Se todos nós temos algo de especial, nem todas as coisas do mundo podem ser executadas por qualquer um, se não, iria entrar em contradição com a palavra 'especialidade', que se refere à diferenciação na excelência, por exemplo: eu sei jogar futebol muito bem(é só um exemplo, eu sou um jogador mediano), você sabe tocar guitarra como ninguém e aquela pessoa que está do outro lado é um gênio da matemática, então essas habilidades se fazem presentes em nossas vidas e devemos ser felizes por a ter-las, e buscar nos conhecermos para quem sabe descobrirmos talento em algo que não fazemos idéia, como por exemplo, sempre tive vontade de treinar flechadas com arcos, parecidos com aqueles de Hobbin Hood, mas não encontrei lugar para praticar, e eu me pergunto: será que se eu tivesse oportunidade seria um 'Pelé das flechadas?'.
O dom se faz presente, e neste contexto, está a genética e os primeiros anos de vida, que farão seu desenvolvimento progredir ou não. Talentos não devem ser desperdiçados, embora seja impossível fazer tantas coisas, e tendo talento para várias, se seleciona o que mais se interessa. Interessante é buscar algo em que se seja bom, por exemplo, na profissão.
Como estudante de jornalismo, tenho vontade de conhecer várias áreas, mas sei que não tenho vocação para muitas delas. A fotografia por exemplo me fascina, quero estudar com afinco, seriedade, mas sem levar adiante a idéia de me tornar um fotógrafo profissional, primeiro porque não é algo que me impulsionará a 'mover montanhas': penso na fotografia como algo interessantíssimo, mas sei que para chegar num patamar alto de excelência é preciso renunciar a algumas coisas, entre elas, a fazer outras atividades, e a atividade que mais quero é a de ser repórter, coletando dados nas ruas, trazendo para a redação, escrevendo matérias e dessa forma, que eu ainda vou descobrir se sou habilidoso ou não(saberei com a prática) ser feliz trabalhando com o que gosto e ajudar o mundo de alguma forma.
Um conceito interessantíssimo de fotografia é o controle de iluminação, que para mim é uma metáfora da vida de um jovem que quer fazer muito, mas que ao mesmo tempo se sente inseguro quanto a realização destes projetos: a luz para uma pessoa seria seu potencial, e o diafragma(o último anel da objetiva- um cilindro que controla foco, zoom e área por onde a luz passa, cada um com um anel que ao ser girado regulariza um desses comandos- que é responsável pelo aumento ou redução da área por onde a luz passa, deixando a imagem mais escura ou clara) a inteligência. Num diafragma muito aberto(ou seja, uma cabeça 'que quer tudo') entrará muita luz(uma quantidade de potencial enorme, de uma cabeça inteligentíssima), mas o excesso de luz queimará a foto(ou seja: por mais inteligente que você se ache, tente focar no que você faz de melhor, ao invés de querer ser perfeito em tudo); Por outro lado, um diafragma pequeno(uma cabeça sem pretensões, de alguém que não se acha talentoso) fará a foto ficar escura, e não queremos um futuro onde teremos dificuldade para enxergar: queremos ir para frente, e o equilíbrio resulta na forma mais inteligente de se agir. Vale lembrar que o bom fotógrafo terá sensibilidade para perceber o ambiente e configurar a câmera da melhor forma possível para a imagem ficar mais real possível(no caso de ser uma foto artística, a criatividade é válida, mas se tratando de foto-jornalismo, as inovações devem ser limitadas, já que o importante é passar idéias com clareza, e a arte dá múltiplas interpretações), então, a cada fase de nossas vidas, devemos saber mexer no diafragma e controlar a nossa luz: hoje, tenho deixado muita luz entrar, acredito que sendo jovem, manter a área do diafragma maior te fará enxergar o mundo de forma mais ampla e assim escolher com segurança o que se quer no futuro, mas com a maturidade, provavelmente ja se definiu o seu ofício, sendo assim, é interessante reduzir o diafragma para aproveitar sua grande quantidade de luz sem precisar expor toda na sua fotografia.
Jornalismo e arte se encontram por muitas vezes, oras se integram, oras entram em contradição. O certo é que existe muito de arte em jornalismo, e decifrar metáforas no mundo real é um dos exemplos.
Especial de cinema
-
*Distribuidora Obras-primas do Cinema lança filmes de palhaços assassinos*
Reconhecida no mercado de DVDs e Blurays brasileiro, a distribuidora
Obras-p...
Há 3 dias
Um comentário:
Belíssimo texto (tirando as vírgulas um tanto quanto inapropriadas algumas vezes, mas convenhamos que diante de uma idéia de escritura como essa, ainda que sejam importantes, as tais ficam inaudíveis para alguns olhos. Acho que foi o melhor texto que você escreveu entre todos, por um lado uma opinião MINHA, talvez por eu adorar metáforas (e a presente no texto é brilhante) e fotografia, por outro mostra que a cada dia você consegue crescer ainda mais em algo que sobressai: a escrita. Acredito que por mais que sejemos bom o o suficiente naquilo q fazemos, a ponto de receber grandes elogios, ninguém está salvo de não poder se aprofundar mais, aprender é sempre bom e naquilo que se anseia então...tolo é aquele que pára no tempo e acredita que o que fez ontem já é o bastante para mover pedras no caminho o futuro.
Postar um comentário