terça-feira, 19 de maio de 2009

O que se passa na cabeça de um mendigo?

É óbvio que pessoas são fruto também das oportunidades que lhes são dadas, mas suas escolhas também se fazem presentes para projetar um futuro melhor, logo, o que faz uma pessoa rejeitar os abrigos dados pelo governo para morar na rua?

Ja ouvi histórias e teses de que 'existe muito vagabundo por aí', gente que no máximo reclama, mas se lhe dessem um emprego, estes não aceitariam. Difícil saber acerca das capacidades de muitos moradores de rua, mas quando vejo um garotinho na sinaleira fazendo malabarismo para depois pedir uns trocados, vejo um potencial artista de circo que não teve oportunidade e que nem sabe o quanto é bom naquilo que faz e nem encararia um desafio maior que não acima do asfalto, tamanha falta de auto-estima.

O mendigo vive de pedir, independente da sua história que tenha lhe favorecido ou não: não fosse essa 'atividade', talvez nada mais soubessem fazer, tampouco força de vontade tem de aprender, tamanha desilusão que os leva a crer que nada vindo deles pode ser tão bom. A cabeça do mendigo tem que ser trabalhada, mas como trabalhar a cabeça de alguém tão fechado para novas perspectivas, embora esteja tão exposto ao mundo?

Abaixo, reportagem da Uol mostrando uma medida da prefeitura do Rio: os bancos 'anti-mendigos', que tem divisórias impossibilitando-os de deitar e dormir nas praças. As mais diversas opiniões foram ouvidas, de algo tão superficial que em nada acrescenta para se obter uma melhora nesse quadro, mas que faz todos ocuparem suas mentes com o que de menos importante tem nessa história: o atual - e não sua perspectiva otimista - espaço do mendigo, uma figura abandonada, excluída e sem perspectivas.

2 comentários:

dora disse...

É muito triste, mesmo, ver crianças, velhos ou mesmo jovens sem abrigo, sem comida sem perspectivas e até mesmo sem oportunidades.Penso que muitos realmente não têm nem discernimento para fazer escolhas.
Acho que o governo deveria pensar com mais seriedade é na educação básica e não como proibir os mendigos de utilizarem os bancos das praças para dormir.
bjs

Val Benvindo disse...

educação é a base de tudo.
trabalhemos a questão da educação que as outras coisas ficam faceis.