sábado, 29 de outubro de 2011

Até que ponto os cartolas podem estragar tudo?

O futebol é um reflexo da sociedade. O sucesso de um clube está ligado a sua administração, assim como a qualidade de vida de um povo está relacionado ao bom trabalho do governo. Arrisco dizer que a Confederação Brasileira de Futrebol nunca foi gerida por gente decente, e nem por isso a Seleção Canarinha deixou de dar espetáculo. Numa época de ditadura militar, que influenciava diretamente no esporte, o Brasil deu um espetáculo no México. A Copa de 70 é tida por muita gente como a melhor de todos os tempos. O presidente da CBF na época, João Havelange, buscou se imortalizar no poder, rumando para a presidência da Fifa, enquanto seu genro, Ricardo Teixeira, continuou no comandando da CBF, dando continuidade a sujeira.

O sucesso de equipes como a Seleção Brasileira de 70 não pode ser atribuído aos políticos e cartolas. Tampouco todos os fracassos. O fato é que os clubes brasileiros poderiam ser bem melhores do que são hoje, mas jamais teriam o poder econômico dos europeus. Deixaríamos de ser um mangue, mas nem por isso seríamos o centro do futebol mundial. A mesma coisa vale para o Nordeste, que deixou de ser a região mais importante do Brasil após a descoberta de ouro nas Minas Gerais, o que acarretou em mudança da capital nacional (de Salvador para o Rio de Janeiro) e decretou o declínio da monocultura de cana-de-açúcar. Portanto, mesmo que o novo CT do Bahia faça frente aos locais onde treinam São Paulo, Palmeiras, Cruzeiro e Atlético Mineiro, o fator mais importante num time são os jogadores. Caso contrário, o Atlético Paranaense teria sido campeão brasileiro mais vezes, e o Rio de Janeiro não estaria tão bem na Série A.

Denúncias de corrupção que envolvem os gestores do futebol devem ser levadas a sério. Suas medidas, quando equivocadas, devem ser criticadas, a exemplo do péssimo calendário da CBF, que não interromperá o Brasileirão durante as Olimpíadas, em que jogadores como Neymar, Lucas, Casemiro e Leandro Damião podem desfalcar seus clubes. Mas se o futebol sobreviveu até aqui, significa que o talento brasileiro é capaz de superar algumas adversidades. Nosso futebol poderia ser bem melhor do que é hoje, nossos clubes poderiam ser mais atraentes no exterior, mas ainda assim, o futebol é um reflexo do mundo, e enquanto o Brasil continuar sendo um país com população com necessidades primárias, o esporte não poderá acompanhar seu ritmo. Se nossos políticos não conseguem parar as nossas vidas, apesar das limitações impostas pelo governo, ninguém poderá destruir o futebol, nem o mais perverso dos cartolas.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Bahia, desista da Copa Sul-Americana

O Campeonato Brasileiro de pontos corridos cria objetivo para os 20 times da Série A. Título, vagas na Libertadores e Copa Sul-Americana, além da luta contra o rebaixamento, fazem o Brasileirão ser estimulante, e cada "grupinho" vive sua competição à parte. O Bahia disputa a permanência na Série A e uma classificação para a Copa Sul-Americana.

Eu não entendo o que leva o Bahia a se interessar pela Copa Sul-Americana, um torneio que tanto atrapalha os clubes que a disputam. Se Vasco e Flamengo, que têm elencos fortes, dificilmente reverterão seus revezes, quanto mais o Bahia, que sequer tem um time titular de respeito. Claro que entrar na zona de classificação do torneio é consequência de se distanciar do rebaixamento, mas a expectativa gerada em torno de disputar a Sul-Americana parece não reconhecer o desgaste de jogar três vezes por semana (lembrem da partida contra o Cruzeiro dia 12, quando a equipe mineira levou vantagem por ter ficado uma semana sem jogar).

