segunda-feira, 30 de julho de 2007

Ásia.

Não foram só os jogos Pan-americanos que tiveram seu fim ontem. Domingo também ocorreu a final da copa da Ásia de nações, o principal torneio de futebol do continente(realizado de 4 em 4 anos), e o Iraque se sagrou campeão pela 1ª vez na história, derrotando os favoritos sauditas por 3 a 1.
Num continente 'plural' como a Ásia, tende-se a se separar conceitos ao invés de agrupar(a Ásia parece estar longe de criar uma moeda única e um orgão semelhante à União européia). Porém, a Austrália, país que nada tem haver com as culturas dos vizinhos orientais, agora é membro da AFC(confederação de futebol asiática), pois acreditou que o nível técnico do seu país pode melhorar enfrentando adversários tecnicamente mais fortes(é o que o México deveria fazer, pois deveria entrar para a Conmebol), mesmo sabendo que a classificação para a copa do mundo pode se tornar mais difícil. E os asiáticos mostraram seu cartão de visita, expulsando a 'seleção canguru' logo nas 4ªs de final, pelo Japão(mas ja havia perdido antes para o campeão Iraque). Mas claro, se pensou muito no dinheiro com a 'transferência de continente' da Austrália(somente no futebol, no Atlas continuará sendo Oceania), pensou-se que o público australiano vai se sentir mais motivado ao ver seus times enfrentando times japoneses e árabes à times amadores da Nova Zelândia e Ilhas Salomão.
A Ásia é tão grande em todos os sentidos, que a distância do país mais ào ocidente(Líbano) para a ilha mais ào oriente(que divide Indonésia e Pápua Nova Guiné-país oceânico) equivale a uma distância da cidade de Salvador(Brasil) até Beirute(capital do Líbano), ou seja: para os líbaneses, jogar a copa da Ásia(que teve como uma das sedes a Indonésia) seria tão distante quando viajar para o Brasil!(os libaneses não se classificaram, a elimiatória para esse torneio é muito competitiva, com times de nível técnico semelhante-bem abaixo do nível europeu e de Brasil, Argentina e México).
A Ásia faz fronteira com a África(com parte do território egípcio pertencente à Ásia) e Europa(pelo canal de Bósforo, dividindo Istanbul-única cidade pertencente a 2 continentes- na Turquia e a outra divisa é numa ex-zona soviética, no mar Cáspio com entrada para o Irã). A Rússia(que também pertence á Europa) é seu país mais ao norte(e o mais frio, próximo ao Pólo Norte) e a Indonésia é seu país mais ào sul(com clima tropical semelhante ào do Brasil) e o mais ào oriente também, inclusive dividindo ilhas com dois países oceânicos(Pápua Nova Guiné e Timor Leste).
Na crescente fértil(nome dado porque todas essas civilizações continham no mínimo um rio importante, e água é sinônimo de fertilidae), surgiram as primeiras civilizações do mundo, como a Fenícia(Líbano), Babilônia, mais tarde chamada de Mesopotâmia(Iraque e Kwait), Pérsia(Irã), Hebraica(Israel, que não pertence a confederação asiática de futebol por questões político-religiosas) e Palestina(espalhados por Israel e Jodânia, mas sonham em firmam um território definido). Ào leste civilizações antigas vinham se organziando também, como os mongóis, chineses, japoneses, indianos e mais para o lado da Oceania os polinesos(há teorias que apontam que os índios brasileiros tem descendentes da Polinésia). Os árabes, divididos em 6 países(Iêmen, Omã, Emirádos Arabes Unidos, Árabia Saudita, Catar e Bahrein) que antes do surgimento do Islamismo eram povos nômades, que viviam pelos desertos como beduínos, desde cedo tinham a forte identidade com o comércio e tinham a crença na pedra negra(que foi re-aproveitada na fé islâmica), e hoje, com o islamismo, expandiram seu idioma do ocidente africano até a Indonésia, criando uma identidade forte.
Enfim, a Ásia é um continente misterioso, exótico, cheio de histórias e pluralidade cultural. Ainda com um futebol tecnicamente inferior, mas com a organização de seu torneio(copa da Ásia de nações) em alto nível.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Respeito com os rivais.

Nos esportes, aprendemos a respeitar os adversários, mesmo sabendo que estes almejam o mesmo objetivo que o seu, e não poderá ser partido entre ambos: a vitória. Levar com naturalidade o fato de que se pode jogar numa boa, com ética e buscando a vitória sempre respeitando o adversário é um grande ensinamento que esportes dão à vida de muitos brasileiros, afinal, fora das quadras(ou campos...) a amizade continua, é preciso separar as coisas.

