sábado, 25 de outubro de 2008

Lapidando o diamante da informação

Fatos ocorrem todos os dias, mas nem todos podem presenciar ao vivo o ocorrido (como mais de 50 mil pessoas podem presenciar uma partida a olho nu e milhões podem acompanhar por TV, rádio ou internet- sem precisar de alterações drásticas de jornalistas para a interpretação do jogo, que será interpretado de forma individual por cada espectador), e por isso a figura do jornalista é tão importante: este representará os olhos de várias pessoas, e quando relatar o fato, seus olhos valerão por todas essas que puderam ver a notícia com certo refinamento (um texto bem escrito e o conhecimento histórico para fazer o leitor ter o máximo de entendimento possível sobre o fato).
É claro que o jornalista tem uma vida pessoal, e nem sempre todos os locais que terá de cobrir farão parte de seu cotidiano: um renomado repórter com bom salário terá de se submeter a fazer matérias em lugares extremamente violentos (enquanto algumas profissões os empregados de maior status são poupados de atividades mais pesada, no jornalismo atividades deste porte tem de ser feitos justamente pelos mais renomados, que tem experiência para fazer um bom trabalho mesmo ciente do risco que está correndo), ou um repórter que leve uma vida simples e alternativa e terá que ir a lugares glamorosos e badalados se lhe for solicitado.
Autonomia é uma palavra que não combina tanto com jornalismo, por isso, tem de se cobrir o que o mundo pede, e não o que se quer apenas (o que não é algo ruim, afinal, estamos prestando serviço para o público em geral, e embora se possa escolher um público pelo qual se quer trabalhar- a exemplo do meu caso, o jornalismo esportivo-, deve-se levar em conta que mais importante do que o que se cobre- sendo do seu gosto ou não- é que estas coberturas farão um bem enorme para as pessoas que receberem a mensagem- por mais que as notícias não sejam positivas, o conhecimento é a melhor arma contra a ignorância, que por vezes pode ser confortável, mas aos poucos nos empurra para uma vida de fantasias onde imaginamos ter um controle que nunca foi nosso).
O jornalista não necessariamente deve quebrar as estruturas da sociedade, e sim incluir os fatos construtivos nessa própria estrutura, afim de fortalecer-la para o bem, tornando o mundo um lugar mais justo que possa melhorar de acordo com o seu ponto de vista.

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