Se ano que vem o Bahia tiver numa situação parecida com a que vive esse ano, será melhor colocar o time B para disputar esse torneio internacional, porque Série A é prioridade. Pobre Taça Governador do Estado, que receberá o time C do Esquadrão. O elenco do Bahia é fraco, mas Joel Santana colabora para mostrar tamanhas limitações.

Contra o Avaí, apostou no volante Camacho no papel de meia, e teve que ouvir o couro de "burro" da torcida para fazer as substituições que garantiram o triunfo (as entradas de Lulinha e Maranhão). Contra o Vasco hoje, inventou uma formação com três volantes e três atacantes de ofício, quando que a alternativa mais lógica seria colocar um meia (Maranhão era o favorito para a vaga) e dois atacantes. O Vasco não perdoou.

De qualquer modo, o fato é que o Bahia não tem banco, e sem bons reservas é impossível suprir as ausências de atletas do nível técnico de Ricardinho e Carlos Alberto. Jogadores de currículo internacional como eles só vestem a camisa tricolor se estiverem num momento de declínio, rendendo abaixo do que já jogaram, pois se atuassem em alto nível, não faltaria mercado para eles. Pra completar, Carlos Alberto sempre "está contundido".

Definitivamente, o Bahia deve pensar em, a longo prazo, crescer no Brasileirão, buscar outros objetivos. Os frutos poderão ser colhidos, seja com a construção do novo Centro de Treinamento ou a democratização do clube. Libertadores é sonho a longo prazo. Copa Sul-Americana, hoje, é pesadelo.
Os campeões mundiais Carlos Alberto (com o Porto em 2004) e Ricardinho (com o Corinthians em 2000 e com a Seleção em 2002) chegaram para ser titulares: você acha que eles renderam no Bahia?

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A Copa da ilusão

A cena que mais me chamou atenção hoje, dia em que São Paulo foi oficializada como cidade da abertura da Copa de 2014, foi a alegria de um operário. Ao ser entrevistado pelo repórter Mauro Naves, da TV Globo, o trabalhador abriu um sorriso de contentamento pelo feito e ainda fez merchandising, citando o nome da construtora pela qual trabalha. Ora, o Estádio de Itaquera está tão atrasado no cronograma de obras que sequer fará parte da Copa das Confederações de 2013. O paulistano não deveria comemorar. Alías, o brasileiro, do Caburaí ao Chuí, deveria ser contra a Copa do Mundo de 2014.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A paixão em números

Futebol sempre foi minha paixão. Mas por não ter quem me levasse para o estádio, assistir meu time jogar era o "evento do ano". Meu pai não compartilhava comigo o fascínio pelo esporte mais popular do mundo, e durante minha infância, só pude visitar a Fonte Nova quando meu tio Zé de Freitas, amigo de infância de meu pai e tricolor, ia junto.

Nunca vou esquecer da primeira vez que vi meu time de coração em campo. Vencemos o Paraná Clube de virada, por 2 a 1, em 11 de setembro de 1997. Meus olhos brilharam ao ver aquele gramado verdinho, iluminado pelos fortes refletores. Com o tempo, me tornei "independente", e de carro passei a frequentar mais vezes o Bahia. Ainda assim, eu acho que vou pouco. Quero ir mais vezes.

Tantas idas ao Barradão tem um motivo: embora eu não seja torcedor do Vitória, eu sentia carência de assistir futebol no estádio, e um tio meu, rubro-negro roxo, me levava algumas vezes. Ainda assim, nunca me "bandiei" para o lado de lá. Até já fui ver o rival jogar depois de adulto, como mero observador, uma espécie de antropólogo futebolístico.

Abaixo, um gráfico com o número de vezes que eu fui a algum estádio de futebol, a cada ano, contendo informações interessantes sobre algumas partidas e, mais abaixo, todos os jogos que já fui em minha vida. Viva o futebol. Bora Baêa Minha Porra!



