sábado, 1 de novembro de 2008

Mais uma goleada sofrida

Dessa vez o carrasco foi o Bragantino, que venceu por 4 a 0

Até antes da invasão da Terror Tricolor ao Fazendão (o CT do clube, em Itinga) quando o 1º turno havia acabado, o E.C. Bahia não havia perdido um jogo por mais de 3 gols de diferença, e apenas 3 vezes foi derrotado levando mais de 1 gol na partida (2 a 0 contra o Santo André, 4 a 1 contra o Juventude e 3 a 1 contra o Marília). Esta foi a regular campanha de um time que chegou a ficar em 5º lugar e ainda sonhava com o g-4.
O 1º jogo do 2º turno mostrou em números o choque dos jogadores quanto ao lamentável fato ocorrido no Fazendão: perdeu de virada de 5 a 1 para o Fortaleza, no apelidado 'mês do desgosto'. Após esta partida, Arturzinho saiu da equipe, sendo o 2º técnico a cair no tricolor (o 1º fora Paulo Comelli, demitido após a derrota para o Grêmio de Barueri- a única derrota do tricolor em casa no 1º turno).
Se os motivos da saída de ambos os técnicos são controvérsias (alega-se que Comelli criticava os jogadores fugindo da sua responsabilidade de comandante e Arturzinho entrou em atrito com a diretoria), pode-se dizer que a saída de Roberto Cavalo foi puramente técnica: em 9 partidas, apenas 10 pontos (contra os 4 pontos em 4 jogos de Comelli- embora com média pequena, era início de campeonato-, 25 pontos em 16 jogos de Artuzinho- o que dá uma média de aproximadamente 1,5 ponto por partida, sendo que Arturizinho só perdeu 3 jogos, arrancava muitos empates fora), e um time que dava sinais de declínio: 4 derrotas por mais de 2 gols de diferença, além de não ter conseguido ponto algum fora de casa e ter perdido em casa por 4 a 1.
Assim como nas estréias anteriores (Arturzinho venceu o Criciúma fora por 2 a 1 e Cavalo venceu o América dentro por 3 a 0), Ferdinando venceu, o Vila Nova por 2 a 1 e de virada no Jóia da princesa. Porém, nos 3 jogos seguintes (contando com o de hoje contra o Bragantino) fomos derrotados (3 a 0 para o Corinthians em casa, 3 a 1 contra o São Caetano fora e 4 a 0 contra o Bragantino fora). Uma mudança de treinador não deve alterar o desempenho da equipe que se encontra desanimada por outros fatores.

Éramos felizes e não sabíamos

Criticávamos Arturzinho, chamávamos de retranqueiro, sortudo e presepeiro. Mas que outra solução um time poderia buscar, se era limitado no setor de criação (daí, fazia-se um gol e tentava levar o resto da partida defendendo), com uma série B tão nivelada (a falta de ousadia era o mais ousado ato para se conseguir um resultado a ponto de colocar a equipe no topo da tabela) e jogadores que, embora demonstrassem raça, estavam desorientados em campo (por isso é tão importante um técnico que esteja em pé gritando na beira do campo)?
Esse time poderia ter subido sim, estava fazendo um percurso sofrível, mas diante das limitações, era satisfatório. Como o torcedor de um time de tradição é muito exigente, o fato de estar nivelado a outras equipes é motivo para crise, porém, a crise real se encontra hoje, e não pela ameaça do rebaixamento (que existe, mas há equipes em situações muito piores), mas sim pela humilhação de levar goleadas históricas para times que há menos de 10 anos respeitavam o Bahia a ponto de enxergá-lo como referência de grandeza no Brasil.
Para ano que vem, mais do que alterações na equipe atual: precisa-se buscar um pouco do Bahia do 1º turno de 2008, para, subindo os degraus chegarmos num patamar há muito tempo visto na história do poderoso tricolor.

Nenhum comentário: