Não foram só os jogos Pan-americanos que tiveram seu fim ontem. Domingo também ocorreu a final da copa da Ásia de nações, o principal torneio de futebol do continente(realizado de 4 em 4 anos), e o Iraque se sagrou campeão pela 1ª vez na história, derrotando os favoritos sauditas por 3 a 1.
Num continente 'plural' como a Ásia, tende-se a se separar conceitos ao invés de agrupar(a Ásia parece estar longe de criar uma moeda única e um orgão semelhante à União européia). Porém, a Austrália, país que nada tem haver com as culturas dos vizinhos orientais, agora é membro da AFC(confederação de futebol asiática), pois acreditou que o nível técnico do seu país pode melhorar enfrentando adversários tecnicamente mais fortes(é o que o México deveria fazer, pois deveria entrar para a Conmebol), mesmo sabendo que a classificação para a copa do mundo pode se tornar mais difícil. E os asiáticos mostraram seu cartão de visita, expulsando a 'seleção canguru' logo nas 4ªs de final, pelo Japão(mas ja havia perdido antes para o campeão Iraque). Mas claro, se pensou muito no dinheiro com a 'transferência de continente' da Austrália(somente no futebol, no Atlas continuará sendo Oceania), pensou-se que o público australiano vai se sentir mais motivado ao ver seus times enfrentando times japoneses e árabes à times amadores da Nova Zelândia e Ilhas Salomão.
A Ásia é tão grande em todos os sentidos, que a distância do país mais ào ocidente(Líbano) para a ilha mais ào oriente(que divide Indonésia e Pápua Nova Guiné-país oceânico) equivale a uma distância da cidade de Salvador(Brasil) até Beirute(capital do Líbano), ou seja: para os líbaneses, jogar a copa da Ásia(que teve como uma das sedes a Indonésia) seria tão distante quando viajar para o Brasil!(os libaneses não se classificaram, a elimiatória para esse torneio é muito competitiva, com times de nível técnico semelhante-bem abaixo do nível europeu e de Brasil, Argentina e México).
A Ásia faz fronteira com a África(com parte do território egípcio pertencente à Ásia) e Europa(pelo canal de Bósforo, dividindo Istanbul-única cidade pertencente a 2 continentes- na Turquia e a outra divisa é numa ex-zona soviética, no mar Cáspio com entrada para o Irã). A Rússia(que também pertence á Europa) é seu país mais ao norte(e o mais frio, próximo ao Pólo Norte) e a Indonésia é seu país mais ào sul(com clima tropical semelhante ào do Brasil) e o mais ào oriente também, inclusive dividindo ilhas com dois países oceânicos(Pápua Nova Guiné e Timor Leste).
Na crescente fértil(nome dado porque todas essas civilizações continham no mínimo um rio importante, e água é sinônimo de fertilidae), surgiram as primeiras civilizações do mundo, como a Fenícia(Líbano), Babilônia, mais tarde chamada de Mesopotâmia(Iraque e Kwait), Pérsia(Irã), Hebraica(Israel, que não pertence a confederação asiática de futebol por questões político-religiosas) e Palestina(espalhados por Israel e Jodânia, mas sonham em firmam um território definido). Ào leste civilizações antigas vinham se organziando também, como os mongóis, chineses, japoneses, indianos e mais para o lado da Oceania os polinesos(há teorias que apontam que os índios brasileiros tem descendentes da Polinésia). Os árabes, divididos em 6 países(Iêmen, Omã, Emirádos Arabes Unidos, Árabia Saudita, Catar e Bahrein) que antes do surgimento do Islamismo eram povos nômades, que viviam pelos desertos como beduínos, desde cedo tinham a forte identidade com o comércio e tinham a crença na pedra negra(que foi re-aproveitada na fé islâmica), e hoje, com o islamismo, expandiram seu idioma do ocidente africano até a Indonésia, criando uma identidade forte.
Enfim, a Ásia é um continente misterioso, exótico, cheio de histórias e pluralidade cultural. Ainda com um futebol tecnicamente inferior, mas com a organização de seu torneio(copa da Ásia de nações) em alto nível.
Estreias da semana - Nos cinemas
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*Cristina 1300 - Affonso Ávila - Homem ao termo*
Está nos cinemas brasileiros esse bom e bem curtinho documentário, de
apenas 60 minutos, que resga...
Há um dia
Um comentário:
Esta sua receita de agregar o esporte a informações diversas com referências aos aspectos geo-políticos é ótima. Assim você cria ambiente de compreensão mais ampla, ao invés de simplesmente limitar, no caso o futebol, ao seu campo de disputas. Muito bom mesmo.
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