Abaixo, lista de todas as partidas de futebol que ja fui em minha vida, com suas datas, competições e respectivos estádios, lembrando as siglas: Fonte Nova (FN), Barradão (B), Santiago Bernabeu (SB), Camp Nou (CN), Pituaçu (P), Morumbi (M), Parque Antárctica (PA), Rua Javari (J) e Canindé (C).

JOGO /COMPETIÇÃO /ESTÁDIO /DATA
Bahia-2x1-Paraná Série A (FN), 11-9-97
Vitória-2x0-Bragantino Série A (B), 17-9-97
Bahia-1x4-Internacional Série A (FN), 22-10-97
Bahia-1x2-Ceará Série B (FN), 24-9-98
Brasil-2x2-Holanda Amistoso (FN), 5-6-99
Vitória-0x3-São Paulo Série A (B), 10-11-99
Bahia-1x3-Flamengo Copa do Brasil (FN), 24-5-00
Bahia-2x0-Santos Copa do Brasil (FN), 11-4-01
Bahia-3x1-Sport Camp. Nordeste (FN), 28-4-01
Bahia-1x0-Náutico Camp. Nordeste (FN), 27-4-02
Bahia-1x2-Botafogo Série A (FN), 28-9-02
Bahia-2x1-Vitória Série A (FN), 15-6-03
Vitória-1x2-Corinthians Série A (B), 5-10-03
Bahia-1x1-Vitória Camp.baiano (FN), 11-4-04
Bahia-3x1-CRB Série B (FN), 1-7-04
Bahia-1x0-Náutico Série B (FN), 10-10-04
Bahia-1x1-Grêmio Série B (FN), 7-8-05
Bahia-3x0-Santo André Série B (FN), 3-9-05
Bahia-4x3-Icasa Série C (FN), 20-8-06
Bahia-0x2-Ipatinga Série C (FN), 28-10-06
Bahia-2x4-Vitória camp.baiano (FN), 11-3-07
Bahia-5x6-Vitória Camp.baiano (FN), 22-4-07
Bahia-1x0-Crac Série C (FN), 14-10-07
Bahia-1x1-Altético-Go Série C (FN), 11-11-07
Bahia-0x0-Vila Nova Série C (FN), 25-11-07
Vitória-0x2-Cruzeiro Série A (B), 10-05-08
Vitória-4x0-Figueirense Série A (B), 24-05-08
Vitória-1x0-Santos Série A (B), 08-06-08
Vitória-1x3-São Paulo Série A (B), 16-07-08
Vitória-1x0-Náutico Série A (B), 23-07-08
Vitória-1x0-Coritiba Série A (B), 14-09-08
Vitória-0x0-Flamengo Série A (B), 29-10-08
R.Madrid-1x0-Valencia La Liga (SB), 20-12-08
Barcelona-5x0-D.L.Coruña La Liga (CN), 17-01-09
Bahia-2x0-Poções camp.baiano (P), 11-02-09
Bahia-4x1-Feirense camp.baiano (P), 15-02-09
Bahia-3x1-Colocolo camp.baiano (P), 26-02-09
Bahia-1x0-Ceará Série B (P), 23-05-09
São Paulo-2x0-Náutico Série A (M), 27-06-09
Palmeiras-1x1-Santos Série A (PA), 28-06-09
Juventus-0x0-PAEC Copa Paulista (J), 11-07-09
Vitória-0x0-Altético MG Série A (B), 19-07-09
Bahia-2x1-Vasco Série B (P), 25-07-09
Brasil-4x2-Chile Eliminatórias (P), 09-09-09
Vitória-2x0-Internacional Série A (B), 19-09-09
Bahia-1x2-Duque de Caxias Série B (P), 29-09-09
Bahia-2x2-Fortaleza Série B (P), 06-11-09
Bahia-2x0-Guarani Série B (P), 21-11-09
Bahia-1x1-Internacional Amistoso festivo (P), 13-12-09
Vitória-2x0-Bahia camp.baiano (P), 24-01-10
Bahia-2x1-Vitória camp.baiano (P), 28-02-10
Bahia-1x0-Atlético-GO Copa do Brasil (P), 31-03-10
Galícia-1x3-Catuense camp.baiano série B (P), 01-05-10
Bahia-1x0-América-RN Série B (P), 07-05-10
Bahia-2x0-Sport Série B (P), 29-05-10
Bahia-0x1-Duque de Caxias Série B (P), 04-06-10
Bahia-2x2-Figueirense Série B (P), 31-07-10
Bahia-2x1-Paraná Série B (P), 10-08-10
Bahia-3x0-Náutico Série B (P), 15-10-10
Vitória-4x2-Vasco Série A (B), 30-10-10
Vitória-0x1-Cruzeiro Série A (B), 07-11-10
Ypiranga-3x2-Galícia camp.baiano série B (P), 30-04-11
Bahia-1x1-Atlético-MG Série A (P), 12-06-11
Bahia-0x1-Corinthians Série A (P), 29-06-11
Bahia-1x1-Botafogo Série A (P), 10-07-11
Bahia-0x0-Coritiba Série A (P), 24-07-11
Bahia-1x2-Santos Série A (P), 21-08-11
Portuguesa-3x3-Icasa Série B (C), 27-08-11
Bahia-0x0-América-MG Série A (P), 1º-09-11
Bahia-1x0-Atlético-PR Série A (P), 21-09-11
Bahia-3x2-Avaí Série A (P), 1º-10-11
Bahia-0x0-Cruzeiro Série A (P), 12-10-11