Porém, na política, não existe separação de 'extra-campo', principalmente porque as disputas na maioria das vezes envolvem diretamente a vida das pessoas, diferente do esporte, que é um jogo, apaixonante, mas que não deve ser visto como guerra, pelo contrário: é através dos esportes que buscamos sempre a integração entre as pessoas.

O prefeito do município do Rio de Janeiro disponibilizou pela internet a venda de camisas com a frase ''Eu vaiei o Lula no Pan'' abaixo do simpático mascote Kauê(o sol com olhos e boca). É evidente que Lula e César Maia pensam de forma muito diferente, a começar pelo partido em que são filiados, mas o respeito tem de existir, ainda mias num momento em que se promove o esporte para toda uma nação(não importando se são direitistas ou esquerdistas), que leva toda uma filosofia de vida por trás disso. O público tem o direito de vaiar Lula, mas o prefeito do Rio de Janeiro está sendo anti-ético ao incentivar isso(direito ele tem, pois não existe uma lei que o proíba, mas nem sempre a lei cobre todas as boas condutas morais, por isso a ética é tão importante em todo mundo, porque nos diversos países, existem diversas leis, mas a ética é uma só, e o respeito é um valor universal).

O público no Pan vaiou as delegações dos Estados Unidos(pela postura imperialista, que não é de hoje), Cuba(pela rivalidade esportiva e pela briga na arena de Judô), Argentina(pela rivalidade em todos os âmbitos-esportivo, político...- e pela briga no handball masculino), Venezuela e Bolívia(pela polêmica que envolveu a Petrobras) e até Bernardinho e seu filho Bruninho(após o técnico da seleção brasileira ter cortado sem tantos motivos revelados o melhor jogador da liga mundial, Ricardinho, e ter colocado no lugar seu filho).

As vaias fazem parte do esporte, mas soaram raivosas demais nesse Pan em minha opinião. Os atletas nada tem haver com a política de seus países(ou podem até ter-em raros casos-, mas estão lá para disputar os jogos), e um protesto na abertura ja estaria de bom tamanho, mas vaias frequentes, em muitas apresentações, soam ruim em minha opinião, e o pior de tudo: alguém manipulou toda aquela massa, como as torcidas organziadas no futebol, e ja se descobriu que um dos manipuladores foi o prefeito do município carioca.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

É preciso saber perdoar.

Como todos sabem, o craque do Botafogo, Dodô, ficará afastado dos gramados por 1 mês(ja se passaram 2 semanas dessa pena) preventivamente e poderria ficar até um ano, porque no seu exame anti doping foi constatada a presença de Fenproporex, uma substânica proibida que é usada para moderar apetite.
Mas o rumo da situação parece estar favorável ào Botafogo: funcionários do clube mandaram 3 lotes de compostos consumidas pelos atletas antes dos treinos e partidas para serem examinadas no laboratório da USP, e nas cápsulas de cafeína deu positivo para a presença de Fenproporex, então, a culpa não é nem de Dodô e nem do Clube de Futebol e Regatas Botafogo, e sim da farmácia de manipulação 'Fharmacy', que há anos vendia cápsulas para o clube.
A farmácia foi fechada muito mais por pressão do Botafogo que por iniciativa de orgãos fiscalizadores.
Me admira o trabalho do Botafogo de pesquisar, lutar a favor da verdade para desvendar aonde estava a presença da substância proibida e provar a inoscência de Dodô e da instituição, mas sinceramente, acho muito radical e cruel lutar para fechar a farmácia. Claro, o Botafogo tem direito a ser idenizado, ja que não pode contar com seu principal jogador em alguns jogos e de alguma forma ter passado por 'mal bocados' na CBF(foram danos morais e materiais-ja que o jogo perdido pelo Santos sábado não poderá voltar); Acho de uma inresponsabilidade enorme consumir algo que você não tem conhecimento(por isso a farmácia deve ser julgada, pois contradisse a bula), mas corrigidos os erros, fechar a farmácia é desestruturar a vida de brasileiros trabalhadores, e duvido que essa farmácia seja a única a falhar(e não me venham com 'lições de moral para dar o bom exemplo', pois falhas técnicas sempre existirão na ciência, acontecem nos melhores laboratórios do mundo). Deixar essas pessoas desempregadas por uma falha que pode ser corrigida é regredir em alguns conceitos éticos até do esporte, em que errar é humano(assim como o goleiro botafoguense Júlio César errou na semi final da copa do Brasil), e que essa farmácia deve ir sim a julgamento, mas o Botafogo não deve pressionar por isso, e sim deixar nas mãos da justiça e procurar pensar para frente, pensar que Dodô pode voltar em breve, e que este ano poderá acabar seu jejum no campeonato brasileiro(que não conquista desde 95).

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Otimismo no pan.

