sexta-feira, 28 de maio de 2010

Quando o futebol melhora a imagem de alguns países

Em geral, para o noticiário internacional, um país tem duas formas de 'estar na mídia': a primeira é sendo poderoso e responsável diretamente pelo andamento da economia e política global, a exemplo dos Estados Unidos, China e alguns membros da União Européia, e a segunda é sendo um 'antro de absurdos': seja por ser rotulado de 'perigoso', como o Irã, por sobreviver a mais de meio século com um sistema político 'alternativo', como Cuba ou pelos crimes contra os direitos humanos, como a China. Nesses critérios, frutos de minha reflexão, a China é o país 'mais em evidência' do Mundo: os noticiários internacionais falam de avanços econômicos até torturas e execuções.

O noticiário internacional resume os seus esforços para noticiar o que é de 'interesse público', e como dinheiro parece ser o centro das atenções, nações que concentram investimentos ou ameaças ao avanço global precisam ser noticiados por serem candidatos a mudarem a história do Mundo, seja com progressos inovadores ou pela tentativa de ruir o sistema.

Talvez muita gente não teria ouvido falar de Camarões se a sua Seleção de futebol nacional não estivesse presente em cinco das últimas sete Copas do Mundo. E a Romênia, que pessoalmente me faz lembrar de Hagi (craque dos anos 90) e não dos ciganos, Drácula e comunismo? A imagem de um país pode mudar com o futebol: países pequenos tem a sua chance de aparecer no noticiário internacional sem precisar ameaçar ninguém com projetos de enriquecimento de Urânio ou bombas atômicas.

A Coréia do Norte é considerada por muitos como 'o país mais fechado do Mundo'. Poucos se esforçam para enxergar a República Democrática Popular da Coréia como a terra do Festival Arirang e de Pak Doo Ik , e não como o país da ditadura de Kim Jong-Il. Mas nada como uma Copa do Mundo para abrir os olhos do planeta para esse país que todos tem uma paciência tão pequena que acusam sem a mínima precaução esse país de ter explodido um submarino do país vizinho (a Coréia do Sul). São nessas horas que a conspiração contra o 'mal falado na imprensa' pode parecer tão fácil: não seria um absurdo que algum outro país tenha sido o responsável pelo ataque apenas para causar um mal estar na diplomacia norte-coreana.

O desinteresse pela versão dos fatos dadas pelos norte-coreanos não é novidade. O que se torna impressionante é a sua Seleção nacional, que irá estrear na Copa de 2010 no dia 15 de Junho, não tem ainda camisas prontas para a partida. Falta quem queira anunciar a sua marca na camisa da Coréia do Norte, será o medo de ter a imagem associada a este país 'tão mal falado'? A matéria do Terra conta um pouco isso: http://esportes.terra.com.br/futebol/copa/2010/noticias/0,,OI4451956-EI14416,00-Coreia+do+Norte+pode+usar+uniforme+improvisado+contra+o+Brasil.html

A BBC lançou um documentário belíssimo sobre a Seleção Norte-Coreana que disputou a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, inclusive com depoimentos atuais dos jogadores da época. Esse documentário tem passado regularmente na Sportv, mas achei-o disponível na internet apenas em inglês, está abaixo. Vale a pena ver e se esforçar para abrir a cabeça quanto ao preconceito que plantamos todos os dias por países que se quer tem 'direito de resposta'. Viva a Copa do Mundo!















quarta-feira, 26 de maio de 2010

O Último Samurai do Jornalismo Baiano

O que o início da era Meiji pode ter haver com o fechamento de um jornal do outro lado do Mundo no meio do século XX? A correlação entre os fatos são meramente poéticas: o fim do Jornal da Bahia, da cidade de Salvador, em 1995, foi fruto de uma longa perseguição política que visava acabar com o principal instrumento de resistência contra o regime ditatorial da época, não é a toa que João Falcão, seu fundador, descreveu a perseguição contra o seu jornal como “o maior crime contra a liberdade de imprensa de que este país já teve notícia desde o início de sua história republicana”.

