A internet tem de ser livre: censurá-la seria tirar o seu mais precioso valor, o de dar voz a todos, e não apenas às grandes corporações. Na internet o dinheiro não pode controlar todos os pensamentos, há espaço para portais com anunciantes ricos e blogs de jovens como eu, que tentam expor os pensamentos sem tanto objetivo (eu não penso em dominar o mundo ou fazer os meus leitores me conhecerem: simplesmente escrevo despretenciosamente, sem nenhum objetivo claro).
Eu não posso me considerar 'livre': nem sei o que sou e como me definir, afinal, se parte de nosso perfil é fruto da nossa genética, a partir do momento em que saímos da barriga de nossas mães rumo a um mundo que se construiu muito antes de nascermos, ja somos brancos ou negros, teremos uma família católica ou atéia, 'escolheremos' nossos caminho a depender da trajetória que a vida nos leve, e como não escolhemos o nosso destino, somos quase um barco a vela dependentente da forte ventania que irá nos construir ao longo de toda a vida, aceitemos isso ou não.
Minhas idéias não são apenas minhas, eu não fui o primeiro a pensar tantas coisas e nem existe patente para pensamentos, mas o que seria a posse de algo não material como o pensamento? Todas as construções possíveis foram fruto de outras construções passadas, mas quando surgiu a primeira coisa a ser construída? A existência é atemporal: não houve um início definido, não podemos prever o fim, e ao invés de contestarmos e investigarmos tanto coisas que outras tantas pessoas pesquisaram e não conseguiram chegar à resposta satisfatória, devemos aceitar que temos dúvida sobre isso, ao inves de alegarmos termos certeza. Temos mais dúvidas do que certezas, mas a dúvida constrange o ser humano, o deixa inquieto, com a sensação de que algo deve ser preenchido, e no entanto, a ciência 'em excesso' é o vício dos que não se satisfazem em simplesmente viver. Que tal esquecermos tanta complexidade e irmos ào bar tomar uma cerveja?
Se achar original é muita pretenção: o que buscamos são estilos e coisas que nos façam sentir-se melhor, e há quem se sinta melhor sendo diferente do perfil dominante (simplesmente por antipatizar com a dominância), independente de que forma for. A vaidade de ser diferente muitas vezes fala mais alto do que a 'paixão por algo', como a paixão pelo Rock'n Roll, que influencia fãs a formarem as suas tribos, e nos locais onde os seus adeptos frequentam, estes não mais serão minoria, porém, é lá onde eles conseguem fugir da 'mediocridade' do cotidiano, com tantas convenções irritantes.
O que somos nós? Não responda nem pesquise, aliás, porque eu perguntei isso mesmo?
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