e não deixar de fazer outras coisas(na hora certa, pois nem todo mundo vive apenas de estudo, por exemplo), mas claro: no momento de seu 'treinamento de concretização', é preciso garra, força de vontade e todas aquelas palavras mágicas que nos evocam espírito vencedor, pois o tempo de treinamento bem aproveitado é o que faz toda a diferença. Esse aprendizado não tem preço, e talvez não tivesse aprendido isso se não tivesse levado o baque de uma derrota.

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