sábado, 8 de outubro de 2011

O que é paixão o tempo não apaga

Fenômenos pop passaram a existir quando tecnologias se tornaram capazes de expandir informação com mais abrangência. O rádio criou mitos como Elvis Presley e Frank Sinatra, cultuados até hoje. Com o tempo, o mercado passou a produzir ídolos descartáveis em larga escala. Minha tia foi fã dos Menudos, banda porto-riquenha de muito sucesso entra as garotas dos anos 80. Hoje, lhe restam apenas lembranças, sem nenhuma incondicionalidade ou fervor.

"Justins Biebers" estão fadados a sumirem e suas fãs, a tratarem tais ídolos como tolices da juventude. O que é paixão o tempo não apaga, e hoje, parece faltar paixões duradouras no mundo. Em meio a tantas relações artificiais, os clubes de futebol tradicionais dão uma aula de como se eternizar o sentimento, incondicional enquanto vivermos.

Bahia x Harry Potter

Nos cinemas de Salvador, o documentário “Bahêa Minha Vida” bateu o último filme da série Harry Potter em pré-venda de ingressos na semana de estreia. Mais do que justo. De um lado, milhões de torcedores representados em 80 anos de história do Esporte Clube Bahia. Do outro, uma saga que completou uma década nos cinemas e que, futuramente, será apenas uma lembrança, sem continuidade e fervor, que fez “apenas” 600 soteropolitanos comprarem com antecedência os ingressos para assistirem o bruxinho mais querido do pedaço. Enquanto isso, 1.000 tricolores garantiram suas entradas para transformarem as salas de cinema em arquibancadas.

Desrespeito ao torcedor

Os próprios clubes de futebol correm riscos de acabarem com suas torcidas. A cada vez que o preço do ingresso sobe, tenha certeza, a arquibancada vai perdendo parte do seu tempero. O “embranquecimento” da massa é percebido de longe. Um país miscigenado como o Brasil não comporta um só tipo de torcedor, mas ao que parece, os cartolas estão excluindo o povo da festa, assim como já fizeram na Inglaterra, onde o valor das entradas é tão obsceno que o torcedor comum passou a adotar os pubs como os locais para acompanhar sua paixão, enquanto os estádios parecem cemitérios, em que sentar na cadeira é a única alternativa para acompanhar a partida. Futebol não é teatro, cinema ou concerto. Futebol é festa, emoção, gritaria e pulos. É o momento em que ricos e pobres podem se abraçar, sem se conhecerem, porque todos estão ali unidos por uma só energia.