Sendo “o maior crime contra a liberdade de imprensa de que este país já teve notícia desde o início de sua história republicana” ou não, o fato é que o jornalismo independente do Jornal da Bahia incomodava o regime militar tanto quanto os samurais incomodavam os industriais japoneses pré-era Meiji. Antes de ser a potência econômica atual, o Japão foi por muito tempo um país feudal, onde uma casta de guerreiros milenares, os samurais, defendiam um código de honra que era contra a modernização do Japão. O filme ‘O último Samurai’, do diretor Edward Zwick, mostra as aflições do Japão dessa época, em que seu Império contratava estrangeiros para treinar camponeses a usar armas de fogo importadas para enfrentar os samurais, que mantinham a tradição usando armas arcaicas e no final do filme, o último sobrevivente dentre os samurais, o Capitão Algren (interpretado por Tom Cruise), foi o responsável pelo ‘final feliz’: o imperador Meiji não assinou o tratado com Omura, um industrial ambicioso que buscava a modernização do Japão, passando por cima de suas tradições e cultura.

O regime militar do Brasil, que começou em 1964 e durou três décadas, também foi um período de intensa ‘modernização nacional’: os militares passaram por cima de todas as convenções necessárias para uma democracia a fim executar ações com o mínimo de questionamentos possíveis, por isso tantos veículos jornalísticos sofreram tanto com a ditadura que matava, seqüestrava, mandava ao exílio e fechava portas de tantos jornais críticos. A devastação foi tão grande que, se nos anos 50 e 60 cinco jornais diários circulavam em Salvador (Diário da Bahia, Jornal da Bahia, Estado da Bahia, Diário de Notícias e A Tarde), apenas um dessa época ainda sobrevive aos dias atuais: o A Tarde. Durante a ditadura foram fundados os outros dois jornais que completam a lista dos três atuais impressos da cidade de Salvador: o Tribuna da Bahia, em 1969 e o Correio da Bahia, em 1978.

Se no filme do diretor Edward Zwick o grande vilão era Omura, o ambicioso industrial que desejava o fim dos samurais para que não houvessem obstáculos para a modernização japonesa, o nomeado governador da Bahia pelo regime militar Antônio Carlos Magalhães tratou em terras tupiniquins de fazer ações que não reconhecem fronteiras: riscar do mapa o ‘inimigo’ no melhor estilo Sun Tzu em “A Arte da Guerra”. Não foi um desafio fácil para o regime, e pior que isso: deixaram marcas visíveis, manchando para sempre os até hoje impunes colaboradores da covarde perseguição contra a democracia, e nesse caso especificamente, contra a liberdade de imprensa. Se no Japão do Século XIX existisse uma imprensa pró-samurai, os industriais não fariam diferente dos militares do Brasil do período militar, mas talvez conseguissem algo que a ditadura militar brasileira não conseguiu: esconder as cicatrizes de tempos tão injustos com o trabalho jornalístico sério. A história do Brasil nas décadas de 60, 70 e 80 estão devidamente registradas, e no caso específico do Jornal da Bahia, dois livros ilustram bem os tempos onde nem a força da capoeira baiana conseguiu vencer os fuzis silenciadores dos homens camuflados: “Memórias das Trevas”, de Teixeira Gomes e “Não deixe esta chama se apagar – história do Jornal da Bahia”, de João Falcão.

A chama não se apagou por completo: a Bahia perdeu um grande jornal, mas quem tentou apagar o fogo da democracia jamais será esquecido. Conhecer a história é uma forma de prevenção para não mais cometer erros antes praticados. O Jornal da Bahia é o Último Samurai do Jornalismo Baiano, que trouxe consigo, assim como os samurais, uma série de ensinamentos (por exemplo a introdução de diagramação prévia, o uso do lead e uma embrionária organização das matérias em editoriais, como descreveu Jussilene Santana no livro ‘Impressões Modernas – Teatro e Jornalismo na Bahia). Um jornalista independente é um pouco samurai: torcemos para que não sejamos os últimos.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Até onde a transgressão é legitimada?

Quando Getúlio Vargas disse com soberba "Aos amigos tudo, aos inimigos a lei" ele tinha certeza que poderia enquadrar qualquer um que estivesse no seu caminho usando métodos legais - embora também tenha usado métodos 'pouco ortodoxos' ao longo de sua trajetória política. Uma ditadura não se enxerga como "desviante": a tirania é convenção até aonde vai o raio de alcance do seu território, logo, tentar 'derrubar o poder estabelecido' acaba sendo um ato 'desviante', para não dizer 'ilegal': a legitimidade que se dá para subverter o ‘comum’ depende da liberdade que se tem para transgredir.

