sexta-feira, 8 de agosto de 2014

One month later 7-1

Photo: AP
Until today I have nightmare with a german goals in World Cup. The most difficult was the third goal, that who scored was Kroos. Then, I've stopped follow the match. It doesn't seem like yesterday. It seems that happened a thousand years ago, like old images of first world cup. It was a just one month ago.

In all this time between the brazilian deception and today a lot of things happened. Scolari is coach of other team (Grêmio), Globo (the most influent brazilian TV channel) want change the structure of national football and the "Seleção" (how us brazilian say our national team) have new schedule for 2014 with new coach, Dunga (the same coach of World Cup 2010). And it's the first time that I don't miss the World Cup atmosphere.

I lived great times here in Brazil of course. I worked hard as a reporter of brazilian website, mostly in day of matches in Salvador, my hometown and the city where I live. As a spectator, I was at the match Spain - 1 x 5 - Netherlands. But after july 8, all the World Cup songs became bad moments. It's impossible change the history: here for a long time, when people will search informations about World Cup 2014, the more important episode will be the 7-1.

I'm proud to be brazilian for many reasons. I like our accent, too different than portuguese accent. I like the easily to make friends and meet people here and the brazilian cooking and music. And I'm proud to be brazilian for football also, why not? When I was in Europe and people asked me "where are you from?" I answered "Brazil", and in the same moment football was mentioned. It will be the same after the 7-1?

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1 mês dos 7 a 1

Até hoje tenho pesadelos com os gols da Alemanha. Especificamente, o mais doloroso foi o terceiro, de Kroos, que me fez parar de assistir à peleja. Ou seria um baba? Não parece que foi ontem. Parece ter sido há mil anos, com imagens registradas em tom pastel, com o amarelo desbotado da Seleção ofuscado pela vibrante camisa rubro do adversário. Foi há um mês.

Durante esse tempo muita coisa aconteceu. Scolari já tem um emprego, a Globo se diz interessada em estudar uma mudança na fórmula do Brasileirão e o scratch canarinho já tem agenda para o restante do ano, com Dunga no comando. E pela primeira vez eu não sinto saudade do clima de Copa.

Foram momentos maravilhosos aqui no Brasil, é claro. Trabalhei muito, principalmente nos dias de jogos em Salvador, assisti à reedição da Copa anterior e vi de perto cinco dos seis gols desse jogão entre Espanha e Holanda. E eu achando que o maior mico daquele mundial seria os 5 a 1 sofridos pela defensora do título. Mas aquele 8 de julho transformou as músicas da Copa em trilha sonora de más recordações. Não adianta. Quando daqui a alguns anos as pessoas se perguntarem sobre o fato marcante do mundial sediado no Brasil, a lembrança dos 7 a 1 será o primeiro episódio citado.

Eu tenho muito orgulho de ser brasileiro por muitos motivos. Gosto dos sotaques da gente, o que prova que subvertemos a língua do colonizador com classe. Me admiro pela facilidade que os brasileiros têm em fazer amizade, o que não torna os brasileiros melhores ou piores que os outros povos, mas faz sentir-me em casa aqui. Sou fã da culinária e comida que trazem influências índígena, africana e europeia. E também tenho orgulho de ser brasileiro pelo futebol que se pratica aqui, e nunca tive vergonha disso. Sempre fui reverenciado em estádios de futebol que visitei e nos babas em que joguei na Europa por ser brasileiro. No estádio do Leyton Orient, ao revelar minha nacionalidade, os seguranças sorriram e vibraram. Será que depois dos 7 a 1 as coisas mudarão?