sexta-feira, 13 de junho de 2008

Sua credibilidade com o mundo

Credibilidade significa agir de forma coerente com as suas teorias; A cada ato hipócrita ou demagogo, o sujeito em questão 'perde créditos', e assim somos julgados nós seres humanos: pessoas confiáveis ou não.
A coerência e busca pela verdade pode atingir intensidades diferentes, há quem não queira provar nada, quem não faça questão de ser reconhecido como 'alguém com quem se possa contar', mas o pior de tudo é cair no engano de achar que todas as suas teorias se transformarão em prática, pois 'basta lutar para que isso aconteça'.
Nós seres humanos somos impotentes se levarmos em conta que sozinhos, não passamos de um grão de areia no deserto, além de que nem tudo depende de nós humanos: a força da natureza e o tempo são incontroláveis. Tendo consciência de nossas limitações, seremos inteligentes para 'baixarmos a bola' e não sustentarmos uma luta que não possamos apoiar de corpo e alma.
Acreditar que um mundo mais justo depende apenas de nós mesmos é um pensamento ingênuo que procuro largar aos poucos: sei que posso fazer muito, mas o muito que posso fazer muitas vezes entra em conflito com outros tipos de interesse, e como eu tenho amor a minha vida, faltará um teor de agressividade necessário para alterar as velhas estruturas, construir novas, que não se sabe se serão piores ou melhores, e o grande defeito da mudança é a incerteza.
Quando me vejo como um 'quase nada', levando em conta que eu sou apenas 1 em um planeta de bilhões de pessoas, e que viverei uma parte pequena da história, que surgira em um tempo indeterminado, e que continuará existindo depois de mim sem prazo para término, penso no quão pequeno eu sou, e que, se posso fazer algo, é jogar uma gota de água num enorme incêndio, porém, são bilhões de gotas que juntas podem cessar o fogo, somos nós, humanos, que podemos melhorar a ordem, mesmo sabendo que mesmo juntos somos impotentes se levados em conta o poder das forças da natureza, somos nós, a maioria, que podemos derrubar do poder poucos poderosos que comandam maior parte da riqueza monetária e fazem seus semelhantes viverem na miséria. Podemos jogar nossas gotas sem esquecer de 'curtirmos a vida', mas aí entre em conflito algo que perdura há anos: se temos de nos unir pelas semelhanças, o que temos de tão semelhante a ponto de juntarmos forças e re distribuirmos melhor as riquezas?
Antes de perguntar ao mundo, eu me pergunto: será que eu estou preparado para renunciar a algumas regalias? Talvez eu seja um cara mal, que discursa sobre igualdade mas não sabe dividir. Enfim, acho melhor ficar calado, pois se eu falar demais, estarei cometendo os mesmos erros de tantos, e ainda prezo pela minha credibilidade. Por isso, agora é tempo de refletir comigo mesmo, pois antes de mudar o mundo, é interessante mudar a si mesmo.

Um comentário:

Carol Guedes disse...

Para grandes passos na vida, sendo eles para crescimento pessoal ou da humanidade, concessões devem ser feitas, alguém tem que ceder, mudar ou adaptar-se, sem que isso signifique transformar a essência da personalidade e do caráter.