Não há quem ande 100% na linha em qualquer sociedade que seja: fazer downloads sem autorização, copiá-los em mídias como i-pod, chegar atrasado por conta de fatores externos que fogem do controle – como engarrafamento - questionar quem tem o 'poder inquestionável' e muito mais parecem ser inevitáveis para quem tem sede de usufruir além do que a censura permite e não depende só de si para viver - e todos dependemos de inúmeros fatores para continuar vivendo. Não importa qual seja o orgão de regulação: a constituição, o Código Civil ou um livro religioso, as vontades são tão naturais que há até quem alegue desconhecimento da lei vigente. Com exceção dos contratos - pois estes são de inteira responsabilidade de quem os assionou, embora ainda há quem assine sem ler - todos os outros orgãos de regulamentação são pouco democráticos e impostos e correm o risco de se tornarem antigos demais se não sofrerem constantes atualizações. O Mundo muda a todos os instantes e a lei tem que estar andando - ou correndo - na mesma velocidade: o que era um crime há algum tempo atrás hoje é permitido, como por exemplo questionar o sistema político aqui no Brasil.

O 'politicamente correto' em teoria sempre tem razão, mas na prática, todos tem pouquíssima paciência para demasiados cuidados ao tocar em assuntos delicados como a rotulação de seres humanos. Deficiente físico ou portador de necessidades especiais? O que muda na vida de uma pessoa que viverá da mesma forma independente do rótulo dado a ela? Será que ela se importa tanto com sua rotulação quanto os 'chatos de plantão'? As suavidades ganharam outro nome: chatice, e de repente, o humor ácido ganhou força, na contramão do que todos questionam tanto, que é o excesso de precaução que muitas vezes inibe a criatividade.

No Brasil contemporâneo, é permitido até fazer charges irônicas do Presidente da República. Há programas de TV com pouquíssimas preocupações em apurar fatos que, com toda a sua ironia, frequentam os bastidores do poder em Brasília para entrevistar políticos em situação constrangedora e de quebra o expõe com edições de vídeo, por exemplo, que mudam a cor de suas faces e adiciona nariz de palhaço. Por incrível que pareça, para ser irônico é preciso ser precavido, pois caso contrário, vítimas de 'injúrias' e advogados sedentos de 'prestar serviço contra os algozes' atacarão como 'lobos famintos' atrás da mínima brecha que existir para se processar por exemplo um humorista que pisar na bola.

Até para transgredir é preciso precauções: entre andar na linha e pisar na bola, melhor sair da linha com um bom domínio de bola, pois a pior pisada na bola que pode existir é andar sempre na linha.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Dunga

A Copa de 2006 teve um final trágico para o Brasil: com a derrota por 1 a 0 para a França, nos credenciamos como 'fregueses' dessa seleção que nos eliminou pela terceira vez em Copa do Mundo (86 perdemos nos pênaltis e em 98 sofremos a nossa maior goleada em Copas, 3 a 0, em plena final), uma em Copa das Confederações, em 2001, além de tirar o nosso ouro olímpico, o único título que ainda falta para o futebol brasileiro, em 1984.

O 'quadrado mágico'(Ronaldinho, Kaka, Adriano e Ronaldo) e os laterais Roberto Carlos e Cafu não convenceram em 2006, e apenas a zaga, com Lúcio e Juan, e o meio-campo Zé Roberto ficaram imunes a críticas. Queríamos renovação, raça, alguns até comentavam em deixar o talento em segundo plano para ter uma seleção séria e comprometida, que amasse a Seleção. Todos queriam Felipão de volta para montar uma nova 'família Scolari'. Mas um nome surpreendente foi anunciado para comandar a Seleção Brasileira: Dunga, o capitão do tetra, como jogador, mágoas da imprensa e raça de guerreiro, mas como treinador seria a sua primeira experiência, algo semelhante a promover um estagiário de primeiro semestre da faculdade ao cargo de sócio executivo de uma grande empresa.

