Pergunta: Etnocentrismo e relativismo cultural são referências conflitantes para a compreensão da diversidade cultural. Comparando esses dois modos de intepretação, em que medida o relativismo cultural representa um avanço em relação ao primeiro?
Minha resposta: Usando o pluralismo e relativismo na resposta à pergunta “em que medida o relativismo cultural representa um avanço em relação ao primeiro(etnocentrismo)”: para pluralistas, vertente esta entre o relativismo e o universalismo, a compreensão enxergada pelo relativismo se torna mais adequada para sociedades que buscam tolerância e respeito às diferenças. Porém, o próprio relativismo afirma não haver evoluções na forma de pensar, e sim que cada pensamento se torna adequado para determinado tipo de sociedade, sendo assim, o relativismo cultural não é um avanço em relação ao etnocentrismo, pois embora com as nossas visões ‘ocidentais abertas’ o seja, numa cultura que buscamos através de estudos antropológicos a tolerância, nem todas as sociedades precisam de ‘respeito às diferenças’, e os mecanismos que a fizeram chegar até hoje de pé são válidos, segundo o próprio Laraia, que afirmou que “todo sistema cultural tem a sua própria lógica e não passa de um ato primário de ‘etnocentrismo’ tentar transferir a lógica de um sistema para outro”, ou seja: segundo os próprios relativistas, suas teorias não são mais evoluídas que as etnocêntricas, mas se tornam mais adequadas numa sociedade como a nossa, especialmente num fórum de discussão universitário onde jovens estudantes de comunicação buscam fazer do ‘seu’ mundo um lugar onde reine a tolerância e respeito às diferenças. Nem todas as sociedades precisam de tolerância e respeito às diferenças, e se de fato és relativista, não deve as enxergar com a sua ótica ‘ocidental aberta’, e sim tentar entender o mecanismo dessas sociedades e a importância do etnocentrismo na sua construção, a exemplo da Inglaterra e França, que não fossem o seu imperialismo com diversos extermínios, não teriam financiado grandes gênios das artes e ciências a produzirem conteúdos tão valorizados por nós, sendo que, sem atos considerados por nós ‘grotescos e cruéis’, não teríamos desfrutado desse conhecimento, e apenas um estudo mais aprofundado pode explicar o motivo pelo qual tais sociedades chegaram nesse patamar de etnocentrismo, mas para análise menos profunda não se pode precipitar: é preciso enxergar-las de acordo com a sua visão etnocêntrica.
Análise da minha resposta: eu me considero pluralista, por não conseguir relativizar com todos os conceitos e ter enorme vontade de interferir em algumas culturas(minha dificuldade em relativizar, por exemplo, o costume de algumas tribos africanas que retiram o clitóris das garotas como passagem para a vida adulta, por mais nobres que sejam os mecanismos que tenham levado estas sociedades a estarem até hoje de pé, me causam angústia e me faz pensar sobre soluções alternativas que interfiram em algumas sociedades sem mexer tanto no seu andamento- acredito que nem tudo é universal, mas o direito ao bem estar deve ser uma bandeira de luta para todos). Porém, minha resposta está polêmica porque justamente a pergunta me provocou, e coloca em contradição o fato de se definir uma forma de pensar mais evoluída que outra, sendo que a que 'teoricamente' te induzem a afirmar como mais evoluída não aceita esse rótulo(já que os relativistas enxergam apropriações diferentes para cada sociedade). Dei uma resposta 'incorporando' um relativista, mas nem de longe tolero atos de descriminação, que ào meu ver ferem o ser humano, por isso, devem ser coibidas. O imperialismo francês e inglês, dados como exemplo, foram extremamente prejudiciais para sociedades que até hoje sofrem com essa exploração, e o nazismo alemão do meio do século re-ergueu um país desacreditado porque houve brecha para a criação desse sentimento nacionalista, e quem o alimentou foi justamente o imperialismo, especialmente o francês e inglês. Portanto, acredito sim na evolução dos pensamentos, e nas adequações que a minha sociedade me induz a pensar, e me considero um felizardo por viver numa sociedade que busca, mesmo que sem tanta eficiência devido a politicagens, solucionar problemas sociais(talvez eu até seja etnocêntrico ao querer um mundo todo mais justo por completo, mas é a forma mais adequada que eu posso ser etnocêntrico para conseguir lutar por algo em que eu acredito).
*Não tive coragem de colocar essa resposta no ambiente virtual do moodle, por achar extremamente ousada, e embora tenha gostado, nunca vi a cara da minha professora(por ser uma matéria de ensino a distância) e fica impossível prever a reação, além de não saber se ela é uma sujeita inteligente que vai entender tudo que escrevo(não é arrogância minha, apenas um desabafo para a palhaçada que a minha faculdade faz com nós alunos, numa matérias tão séria como ESTUDOS CULTURAIS; Uma faculdade que se submete a colocar uma matéria dessa importância a distância não tem a mínima credibilidade para contratar profissionais, ainda mais profissionais que nunca vimos pessoalmente, como vamos confiar nestes, se nem confiamos na faculdade?).
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