A Copa do Brasil é folclórica, democrática e surpreendente. Não faltam ingredientes para atrair tantos times pequenos na disputa do “caminho mais curto para se chegar à Libertadores”. Mas o que pensam os grandes clubes sobre esta competição? O São Paulo vai à Feira de Santana com a obrigação de vencer o modesto Bahia de Feira por pelo menos dois gols de diferença. O certame vem ofuscando até a participação da dupla Ba-Vi no torneio, mas de nada adiantará ao time do interior baiano arrancar bom resultado contra os paulistas se no domingo a classificação para as semifinais do Baianão não vier.
Com o calendário sufocado pelos estaduais, agremiações de todo o país que jogam a partida de ida fora de casa se doam ao máximo para vencer a partida por mais de um gol de diferença e com isso, eliminar a partida de volta. A Copa do Brasil é democrática até nas metas individuais de cada atleta: há os que lutam para segurar uma derrota por apenas 1 a 0 para viajar com os companheiros para uma cidade em que dificilmente poderiam conhecer se não fosse por intermédio do futebol. Há, porém, quem entre em campo focado em se exibir para a as câmeras de TV e conseguir ser negociado para outro clube.
A “Copa de todos” só terá um dono, mas distribui presentes que vão do prestígio de enfrentar Loco Abreu ao sonho de pisar no Engenhão. Depois do “jogo inesquecível”, a vida volta ao “normal”: partidas em gramados esburacados e sem transmissão televisiva e poucos coros de torcida. Que bom seria para os times pequenos se os duelos contra gigantes durassem o ano todo. Como seria melhor para os grandes clubes se houvessem mais vagas para a Libertadores.
Foto: Bahia de Feira venceu o Bahia no Joia da Princesa | Crédito: Luiz Tito
Nota do blogueiro
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