Bom, lutei até quando pude contra os jogos pan-americanos serem realizados no Brasil, mas, agora que não tem mais jeito, vou torcer para que tudo dê certo, vou ser otimista, afinal, o que eu quero mesmo é o melhor para meu país, e não que ele se queime internacionalmente.
Vou acompanhar pelos jornais, revistas, canais de tv aberta e por assinatura, internet, rádio e claro, você, caro 'blog-espectador', está convidado para acompanhar o maior evento esportivo das Américas aqui na rede 'GrandeSports', a rede de blogs da família brasileira! São 4 blogs e 4 flogs que te deixaram por dentro de tudo que acontece na cidade maravilhosa, não temos(adoro falar no plural, como corporação =P ) repórteres no Rio, câmera exclusiva, furos de reportagem nem entrevistas inéditas, mas temos um jornalista promissor , com experiência em cobrir uma copa do mundo pelo fotolog 'paznomundo.fotoflog.com.br'(lógico, eu,o único membro da 'Grandsports') e que, com muito estudo, opinião clara e sem interesses comerciais, fará dessa simples rede de blogs seu local de trabalho íntegro(pois estou de férias), e espero antes de mais nada satisfazer a mim mesmo, pois eu conseguirei notar se meu trabalho estará sendo bem feito ou não(é um teste comigo mesmo), e claro, se puderem pontoar nos comentários no decorrer dos trabalhos, eu agradeço!
É isso aí, ja estou em clima de Pan, até ja comprei a camisa oficial dos jogos Rio 2007! 6ª feira é a abertura e sábado ja teremos algumas medalhas sendo destribuídas. E para termianr este post, o slogan da rede Grandsports(até tem rima):

"GrandSports, a rede foto-blogueira da família brasileira"

sexta-feira, 6 de julho de 2007

A triste tarde do Sarriá

Para começar o texto, uma explicação do que foi a 'tarde de Sarriá': Sarriá foi um estádio de futebol em Barcelona- Espanha(demolido em 98). No dia 5 de julho de 1982, nesse estádio, jogaram Brasil e Itália, e esse jogo era decisivo para garantir uma vaga para a semifinal da copa do mundo.
O Brasil tinha um timaço, que sem exagero, marcou tanto quanto seleção de 70: Na copa de 82, tínhamos um dos melhores técnicos de todos os Tempos, Telê Santana. No meio, um 'quadrado mágico, com Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico. A
Itália era a antítese de toda essa magia: conseguiu a classificação com 3 empates(Polônia, Peru e Camarões) e graças aos seus 2 gols marcados, contra apenas 1 de Camarões, de classificou(sendo que um gol de Camarões contra a própria Itália no final do jogo foi legal e o juiz anulou, e o gol italiano sobre a seleção camaronesa contou com a colaboração do goleiro N’kono, que escorregou no lance).
Na chave de Brasil, Argentina(que havia ganhado a última copa) e Itália, em que apenas 1 poderia se classificar para as semifinais, nem precisa falar quem era a ‘azarona’. Pois a freguesa foi a Argentina, que perdeu para as 2 equipes. Na última partida, do grupo, o Brasil jogava pelo empate e tinha a melhor seleção. Há registros de italianos apaixonados por futebol que afirmaram: ‘O Brasil tem que vencer esse jogo, pelo bem do futebol!’
Pois daí surgiu a estrela desta copa, o nome que até hoje causa arrepio em muitos brasileiros acima dos 35 anos: Paolo Rossi, que inclusive até essa partida(a anti penúltima da copa) não havia marcado gol na copa, e terminou como artilheiro com 6 gols. Mesmo com 19 anos, sou um jovem que estudo muito o futebol, e sei como essa partida em Barcelona mudou o rumo do futebol brasileiro e internacional.
Paolo Rossi, que havia disputado a copa de 78 como titular, ficou longe dos gramados por 2 anos devido a denúncias de manipulações de resultados denominado ‘Totonero', quando atuava pelo Peruggia. Chegou a copa de 82 fora de forma e desacreditado, como toda a nação italiana. Inclusive o técnico Enzo Bearzot proibiu os jogadores da seleção italiana de lerem jornais, para não se desequilibrarem emocionalmente com as notícias furiosas da apaixonada imprensa italiana.
Com 3 gols, num jogo disputadíssimo, a incrível seleção brasileira de 82 foi eliminada da copa, mas deixou um legado, assim como a Hungria de 54 e a Holanda de 74, que ‘vencer não é tudo’. Infelizmente, com o tempo, esse legado foi sendo esquecido e tivemos uma seleção com futebol extremamente ‘doloroso aos nossos olhos’ campeã do mundo, que por sinal era brasileira, em 94. Parreira, um técnico ultra-conservador e adepto do manjado 4-4-2, se tornou campeão com 2 zagueiros, 2 laterais recuados, 2 volantes, dois meias que estão longe de ser criativos e um ataque que salvou a equipe do fiasco.
Hoje o Brasil regride mais com Dunga, que está optando por 3 volantes, mas na verdade a nossa cultura impôs toda essa retranca: talvez ficamos tão tristes por perder aquela copa que pedíamos por times vencedores e esquecemos que futebol bom de se ver é jogado pra frente, em busca do gol, com ousadia e meias criativos que possam também fazer gols.
Torcemos por dias melhores para o futebol mundial, mas sem mexer na regras, os técnicos vão continuar abusando da retranca,e o futebol vai aos poucos ficando mais feio. Mas o problema é: como mexer a regra para o futebol ficar mais dinâmico e com as equipes correndo mais riscos, se todos querem ganhar, não importa como?

