terça-feira, 22 de abril de 2008

Viva a pluralidade!

Que bom que nesse mundo há uma grande pluralidade cultural. É interessante que antes de julgarmos as idéias diferentes das nossas, façamos um esforço para tentar enxergar tal idéia se colocando no lugar do idealizador, e não do nosso, como se essa idéia fosse distante e fria.
O termo etnocentrismo, muito estudado em antropologia, se refere ao juízo de valor tomado por apenas uma referência (esta referência seria o 'centro', e o que divergisse, periferia). É preciso não se precipitar, analisar o que levou tal indivíduo a pensar de determinada forma, para assim compreender que se pode conviver em harmonia mesmo pensando diferente, ou, se caso essa idéia divergente seja vista como 'ameaça'(a exemplo do nazismo), compreender seu surgimento e assim, com a sua visão, mostrar para o nazista em questão que este está agindo por impulsão de sua comunidade (ao invés de julgá-lo e puni-lo, é interessante mostrar algo que deveria ser universal na educação de todas as culturas, a tolerância- ou eu estou sendo etnocêntrico por achar que deveria ser universal? -), e se este analisar de outro ponto de vista enxergará que o que levou a criação do partido nazista na Alemanha foi um forte sentimento de revanchismo a fim de lutar contra os que a humilharam com o tratado de Versalhes (que ao invés de procurar a paz, humilhou os alemães com perdas de território e submissão as outras potências, tão imperialistas quanto ela- daí a responsabilidade da sociedade, que não deve julgar o fato sem ter paciência, já que o que levou a criação do nazismo foi um sistema até hoje alimentado e visto como normal: a exploração do ser humano, que acontece até hoje-, mas que por terem vencido, imporão suas condições de superiores, e assim, era natural que nenhum povo irá se submeter a uma opressão tão explícita, e se lutou pelos ideais de justiça, porém, alguns visionários como Hitler viram essa oportunidade para enriquecer o estado alemão mais do que antes do tratado explorando sem piedade seres humanos, matando judeus que detinham os meios de produção para acumular seu capital e assim financiar pesquisas científicas a fim de montar um exército 'imortal' e assim se pudesse dominar o mundo, impondo sua 'superioridade racial' para que no mundo uma minoria ariana mandasse nos demais- uma pena que um povo que tenha sentido na pele a opressão não tenha tido a sorte de ter líderes humanitários, e assim, hoje a Alemanha é marcada pela história pelo nazismo- e não por ter sido vítima de opressão- e até hoje existem focos de jovens neonazistas, que, se forem analisados, podemos perceber que na vida destes faltou instrução, já que defender uma tese onde o pensamento individual é dispensado em pró das ações coletivas e militaristas mostra o quão pouco estes jovens neonazistas conhecem sobre o mundo, e sua intolerância tem de ser coibida afim de não desestabilizar a segurança da sociedade).
A Alemanha foi imperialista sim, e quem tem uma visão humanista não irá defender o imperialismo, mas eu acho que, se tratando de ser humano e suas impurezas, todos tentam oprimir para se sobrepor (o pensamento coletivo de todas as nações que estudei guardam egocentrismo, e se a nação é pequena e oprimida, digamos que ela não teve força suficiente para oprimir, se tivesse oportunidade, oprimiria- sou contra a opressão, mas tenho certo pessimismo em relação ao ser humano ainda, contrastando com meu otimismo de querer ver um mundo melhor sem saber dos métodos com a esperança que um dia eu ajudarei a criá-los).
Todos estamos envolvidos com a cultura local, e por mais que pensemos ser 'independentes ideologicamente', saiba que dificilmente algo que você pensou não tenha sido pensando por outras pessoas no mundo em diferentes épocas, mas, como eu disse no parágrafo anterior, ainda tenho esperança de inventar métodos para melhorar o mundo (a não ser que você esteja prestes a fazer uma inovação genial, como eu gostaria, você deve ter pensado em ‘coisas repetidas’, de qualquer jeito, arrisque, e como a ciência é luz para iluminar a vida de todos, exponha sua ‘quem sabe’ idéia genial, pois eu não disse que é impossível alguma pessoa ter pensado antes, eu sugeri que ‘dificilmente’ você tem exclusividade ideológica).
Respeitar a nossa cultura regional, por mais que não simpatizemos com ela, é respeitar parte de nós mesmos, de alguma forma, envolve amor próprio (a não ser que você tenha perdido a memória, esquecido tudo que aprendera antes, volte a se comportar como um bebê e aprenda tudo de novo, e de qualquer jeito, para se comportar como humano terá que aprender algo para viver em sociedade, e isso se chama cultura).
É impossível negar diferenças culturais, e estas na maioria das vezes se tornam mais evidentes com as distâncias geográficas. A globalização tem um principio muito ligado a economia, mas se analisarmos a troca de informações entre povos e a tolerância entre estes mesmos, podemos ter um mundo mais unido, com mais paz, porém, sempre será diferente, e as diferenças enriquecem o mundo.

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