terça-feira, 15 de junho de 2010

Isto aqui, ô ô É um pouquinho de Coréia iá iá


A brava Seleção Norte-coreana encarou o poderoso Brasil de igual para igual e saiu de campo orgulhosa de ter representado tão bem o país

Mais uma vez nas postagens diárias da Copa do Mundo, a imagem mais marcante não teve bola rolando: com o futebol cada vez mais comercial, muitos jogadores tem perdido a noção do quanto o esporte pode representar para os seus torcedores. A Europa não tarda a atrair os melhores atletas dos quatro mares, deixando outras ligas periféricas cada vez mais carentes de recursos. Mas em Copa do Mundo a história muda: não se trata de representar um time que você pode sair logo amanhã caso uma proposta milionária bata na porta de sua casa, e sim de nações, e ninguém pode jogar Copas do Mundo por mais de um país. Jong Tae Se, nascido no Japão e filho de Sul-coreanos, tentou vaga na Seleção da pátria de seus pais e não conseguiu. Assim como tantos outros jogadores que sonham em jogar uma Copa do Mundo, Tae Se se naturalizou por outro país: a Coréia do Norte.

A Fifa pensa em restringir a autorização para estrangeiros jogarem por uma Seleção Nacional: no futuro, poderão jogar por uma Seleção apenas os que nascerem no território do país em questão ou tiver ascendência de até segundo grau. Enquanto a Fifa não toma providências, estrangeiros sem qualquer semelhança com um país podem defender as suas cores nos campos de futebol, e foi assim que Tae Se protagoinzou uma cena, no mínimo, rara nos dias de hoje: ele chorou ao ouvir o hino nacional do país que representa, mesmo não tendo nascido ou tendo vínculo familar com a Coréia do Norte. A derrota por apenas 2 a 1 para o número 1 no ranking da Fifa é uma prova que a Coréia do Norte tem chances de brigar pela vaga, mesmo que com um futebol pouco criativo

No primeiro jogo do dia, a Eslováquia vencia por 1 a 0 até os acréscimos do segundo tempo, quando a fraquíssima Nova Zelândia igualou o marcador. 11h Portugal e Costa do Marfim empataram sem gols, com direito a bola na trave de Cristiano Ronaldo e a surpreendente entrada de Drogba, que fez uma cirurgia no braço semana passada após uma contusão num amistoso contra o Japão. Se cogitou até o corte da Copa, mas a brava estrela dos Elefantes se recuperou rápido e pôde entrar.

A Copa é um momento de sorrir, chorar, se emocionar, gritar e ser feliz. Não importa aonde você nasceu: por um mês, todos estamos juntos na mesma emoção, e enquanto ela durar, tudo será especial e fora do comum. Quando ela terminar, só depois de quatro anos essa energia voltará. Viva Laduma!

Fotos:
Ji Yun-Nam (Reuters)




Jong Tae Se (AP)

Um comentário:

Luana Marinho Nogueira disse...

tomara q a Fifa restrinja logo.
Os brasileiros quando
jogam por outra seleção
são sempre os melhores,
ninguém irá nos segurar!
rs