segunda-feira, 4 de maio de 2009

Caminhadas sem rumos e 'perigosas'

Em geral, o ser humano gosta sempre de se sentir 'completo', e foge da sensação de que 'está faltando algo'. Somos acostumados sempre a procurar e achar o que quer que seja em lugares pré-estabelecidos, enxergamos a vida como um conjunto de metas, e não como uma viajem na qual vamos descobrindo o sentido ao decorrer da caminhada. Não gostamos de 'andar sem rumo': necessitamos de saber para quê andamos e para aonde vamos.

Tais convenções inibem experiências fantásticas, que nos levam a lugares antes nunca vistos. Se sentir confortável e estável é bom, mas se apenas disso se resumisse a vida, haveria um padrão que foge de tudo que somos forçados com os próprios acontecimentos a perceber: que a imprevisibilidade reina, que crenças diferentes entram em choque, e que resultados são predominante usados como provas de certeza, eliminando a possibilidade de outras versões num mundo onde não há apenas um caminho, mas muitos insistem em ir aos mesmos lugares.

Se sentir inseguro é viver, evitando o 'medo de ter medo', pois do medo se fazem construções de histórias (se o medo não inibir a ação), impossíveis de serem contadas por quem deseja apenas cumprir seus planos pré-estabelecidos e sente que a 'coragem' é questão de escolha.

*Esse é um esboço do que flui entre as aulas de estética e meus pensamentos, tentarei escrever mais sobre pós-estruturalismo.

3 comentários:

Teka disse...

Cara, que legal ler isso agora porque o meu post atual fala um pouco disso... da sensação vazia que eu tenho quando estou fora dessa cadeia de metas pre-estabelecidas. tá vendo? eo nao planejei postar hj, foi algo imprevisto, e eu chego aqui e leio justamente sobre isso hueheuheuheueheuhehu

imprevisibilidade reina, nao? rs

dora disse...

"Não gostamos de 'andar sem rumo': necessitamos de saber para que andamos e para aonde vamos",este trecho mostra que muitas vezes é porque queremos ter o controle de tudo e às vezes até de "todos". Temos que estar atentos, porém, para que possamos ser cada vez mais flexíveis e possamos ter experiências novas e enriquecedoras.
bjs

Andréia M. G. disse...

Oi, Lucas!

Estbilidade e conforto é muito bom, mas tenho aprendido a cada dia que isso, definitivamente, não é tudo na vida!

O pós estruturalismo remete a rupturas, desconstrução, pluradidade de sentidos e possibilidades. Gostei de suas ideias pós-estruturalistas.

Passarei por seu blog outras vezes. :-)