terça-feira, 3 de julho de 2007

Ética nos esportes.

É normal querermos vencer, não só nos jogos que disputamos, mas vencer também na vida cotidiana, queremos chegar ao topo da carreira profissional, ser reconhecidos pelo bom trabalho que fizemos e nos destacarmos no meio da multidão por fazermos algo de bom. Mas um verdadeiro vencedor consegue enxergar a derrota como algo não tão distante, e por isso mesmo ele consegue os melhores resultados: enquanto os prepotentes se enxergam como infalíveis e "não conseguem encontrar nada para melhorar, pois é o melhor e ninguém irá vence-lo", o verdadeiro vencedor confia no seu potencial, mas jamais subestima o dos adversários, e será perfecconista ào extremo para chegar próximo a perfeição, e assim fazer sua parte para assegurar o resultado positivo, mas claro, sabendo que num jogo tudo pode acontecer, e assim tomará cuidados no jogo que o prepotente não tomará.
Um exemplo de campeão é o técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, Bernardinho, que mesmo com a melhor seleção de vôlei do mundo de todos os tempos, atual bi-campeã consecutiva da copa do mundo, atual campeã olímpica e atual tetra campeã consecutiva da liga mundial, ele não para de orientar seus jogadores, buscar os erros e, ao contrário de técnicos que acabam desestimulando os seus subordinados, Bernardinho é uma referência que passa segurança, que não reclama apontando defeitos no pessoal de cada atleta, mas simplesmente na tática, pois na técnica da equipe ele confia.
Quando a disputa é consigo mesmo, como passar de ano no colégio ou buscar uma alimentação mais sadia, é preciso se esofrçar, claro, mas tudo depende de você. Mas quando no jogo existem adversários, como num vestibular ou num esporte individual, será um duelo entre sua técnica e a do adversário, e se for esporte coletivo, o controle da própria equipe não depende de você, então, imagine o jogo como um todo, em que o adversário pode estar inspirado.
O importante é mostrar garra e determinação, porque se o adversário não a tiver, você sairá na frente da disputa, e se ele também o tiver, será um duelo muito disputado, e o nível da competição será muito interessante para quem está assistindo(no caso de ser esporte), o que eleva o grau de entusiasmo, e quem não gosta de um jogo disputado?
Mais importante que tudo: em tudo na vida, é preciso jogar limpo. Jogar na regra não basta, pois esta não cobre todos os padrões de boa conduta, e sem ética o mundo vira um inferno, e estamos nesse mundo para viver em harmonia, todos fazendo sua parte e dando o bom exemplo, pois existe espaço para todos aqui, e apesar da vontade de vencer, as disputas tem de ser justas, e a técnica e a garra devem determinar o vencedor de uma disputa, e não fatores externos. A mentira tem pernas curtas, e um exemplo é o futebol: hoje os atletas estão praticamente confinados num 'big brother' em que não se pode molestar o adversário sem a câmera flagrar, e ainda bem que a tecnologia tem esse ponto positivo nos esportes, ja que é a tecnologia que tem proporcionado a criação de drogas de laboratórios que aumentam o rendimento do atleta, o maior desafio dos esportes nesse século.
Independente de que exista tecnologia ou não, a ética é necessária para o bom andamento do planeta, seja nos esportes ou na vida cotidiana. E aí entra o esporte como instrumento de educação, levando para crianças pobres que não desfrutaram da boa educação pública uma metáfora da vida, ja que na vida ganhamos e perdemos, assim como no esporte, e neste também aprendemos a lidar com a frustração, e também, a ter garra para lutar por nossos sonhos, e sermos cidadões éticos, pois o que distingue um ser é o seu caráter em 1º lugar, e no caso dos esportes, sua técnica e garra em 2º, e num duelo entre jovens da periferia e jovens de classe média alta numa partida de futebol, o jogo começa 0 a 0, todos com chances iguais até o apito soar e em campo vencer quem descreveu melhor a sua história.