quarta-feira, 11 de julho de 2012

Ensaio sobre a amnésia


Imagens: Reprodução / Facebook (Clique nas imagens para ampliá-las)
Uns sonham com Neymar. Outros estão satisfeitos com Marcelo Moreno. Os torcedores do Bahia se iludem com a perspectiva de contar com Jóbson, após seu desligamento com o Barueri. Passo a imaginar o cenário de “Ensaio Sobre a Cegueira”, clássico de José Saramago, ambientado em Pituaçu, onde as lacunas vazias do tricolor não estão no campo visual, e sim na memória. De amnésia ou falta de informação sofrem aqueles que pedem por Jóbson e Jael. O primeiro deles colecionou desentendimentos e “problemas de adaptação” por todos os clubes por onde passou. Se desligou do Grêmio Barueri, lanterna da Série B, nesta segunda-feira (9), após disputar quatro jogos e não marcar nenhum gol. Motivo? Barueri não tem torcida. Nascido em 15 de fevereiro, mesma data em que o Rei Luís XV veio ao mundo, o atacante desempregado tem um “rei da França na barriga”. Habilidoso, acredita que ainda pode escolher onde jogar, e uma eventual chegada ao Bahia em nada o melhoraria, já que o mesmo foi desligado do clube a pedido dos próprios companheiros de time, em agosto do ano passado.



Já Jael, que saiu após desferir um soco no diretor tricolor André Araújo, é tido como um “apaixonado pelo Bahia”, mas pouco antes da sua demissão por justa causa, o atacante corria atrás de um contrato mais polpudo e por pouco não assinou com o Vasco. A boa passagem pela Portuguesa não teve continuidade no Flamengo e Sport, seu clube atual, o que prova que suas boas apresentações pelo Esquadrão nas Séries B de 2009 e 2010 não podem ser parâmetro de comparação com a elite do futebol nacional. Não me surpreende que os torcedores que tanto querem esses dois jogadores lamentaram pela não concretização da negociação com Zé Love. O Bahia é muito maior do que as ambições de parte de sua torcida.

Confira abaixo o vídeo que fiz para Jóbson, no dia em que ele marcou o gol do Bahia sobre o Fluminense em pleno Engenhão, o primeiro triunfo do tricolor baiano em Série A em quase 8 anos. Eu acreditava no cara e temia pela sua punição no tribunal internacional, por conta do seu envolvimento com drogas.

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