terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Futebol e suas lições de moral.

Quinta-feira, 12 de Abril de 2007

Ontem á noite ocorreu a melhor partida do ano de 2007(em minha opinião; Eu vi na Premiere). Com menos de 4 minutos do 1º tempo, o Vasco ja ganhava por 2 a 1. No final do jogo, um empate elástico: 4 a 4. Poderia ter ocorrido o milésimo gol de Romário(eu inclusive torço muito pelo baixinho), mas o que se viu foi um atacante sem movimentação, fortemente marcado e pouco produtivo. O milésimo escapou por pouco, tudo bem(após um cruzamento da direita com efeito executado por Jorge Luiz, Romário pulou e por poucos centímetros não alcançou a bola, que na verdade, ja havia passado a linha da bola após o seu salto).

Na disputa de pênaltis, Renato Gaúcho deu um péssimo exemplo como treinador: enquanto Cuca conversava e rezava reunido com seus jogadores, Renato Gaúcho só tinha olhos para Romário, e esperava até o último momento uma decisão sobre as condições físicas de Romário para bater um pênalti(mesmo com a panturrilha machucada), e assim o time do Vasco ficou reunido sem uma liderança(ja que Romário é o capitão e Renato só foi ào encontro dos jogadores pouco tempo antes de começar a disputa de pênaltis), e pra completar, Romário não bateu o pênalti, e eu me pergunto: e se tivesse batido? Um jogador para bater um pênalti numa disputa, acho isso muito pouco se formos considerar que nem sempre o melhor cobrador acerta, e nem sempre o pior cobrador erra.

Pra falar a verdade, eu acho que a disputa de pênaltis nada tem haver com o futebol. É como decidir um empate no boliche à tacadas de golf. Mas mesmo assim, há lógica nas cobranças de pênalti, pois eu não deixo de o considerar um "esporte exótico"(ao contrário do que muitos dizem, não concordo que pênalti seja loteria); Claro que a técnica que um jogador tem para cobrar um pênalti pode "sumir" na hora de uma decisão importante, pois existe o nervosismo e, mesmo que ele converta o pênalti, a não ser que o jogador seja experiente ou cabeça fria, ele não vai bater o pênalti com a mesma perfeição dos treinos, em que muitas vezes o objetivo é colocar a bola no ângulo esquerdo, por exemplo. Mas ter um líder, tranquilidade e estar com os músculos menos cansados que os do adversário contam vantagem na hora dos pênaltis, e isso contou para a vitória por 4 a 1 nos pênaltis pelo Botafogo(antes de começar os pênaltis, ja achava previsível a vitória da equipe da estrela solitária).

Me admirou muito as atitudes de Cuca. Após o jogo, ele defendeu seu colega de profissão, Renato Gaúcho, numa entrevista(o que eu acho ético, mesmo achando que foi uma grande mancada a situação dos pênaltis citada acima). A outra atitude foi colocar em evidência que um time de futebol é muito mais que jogadores e técnico: o dinheiro que cada jogador Botafoguense ganhou por chegar a final da taça Rio foi dado para pagar salários atrasados de funcionários humildes do clube, como as pessoas que cuidam do gramado do centro de treinamento, cozinheiros... Não acho que tenha sido jogada de marketing, pois acredito no bom senso das pessoas, e isso é inspirador, uma idéia brilhante de um técnico que está com "a faca e o queijo na mão" para vencer o campeonato estadual do Rio(que teoricamente não deveria ser chamado de campeonato carioca, pois reúne times de todo o estado do Rio de Janeiro, e não só a capital, por isso deveria ser chamado de campeonato fluminense-que é o nome certo dado a quem nasce no estado do Rio, não necessariamente na capital).

Por falar em pênaltis, ocorreu um fato interessante ontem, na Dinamarca. Após uma cobrança de pênalti(no tempo normal), o batedor, ao invés de bater direto para o gol, deu um toque de bola para frente, e seu companheiro de time correu e chutou a bola(como numa cobrança de 2 toques); E esse tipo de jogada vale, embora não seja comum(eu mesmo nunca vi). É porque todo tiro direto também pode ser tocado(ao contrário do tiro indireto, que obrigatoriamente tem que passar por mais de um jogador).

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