sexta-feira, 13 de março de 2009

Balanço de começo do 3º semestre

Matérias interessantes não tem faltado: em prática de reportagem ll, complementaremos os conceitos da técnica jornalística com teorias que ampliaram nossos repertórios de formatos de escrita, e assim aperfeiçoaremos os nossos textos narrativos, dissertativos, e todos os detalhes que os cercam. Se 'transgredir a linguagem convencional' é uma meta minha aqui no blog, como futuro jornalista, terei que 'andar na linha' para escrever nos formatos convencionais e assim me inserir competitivamente no mercado de trabalho, porque ao mesmo tempo que quero ajudar a criar um 'novo mundo', também busco ganhar dinheiro (o que não é pecado se feito com ética) para fazer coisas que tanto gosto, como viajar, e se torna muito mais viável ser bem sucedido sócio-economicamente se cumprirmos algumas 'regrinhas chatas' as vezes, embora isso não me impeça de continuar com outros trabalhos alternativos, como escrever no blog sobre temas em que não tenho compromisso com audiência e aos poucos tentar, da forma que posso, ampliar os horizontes das pessoas que lêem meu conteúdo, para estas não se limitarem ao midiático.

No trabalho em grupo de Práticas investigativas faremos uma pesquisa sobre o desenvolvimento de uma banda daqui de Salvador, chamada 'Casca Dura', que com quase duas décadas ainda sobrevive, embora sem tanto reconhecimento, no cenário indie rock. Essa matéria busca enxergar o mundo musical sem tantos preconceitos, tanto que nosso professor nos recomendou dois livros para reflexão: "Que tchan é esse?" (sobre o desenvolvimento do sons mais populares que vemos hoje) e "Eu não sou cachorro não" (que busca desmistificar o conceito de 'brega'). Há grupos que farão pesquisas sobre bandas como Jammil, e mesmo esta sendo de Axé, com pesquisas mais profundas, pode-se buscar fatores que contribuíram para seu sucesso que não são meros clichês, e apenas com estudo se consegue estas respostas. Vale lembrar: é interessante que o pesquisador não esteja no meio do qual pesquisa, porque sendo 'de fora' seu campo de visão pode enxergar coisas que quem está incluído está muito perto para ver, por exemplo, uma pesquisa sobre os Emos feito por 'não-emos' pode dar um resultado muito mais interessante, já que na coleta de informação já haverá entrevistas que revelem conteúdos, e o repórter tem apenas o papel de balanceá-las e relatá-las, sem preconceitos ou julgamentos, sem olhar de cima pra baixo com ar de superioridade, são ensinamentos que muitas vezes aprendemos dentro e fora da sala de aula, fora que essa é uma base boa para se ambientar com a monografia, TCC, teses, que serão feitas no último semestre, mestrado, doutorado...

Em assessoria de comunicação, meu grupo fará uma pesquisa sobre órgãos públicos estaduais, e temos em mente duas ASCOM para investigar: o Ministério Público e a EMBASA. Relatar seus trabalhos e desafios, juntando com o nosso aprendizado na disciplina, nos fará aprender na prática o que tanto ouvimos nas aulas teóricas. O trabalho de um assessor foge do que quero para minha vida, que é ir para as ruas colher informações e levar com rapidez as redações, mas não descarto da minha vida nada que venha da minha formação acadêmica, afinal, um trabalho de experiência pode ser válido, e também, vai que eu aprenda a amar assessoria...

Mas como hoje tenho em mente ser repórter, o projeto que mais me instiga é o de radiojornalismo, em que estou com a editoria de esportes e falarei sobre 2 temas: o trabalho dos boleiros de tênis (que geralmente são recrutados para seus serviços temporários) e o 'Sua nota é um show' (programa do governo estadual em que se troca notas fiscais por ingressos em partidas de futebol). Terei que sair do comodismo, correr atrás da notícia, como um jornalista de verdade. Estou gostando dos novos desafios.

Em estética, penso que 'nos fecharemos um pouco' para o conceito de 'belo convencional', que pode não ser o refletido pela sociedade, mas que de alguma forma, nos ensina técnicas para distinguir e refletir sobre valores regionais e assim quebrar paradigmas e não nos prendermos a um centro, e sim ao todo, portanto que tenha estética. Mas, refletindo um pouco sobre os conceitos, em que até a matemática explica através da simetria as definições de belo, penso que podemos sim discordar de pessoas que tem a mesma busca estética que nós, afinal, para a 'frieza dos cálculos', Angelina Jolie talvez não seja favorecida esteticamente pelo elemento boca ser 'desproporcional' ao resto da face, e no entanto, o que há de mais bonito e sedutor em Angelina Jolie é justamente a boca, que, se fosse pequena, não daria tamanho desataque a uma das mulheres mais bonitas do mundo.

Pensamentos, reflexões e mãos a obra: há tempo de refletir, seguir normas técnicas e por vezes, porque não, também fugir das regras. Isso é jornalismo: um curso que ensina muito mais que transformar fatos em notícias, pois nos ajuda ver o mundo de uma maneira que jamais pensávamos que pudesse ser vista.


Não sei se essa reflexão tem muito haver com o conteúdo acerca de estética, mas vamos lá: o estudo da 'simetria sisuda' não é compatível com o real fascínio que o ser humano tem pelo surpreendente, por formas alternativas que fujam de cálculos frios. Se a boca de Angelina Jolie tivesse tamanho compatível com suas outras partes do rosto, ou o contrário: se as outras partes do rosto fossem compatíveis com o tamanho e traços de sua boca, os resultados seriam esses acima (colaboração do blog Evolution Body)

Mas digamos que a natureza, com suas formas 'errantes', a fez mais bela do que qualquer tipo de planejamento previsível, logo, talvez o conceito de estética não esteja tão ligada às exatas (afinal, eu faço curso de jornalismo), e sim ao bom senso (ou bom gosto), e isso temos com nós, e observaremos ao usarmos nas avaliações que em muitas vezes estarão em páginas de jornais.

Um comentário:

Luana Marinho Nogueira disse...

tenho gostado desse semestre
é bem diversificado.
COmo perdi algumas aulas
de estética, ainda to "por fora".

Sei q como toda área, Jornalismo
não é perfeito, tem a questão
mercadológica, etc e tal

mas é um curso q me realiza
e por vezes me surpreende.
Eu nunca imaginaria por exemplo,
q durante o curso me aproximaria
da música dessa forma.