quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Os Super Atletas Volume II

Abaixo, imagem, seleção de vídeos e texto de Theo Almeida, grande amigo meu que me ajudou a desenvolver notícias de esporte especialmente na época do fotolog:

Os Super Atletas Volume II


Há um ano atrás, nas Olimpíadas de Pequim, três atletas destoaram, sobraram nas provas em que disputaram. Michael Phelps, Usain Bolt e Yelena Isinbayeva são heróis olímpicos, humanos que receberam a graça dos deuses gregos de terem uma mínima parte do poder divino.
Devido a isso, esses super-heróis vivem dilemas em suas vidas. “Grande poderes trazem grandes responsabilidades” já diria o tio de Peter Parker, Ben Parker. Grandes poderes também trazem grandes cobranças.

Após se tornar o maior atleta olímpico (8 ouros em 8 provas disputadas em Pequim), Phelps viu sua imagem de mocinho da história virar fumaça. Fumaça essa que poderia ser advinda de um cigarrinho, de um cachimbo, ou de um baseado de um jovem comum (que não tem super-poderes). A foto de Phelps fumando maconha proporcionou aos jornais (tradicionalmente “pentelhadores” dos super-heróis) orgasmos e mais orgasmos. Isso foi um golpe baixo no rapaz. Seu contrato com Kellogg’s não foi renovado.
Quem esperava ver uma evolução de Phelps dentro das piscinas ficou decepcionado. O começo do mundial de esportes aquático foi frustrante. Phelps reconheceu que nadou muito mal no revezamento 4x100. Nos 200 metros livre, foi batido pelo alemão Biederman. Nos 200 metros borboleta venceu fácil, com recorde mundial. Mas ainda parecia pouco. A prova dos 100 metros borboleta viria para redimir o herói. Foi criada uma grande expectativa para a realização dessa modalidade, muito em conta da rivalidade Phelps x Cavic. Cavic, pra quem não lembra, é o sérvio chorão e amarelão (o Botafogo das piscinas), aquele que perdeu para Phelps pela diferença de um centésimo de segundo. O sérvio nada com um maiô tido como superior ao de Phelps, ele ainda provocou dizendo que poderia comprar um igual ao dele para o americano. Quem fala o que quer, não nada o que não pode. Foi uma batalha épica, e o vilão como sempre foi derrotado.

Yelena Isinbayeva teve um desempenho no mundial de atletismo em Berlim totalmente diferente do alcançado em Pequim. Após deixar as rivais para trás e praticamente garantir a medalha nos primeiros saltos, a musa dos olhos azuis quis premiar a platéia presente no Ninho de Pássaros com mais um recorde mundial acima dos 5 metros. Na Alemanha, tinha um sarrafo de 4,80m no meio do caminho, no meio do caminho tinha um sarrafo de 4,80m. A russa errou todas as tentativas e ficou sem medalha. Após ganhar o ouro olímpico, Isinbayeva foi entrevistada por um repórter da Globo que a perguntou qual era o limite dela, e ela respondeu “o céu, talvez”. Após seu fracasso, novamente um repórter da Globo, que dessa vez consolou-a: “você é humana”.

Usain Bolt, de todos foi o que conseguiu deixar o mundo mais perplexo. Conseguiu baixar seu próprio recorde mundial em 11 centésimos de segundo (9s69 para 9s58). A façanha do jamaicano nos faz revisar todos os cálculos já feitos antes sobre o limite do ser humano nessa prova. Até onde o homem é capaz? E até onde Bolt é capaz? Vejam bem, são duas perguntas distintas.(por Theo Almeida)

Um comentário:

Theo disse...

o terceiro vídeo deveria ser alusivo a Usain Bolt... errei, mal aí
http://www.youtube.com/watch?v=bgb0nsdp608
estou tentando colocar outro vídeo dele neste comentário, que é da prova dos 200m