terça-feira, 28 de abril de 2009

Sai do chão, sai do chão...

Não, não é um mero trecho interrompendo uma música de carnaval baiano, tampouco uma ordem sisuda ou mandamento religioso: saia do chão se quiser, ache o que quiser que seja chão, e grude nele se seu corpo for pesado demais.

O que é estar com os pés no chão? Estabilidade para muitos, sobriedade para outros. Flutuar não é usual, voar menos ainda, se arriscar e subjetivar conceitos óbvios fazem os pés alcançarem uma certa distância da superfície.

Viajar, sem destino, sem objetivo, simplesmente sair por aí, na loucura que faz da vida ter múltiplas significações, difíceis de entender para quem quer uniformizar a realidade, para quem crê que fora da realidade que se vive há ilusão, para quem se sente mais a vontade no seu cantinho: há espaço de sossegar no cantinho até para andarilhos de trajetórias errantes.

A vida é uma grande loucura não decodificada, que tentam decodificar e pôr fórmulas, que encaixam cálculos que resultam em números inexistentes até então. Todos os dias existimos, todos os dias existirão algo para quebrar a incrível equação que visa equilibrar uma balança sem pesos: a vida simplesmente se vive, não se mede.

Um comentário:

dora disse...

É isso aí, apesar de termos que levar a maior parte de nossas vidas com os pés no chão é muito importante escolhermos momentos para "sair do chão", ou seja, viver o presente intensamente aproveitando o que a vida pode nos oferecer.bjs