terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Exemplo a ser seguido?

Antes da grande mídia dominar a vida social, ídolos ja eram criados, por parte eram histórias contadas de pais para filhos, outros eram mitologia, folclore (lenda rural), lenda urbana e fantasias superticiosas que faziam comunidades crescerem com crenças que as faziam mais fortes, mas por outro lado, a tiravam da realidade.
Grandes obras literárias influenciaram muito pensamentos ao longo dos anos, e por muitos séculos crianças inglesas e de todo o mundo acreditaram ser 'Robin Hood', justificando atos ilícitos em pró de uma causa nobre (no caso do herói verde, era roubar dos corruptos para dar aos pobres oprimidos).
O hino nacional de Portugal começa com a frase 'Heróis do mar, nobre povo, nação valente e imortal'. Uma nação nunca morre, não pode falir como uma empresa, é um organismo repleto de histórias e de crenças que farão seu povo lutar sempre em pró de algo que ja existia antes do seu nascimento e continuará existindo depois de sua morte. Patriotismo pode separar as pessoas, faze-las se enxergar como inimigos, mas também é um excelente artifício para relevar a auto-estima de um povo, de faze-lo acreditar em si mesmo, superar crises, crescer e enxergar uma vida melhor num futuro não tão distante.
Todos os povos tem muitas histórias para contar, e meu objetivo com esse post não é falar de cada mito nacional, e sim nas referências atuais, que na minha opinião estão 'perdidas'. Eu tenho notado muitas crianças admirando ídolos que 'na minha época' pelas atitudes seriam vilões, e isso me preocupa, afinal, o que dizer de Cristiano Ronaldo, sem dúvida dono de uma técnica excepcional, mas que não controla seus instintos e pouco tempo antes de receber o prêmio de melhor jogador do mundo destrói a sua Ferrari recém comprada por andar em altíssima velocidade? (Sem falar da acusação de estupro, mas é acusação sem provas convincentes).
O que falar da seleção brasileira de 2006, com jogadores que pouco cuidaram da forma física, pouco renunciam de seus prazeres para alcançar seus maiores objetivos (no campo profissional, a copa do mundo), mas que vez ou outra são produtivos (como Robinho, que jogou muito bem hoje contra a Itália, foi acusado de estupro e leva consigo uma coleção de feitos que revelam indisciplina- como chegar atrasado na apresentação do time por causa de festa) e com isso 'calam a boca da imprensa?'
Tenho preocupação com os ídolos que a criançada tem cultuado hoje em dia: não há mais um Pelé, exemplo de disciplina, ou até mesmo Romário, que embora indisciplinado, teve personalidade para assumir seus atos- que nem de longe eram escandalosos como os de hoje- e quando visto em boates próximo aos dias de partida não causavam reações negativas, e sim comentários como ''esse é o baixinho, que nunca deixa de curtir a vida''.
Seja na música, nos esportes ou na política: vamos abrir nossos olhos e não deixar que pequenos resultados positivos apaguem atos grotescos, pois se não há ninguém perfeito, há condutas que se repetidas tantas vezes ofuscam virtudes tão belas, como o talento- que é o primordial para qualquer atleta.

Um comentário:

Teka disse...

concordo plenamente...
na superinteressante deste mês tem uma matéria sobre um programa infantil tipo "maysa" do sbt, em que um grupo de amigos influenciam as crianças que todos eles, do islã, são "mártires" ou seja, dispostos a morrer por aláh =/

e falando do fato de que cada nação tem histórias a contar, pra mim a mais absurda delas é da islandia (ou finlandia, seila) que acreditam em elfos hehehe =D