quinta-feira, 9 de outubro de 2014

A verdadeira revolução vem do amor

Fotos: Divulgação
Quem vencer a eleição presidencial não terá vida fácil a partir de primeiro de janeiro de 2015. Precisará de muita paciência para lidar com a Câmara. Entre as instâncias políticas, enxergo o parlamento como a mais apta a conquistar melhorias ao país, mas a vitória de tantos candidatos que exalam ódio através do discurso pouco ajudará Dilma Rousseff ou Aécio Neves. Temas importantes deixarão de ser discutidos com a configuração atual. No meu ponto de vista, todavia, a verdadeira revolução não vem do legislativo. Tampouco do executivo, judiciário, do Ministério Público, da Polícia Federal ou da democratização dos meios de comunicação.

A verdadeira revolução brota do lado esquerdo do peito de todos os brasileiros, e não há equívocos eleitorais que não possam ser corrigidos com amor. Como já escrevi em outras postagens, prefiro um político “suspeito” sob pressão do que um acomodado ao cargo que tenha boa índole. O que dizer então de um congresso pressionado por uma população com sentimentos nobres?

Foto: Mark Blinch/Reuters


O amor não é tudo, mas não há nada sem o amor. A humildade de reconhecer que não entende tanto sobre um assunto ao invés de opinar sobre o que não sabe consiste em ter coragem e amor próprio. Ninguém sabe de tudo, tampouco precisa ostentar conhecimento, que deveria ser uma dádiva a ser repartida, e não uma joia rara que causa cobiça. O mundo seria um lugar melhor se informações fossem checadas antes de serem compartilhadas no Facebook, mas se os feeds de notícias continuam com a difusão dos sentimentos menos nobres, talvez seja a hora de responder essas postagens com amor, e não com mais agressões.

Muitas transformações sociais foram conquistadas com derramamento de sangue. Todas as ex-colônias do mundo se tornaram independentes através de conflitos armados, com exceção da Índia. Intolerância religiosa, homofobia e racismo já precisaram ser combatidos com a força. Figuras emblemáticas como Maria Quitéria e Nelson Mandela hoje são reconhecidas por gente de variadas predileções partidárias, mas precisaram pegar em armas para alcançarem seus nobres objetivos. No entanto, elxs pegaram em armas para que nós, nos dias de hoje, não precisássemos atacar uns aos outros. O Twitter com seu disparo de 140 caracteres e o Facebook com memes atômicos não deveriam ser as ferramentas da nossa revolução. São armas que, usadas dessa maneira, nos levam a matar uns aos outros.

Imagem: Divulgação


Ironias, acusações sem prova e adjetivações mesquinhas, que variam de petralha a coxinha, não são engraçadas. A escolha do candidato se dá pela convicção de que o país estará melhor em suas mãos e esse tipo de humor vai contra essa ideologia. O Brasil não pode ser um bom lugar para se viver dessa forma.

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