Haviam rumores que Dunga só ficaria na Seleção provisoriamente, até Felipão largar Portugal. Pois hoje, quase quatro anos depois, ele se manteve no comando máximo do futebol brasileiro (almejado por profissionais calejados que nunca tiveram oportunidade) graças aos seus resultados: as conquistas da Copa América e Copa das Confederações, além da medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim e a liderança nas Eliminatórias Sul-Americanas, sem falar em vitórias históricas como o 4 a 0 sobre o Uruguai em pleno Centenário e a classificação para o Mundial obtida após vitória sobre a Argentina fora de casa. De repente, a derrota para a Venezuela e vitória apertada sobre o fraquíssimo Canadá em amistosos nos EUA, além de três empates consecutivos sem gols jogando dentro de casa pelas Eliminatórias (contra Argentina, Bolívia e Colômbia) foram esquecidos.

A Seleção atual tem jogadores em má fase em seus clubes: Kaka não fez uma boa temporada pelo Real Madrid, Julio Baptista é reserva da Roma e Felipe Melo é um dos jogadores mais criticados pela torcida da Juventus, isso sem falar de jogadores que atuam em mercados discretos no qual as informações sobre seus desempenhos não chegam com força aqui no Brasil, caso de Gilberto Silva e Elano, que jogam respectivamente nos Campeonatos grego e turco. O jogador 'diferenciado' sem dúvida é Kaka, mas não há substituto a altura, pelo menos não haverá se amanhã Dunga não convocar Paulo Henrique Ganso (craque do Santos de apenas 21 anos) e/ou Ronaldinho Gaúcho.

As virtudes de Dunga foram fazer os jogadores darem o devido valor a Seleção Brasileira: Dunga comenta que muitos entraram em conflito com os seus clubes por priorizarem a camisa canarinha. Mas muitos criticam as suas convocações: Dunga 'fechou' um grupo, independente de os jogadores estarem em bom momento ou não.

O seu marketing de 'guerreiro' está explícito nas propagandas da Brahma: a mentalidade para encarar essa Copa é totalmente diferente da de 2006 (o vídeo mais abaixo é o mais recente, na minha opinião o melhor).




Bom, abaixo texto meu de 25/07/2006, também disponível em http://grandesports.flogbrasil.terra.com.br/foto17951661.html

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Dunga: novo técnico da seleção

Particularmente, não gostei, pois Dunga ja terá sua primeira experiência como técnico na frente de uma seleção... não começou de baixo, como Luxemburgo no Bragantino, ou Leão no Sport.

Lembro sempre que Júnior(que incluisive vi jogar pessoalmente, na arena de Beach soccer) tentou ser técnico do Corinthians(em 2001 acho), na estréia tomou de 3 a zero, no segundo jogo tomou de 3 a zero de novo e logo se demitiu, e na coletiva de imprensa disse: ''esse negócio de técnico não é para mim''... ele não quis se queimar, claro, pois muito fez ao futebol brasileiro (foi um dos destaques daquela maravilhosa seleção de 82).

Eu gosto de Dunga, era um excelente capitão, e inclusive ja visualizei ele na seleção, mas não agora, pois tem de existir uma trajetória até o auge da carreira que é dirigir uma seleção. Tomara que eu me engane, que Dunga me surpreenda, mas estou com desconfiança ainda.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Entrevista com Erivelto Cunha, o 'fantasma do rebaixamento'


A imagem acima faz parte do meu antigo Fotolog, que embora quase inativo, contava com postagens minhas, que iam de fotos pessoais até montagens com informações sobre esportes, feitas em paint. http://grandesports.flogbrasil.terra.com.br/


Nos tempos em que eu sonhava em ser 'empreendedor', eu também sonhava em ser um jornalista independente, e a minha rede, a 'Grande SportS', difundiria o esporte amador pelos quatro cantos do Mundo através da força da internet. O sonho não acabou, apenas deu um tempo, e ainda terei a minha própria rede de comunicação, mesmo que modesta. Abaixo, entrevista minha com Erivelto, um carismático torcedor do Paysandu que provocou risos em muitos 'orkuteiros' com a foto do 'fantasma do rebaixamento', feita logo depois de o rival Remo, da mesma cidade (Belém do Pará), ser rebaixado para a terceira divisão do Campeonato Brasileiro, em 2007. Nessa época, eu nem sabia técnica alguma de como entrevistar, faz três anos, e é uma recordação interessante, pois a entrevista foi pela internet e eu me senti 'O repórter', inclusive porque o convidei para a entrevista ao adiciona-lo no MSN. Leiam abaixo:
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Entrevista com Erivelto Cunha:

Lucas Grande: Erivelto, qual o astral do pessoal de Belém para receber a copa de 2014?

