O Campeonato Brasileiro de pontos corridos cria objetivo para os 20 times da Série A. Título, vagas na Libertadores e Copa Sul-Americana, além da luta contra o rebaixamento, fazem o Brasileirão ser estimulante, e cada "grupinho" vive sua competição à parte. O Bahia disputa a permanência na Série A e uma classificação para a Copa Sul-Americana.
Eu não entendo o que leva o Bahia a se interessar pela Copa Sul-Americana, um torneio que tanto atrapalha os clubes que a disputam. Se Vasco e Flamengo, que têm elencos fortes, dificilmente reverterão seus revezes, quanto mais o Bahia, que sequer tem um time titular de respeito. Claro que entrar na zona de classificação do torneio é consequência de se distanciar do rebaixamento, mas a expectativa gerada em torno de disputar a Sul-Americana parece não reconhecer o desgaste de jogar três vezes por semana (lembrem da partida contra o Cruzeiro dia 12, quando a equipe mineira levou vantagem por ter ficado uma semana sem jogar).
Se ano que vem o Bahia tiver numa situação parecida com a que vive esse ano, será melhor colocar o time B para disputar esse torneio internacional, porque Série A é prioridade. Pobre Taça Governador do Estado, que receberá o time C do Esquadrão. O elenco do Bahia é fraco, mas Joel Santana colabora para mostrar tamanhas limitações.
Contra o Avaí, apostou no volante Camacho no papel de meia, e teve que ouvir o couro de "burro" da torcida para fazer as substituições que garantiram o triunfo (as entradas de Lulinha e Maranhão). Contra o Vasco hoje, inventou uma formação com três volantes e três atacantes de ofício, quando que a alternativa mais lógica seria colocar um meia (Maranhão era o favorito para a vaga) e dois atacantes. O Vasco não perdoou.
De qualquer modo, o fato é que o Bahia não tem banco, e sem bons reservas é impossível suprir as ausências de atletas do nível técnico de Ricardinho e Carlos Alberto. Jogadores de currículo internacional como eles só vestem a camisa tricolor se estiverem num momento de declínio, rendendo abaixo do que já jogaram, pois se atuassem em alto nível, não faltaria mercado para eles. Pra completar, Carlos Alberto sempre "está contundido".
Definitivamente, o Bahia deve pensar em, a longo prazo, crescer no Brasileirão, buscar outros objetivos. Os frutos poderão ser colhidos, seja com a construção do novo Centro de Treinamento ou a democratização do clube. Libertadores é sonho a longo prazo. Copa Sul-Americana, hoje, é pesadelo.
Os campeões mundiais Carlos Alberto (com o Porto em 2004) e Ricardinho (com o Corinthians em 2000 e com a Seleção em 2002) chegaram para ser titulares: você acha que eles renderam no Bahia?
Estreias da semana - Nos cinemas
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*Cristina 1300 - Affonso Ávila - Homem ao termo*
Está nos cinemas brasileiros esse bom e bem curtinho documentário, de
apenas 60 minutos, que resga...
Há um dia
3 comentários:
Rapaz... A sul-americana dá vaga na Libertadores. Não que eu ache que o Bahia vai ser campeão da sul-americana, mas eu acho mais fácil isso acontecer do que o Bahia conseguir a vaga pelo Brasileirão.
Entendo sua posição, mas discordo. Você acha que o Bahia pode tentar conciliar ambas as competições e tomar pau nas duas. Mas se pensar assim, tem que botar time reserva na Copa do Brasil também, não?
Mas a Copa do Brasil acontece simultaneamente ao estadual, que é bem menos competitivo que o Brasileirão (pelo menos deveria ser). É mais tranquilo colocar os mesmos jogadores nas duas competições, pois é início de temporada e eles não estarão tão desgastados como agora.
Acho que o Bahia tem chance de ganhar a Sul-Americana ano que vem, porque não? Mas seríamos tão surpresa como Arsenal Sarandí, campeão de 2007, e Goiás, vice de 2010. E o preço pode ser alto, e o torcedor do Goiás iria preferir se manter na Série A do que estar na Libertadores desse ano.
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