sexta-feira, 20 de junho de 2014

Com uma semana, a Copa de 2014 já é minha favorita de todos os tempos


Eu na Fan Fest - Roberto Viana / Bocão News
Quem faz um evento esportivo ser bom não são as construtoras, tampouco as promessas de legado do governo ou animação da torcida. Essa fórmula não deu certo há 8 anos na Alemanha. Estádios impecáveis, mobilidade urbana já existente antes de a bola rolar e um monte de gente apaixonada por futebol que lotou os estádios não conseguiram fazer a última Copa realizada na Europa ser boa. Tampouco esses quesitos devem ser desprezados. Como seria bom se o mundial realizado esse ano no Brasil trouxesse melhoras sociais para a população, pois isso é mais importante nas nossas vidas que o futebol. Essa Copa, nem qualquer outro evento, vale o que foi gasto, nem concedido com empréstimos para lá de "camaradas". Incrível que arrodeado por tanto caos, dentro de campo, os melhores jogadores do planeta conseguem desempenhar tão bem seu papel, mesmo em fim de temporada, no calor em que a maioria deles não estão acostumados.
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Essa Copa do Mundo, que completou uma semana ontem, se tivesse terminado já seria a melhor que eu vi. E vou mais longe. Pelo conhecimento que tenho de futebol, fruto de pesquisas, leituras e vídeos, arriscaria dizer que, ao menos para mim, é minha favorita de todos os tempos. Talvez por estar vivendo de perto essa atmosfera, alternando jornadas de trabalho com a de telespectador e participante da festa in loco. Uma coisa é viajar para fora, de férias, e curtir como um turista, ou viajar para o exterior com a missão de levar informações para o seu país. Outra bem diferente é não ter sua rotina tão modificada, continuar trabalhando no mesmo local que antes, sem deixar de cobrir política e cidades e de lambuja ir ao Pelourinho entrevistar torcedores em uma animada festa holandesa, ou se acotovelar em uma zona mista para entrevistar jogadores que irão enfrentar a seleção do seu país na semana seguinte, como foi no amistoso entre Croácia e Austrália, em Pituaçu.

Para sempre vou lembrar da partida in loco que vi, Espanha - 1 x 5 - Holanda. Van Persie e Robben entraram para a história da Fonte Nova com seus gols. Que gols. Que festa linda nas arquibancadas, promovida principalmente pelos holandeses, todos de laranja. A festa começa na andada para o Dique e só termina quando você chega em casa e assiste aqueles gols na televisão, para confirmar que o que viveu não foi sonho: você esteve ali, por mais fantástico que possa parecer.

E o que falar das anedotas? Schweinsteiger e Neuer cantando e pulando com o hino do Bahia em Porto Seguro, ingleses dançando Lepo Lepo... Ao final do mundial um livro precisa ser lançado só com episódios como esses, que deram uma atmosfera a essa Copa diferente da que se estava acostumada a ter. Sem falar dos japoneses, que limpam os estádios antes de sair.

Até o momento, só quatro partidas não tiveram pelo menos dois gols. E gols lindos, como o do australiano Tim Cahill contra a Holanda, Oscar contra a Croácia, dos holandeses Robben e Van Persie contra a Espanha, do uruguaio Suárez contra a Inglaterra... A Seleção Brasileira não têm rendido tanto, mas a Copa em si, dentro de campo, é um sucesso. Mas vale ressaltar: principalmente pelos jogadores.

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