Erivelto: Aqui em Belém a expectativa é muito grande
principalmente por termos um estádio que está entre os 5 melhores do Brasil assim como uma torcida apaixonada por futebol.

L: É normal um certo clima de rivalidade estadual, mas você ja torceu em algum jogo pelo Remo, nem num jogo que o Paysandu precisava de um resultado positivo do rival?

E: Cara aqui realmente é muito dificil alguém torcer pro seu rival, mas claro que se depender de uma vitória do rival para que o Paysandu se beneficie, com certeza serei Remo desde criancinha.

L: Hehe... Você ja viu algum torcedor do Papão torcer para o Remo, defendendo a tese que a região Norte precisa ter representante nas séries A e B?

E: Ja vi, mas com certeza não era torcedor fanático.

L: Quem era o fantasma do rebaixamento na imagem?

E: Meu irmão!

L: Hehe... Então sua família toda deve ser Paysandu né?

E: Eu e meu irmão somos bicolores de ir sempre ao estádio, meu pai não é paraense por isso não torce pra time daqui, ele é fluminense.

L: A cerveja Cerpa ficou famosa no Brasil todo por ter sua imagem exposta frequentemente na tv entre 2002 à 2005(período do Paysandu na 1ª divisão); Não teria sido uma boa oportunidade expo-la também na imagem com o fantasma do rebaixamento?

E: Não a coloquei pois esta foto tirei na época em que morava em floripa, fazendo meu mestrado, e ela é antiga, pois foi tirada quando o Remo caiu também pra terceira em 2004, aí como caiu de novo agora eu so fiz reaproveitar!

L: O Paysandu tem história no futebol sul-americano: no seu hino, há um retrato da partida contra o Peñarol, que havia sido campeão da libertadores e perdeu em Belém por 3 a 0; Em 2003, houve uma vitória em plena La Bambonera contra o Boca Juniors; Se você pudesse escolher o próximo time vítima do Papão, qual seria?

E: O Remo!

L: Como sempre a rivalidade estadual, hehe... Eu diria o mesmo do meu Bahia contra o Vitória. Há uma certa rivalidade dos times paraenses com os amazonenses, como no Nordeste há entre baianos e pernambucanos?

E: Na prática esta realidade não existe, pois poucas vezes jogamos contra os times do Amazonas, pois lá o futebol não é uma paixão que nem aqui, tanto que o torneio de pelada é mais famoso que o próprio campeonato estadual.

domingo, 2 de maio de 2010

Valeu a pena acreditar


Valeu a pena acreditar
Por pouco o sonho viria a se realizar
O que eu sinto pelo Bahia é incondicional
Pode ganhar, empatar ou perder, não faz mal

Não escolhi ser Bahia pela sua grandeza
Não escolhi ser Bahia por ter uma torcida tão grande
Aliás, eu escolhi ser Bahia?
Ou o Bahia é algo intrísceco da minha personalidade?

Nasci torcedor do Esquadrão de Aço
Não gosto de ve-lo perder
Mas isso não me impede de ser otimista
E insistir em crer

Não me envergonho da derrota
Não sou Bahia pelos seus tentos
Sou Bahia porque simplesmente sou
Torcedor apaixonado que dispensa porquês

10 anos de jejuns são um teste
Para ver até onde irá a nossa paciência
Mas de uma coisa eu tenho consciência
Nada mudou em relação ao meu amor pelo Bahia

O Bahia é mais que um time: é uma energia que empurra e nos atrai
Desde 1931 existe, e para sempre existirá
Série B semana que vem, tou dentro na torcida
Mais um ano de esperança, Série A a vista

Vamos Bahia, sexta-feira tem o América de Natal
No fim do ano quero subir como presente de Natal
O Baianão ja se foi, nos resta a meta principal
O lugar do Bahia é a Série A, Série B: tchau

Foto: Eduardo Martins - A Tarde