Há tempos a Federação Paulista de Futebol tem se esforçado para dar um perfil careta aos torcedores com a regra do “não pode”: não pode entrar com bandeira com mastro de bambu, não pode levar instrumentos, não pode isso, não pode aquilo. Ora, num momento de uma briga entre torcidas, o mais inusitado será ver alguém segurar um enorme bambu, difícil de manejar, para acertar a cabeça do rival. Sejamos razoáveis: há outras armas muito mais letais, e a ausência de bandeiras e música só deixa o espetáculo sem tempero. A maioria das brigas entre torcedores são protagonizadas pelos membros das chamadas “organizadas”, e esses não necessariamente escolhem o estádio como campo de batalha. Qualquer lugar é propício para marcar um acerto de contas.

O lado bizarro do futebol

Nem todo clube de futebol mobiliza as multidões. Hoje em dia, futebol virou um negócio lucrativo. Os empresários da bola não dão bobeira e compram significativo percentual dos direitos federativos dos atletas, que se tornam reféns das ambições dos seus agentes e acabam deixando um clube, onde a longo prazo poderia se chegar ao estrelato, para ganhar dinheiro fácil em países onde a isenção fiscal permite que jovens recebam promessas “irrecusáveis”. O jogador, que já poderia ter um farto pé de meia, não recebe orientação do empresário e torra a fortuna sem pensar no futuro e corre o risco de desaparecer do mapa da bola. Os mais prejudicados, no entanto, são os clubes, que fazem dívidas enormes para equiparar bons salários com “jogadores de aluguel”, pertencentes a empresários que não abrem mão de ceder parte dos direitos federativos por uma grana preta.

Americana, BOA Esporte e Grêmio Barueri não acrescentam nada para o nosso futebol. São clubes que deslocarão sua sede para outra cidade quando foi conveniente, não se importando em criar identidade em lugar algum, pois acreditam que não tem torcedores. O Grêmio Barueri passou a ter um clube de futebol profissional em 2001. De lá pra cá, saiu da sexta divisão de São Paulo até a elite do futebol nacional e estadual. Já no topo, preferiu por mudar-se para a cidade de Presidente Prudente, a 587 km. Os habitantes de Barueri se revoltaram, muitos disseram que passariam a torcer contra o “Grêmio Itinerante”. Mas a passagem pelo oeste paulista durou apenas um ano e meio, e nesse semestre, a equipe voltou para Barueri. Fosse eu barueriense, odiaria o retorno. Até o ano passado, o Boa Esporte, hoje de Varginha, era de Ituiutaba, e o Americana era de Guaratinguetá.

Quem torce por esses times acha que está apoiando sua cidade, quando na verdade eles estão pouco se lixando para seus habitantes. Há quem vá ao estádio secar os rivais, e eu vos digo: mesmo sendo Bahia, é melhor ver um BaVi na Séria A do que esses três itinerantes. Nem todo time do interior merece desprezo. Guarani e Ponte Preta de Campinas, Juventude e Caxias de Caxias do Sul e Criciúma de Santa Catarina têm alma, mudam trajetórias de vida, fazem pessoas rirem ou chorarem. Não importa aí a quantidade, e sim a fidelidade que cada um sente. Não sou a favor de se torcer por um time tão longe de sua cidade, afinal, que identificação você sentirá pelo Flamengo se nunca foi ao Rio de Janeiro? Porém, há gente esperta demais tentando manipular um sentimento tão bonito quanto a paixão. E o brasileiro do interior deve ter cuidado para, de uma hora para outra, não ver seu patrimônio migrando para longe de seu raio de alcance. Pois se isso acontecer, você estará tão perto do seu clube quanto de Justin Bieber.